Sábado, 22 de agosto de 2009 - 20h38
Frase do dia:
“Não tenho como dizer não ao presidente”. – Senador Mercadante revogando o irrevogável, renunciando à renúncia, engatando um “ré de fasto” e dando um passo à frente no pratrasmente, como diria Odorico Paraguaçu.
01-Glossário do Leo
Irrevogável–Decisão a ser revertida, by Mercadante. Líder partidário-Quem pensa ser chefe até o chefe mostrar quem é quem. Carta-Espécie de e-mail antigo, cujo uso é prova de alguém que fez algo para atender seu chefe. Chefe-O que reverte a lógica, reinventa a ética, vive para a política, destrói a gramática e gera rima sem métrica. CSS-o mesmo que CPMF e tungada. Gestão pública-Tipo de gestação. Demora, é cara e no fim é incompleta. Gestor público-Parceiro sexual ativo do povo. Justiça-Estado de espírito. De porco para a maioria. O céu para quem tem foro privilegiado.
02-Falando minha língua
Não é novidade que a droga – lícita ou não – entrou em todos os círculos da nossa sociedade. As razões são variadas mas, o combate foi e é sempre o mesmo. Ellen Gracie, ministra do STJ, que participa da primeira reunião da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, na Fundação Oswaldo Cruz, abordou o tema por esse ângulo. “A estratégia de repressão, de guerra às drogas, não tem dado resultados positivos, ao contrário, vem recrudescendo a violência”. Com sua larga experiência, a ministra convive com o outro lado da questão, já que os tribunais estão cheios de demandas sobre drogas. O crime é organizado e o estado nem um pouco. Daí...
03-Óbolo democrático
Pipocam aqui e ali informações – não confirmadas até hoje – que comissionados do estado estariam sendo obrigados a contribuir para a manutenção do PP, partido do governador Cassol. Entre a cruz e a caldeirinha, os servidores não denunciariam o fato para não perderem a boquinha. A coisa tomou outro rumo quando alguém teve a feliz idéia de acionar o MP por e-mail. Aí foi o estouro da boiada. As reclamações se avolumaram e uma investigação foi instaurada. Como o PP tem poucos filiados, a conta é fácil de ser checada. Na outra ponta estariam autorizações para desconto em folha. Todas “voluntárias”, é claro. Se confirmadas as denúncias, é TNT pura.
04-Ói nóis aqui traveis...
Depois daquele momento conturbado, cheio de discursos pró-madeireiros, visita do estiloso Minc e fechamento de empresas, multas, etc., o clima ficou calmo. “Quando o gato não está por perto, o rato sobe na mesa”. Os ratos já estavam fazendo festa e o Ibama montou as ratoeiras abrindo mais uma etapa da Operação Arco de Fogo. Os resultados serão menores, os discursos mais brandos, até porque já sabemos que Rondônia não para nem quebra se a atividade madeireira entrar na legalidade. O arco de fogo vai se transformar em círculo de fogo. Os escorpiões que se cuidem.
05-Procedimento padrão
A Prefeitura acaba de inaugurar uma obra importante para desafogar o trânsito para a Zona Leste, a área mais populosa da capital. Mais complicada em termos técnicos – desapropriações, intervenções, etc. – a obra aconteceu com poucos transtornos e aí é que fica uma questão ainda irrespondida. Se tudo saiu bem com a Pinheiro Machado com trecho mais extenso, o que ocorreu e ainda ocorre na Vieira Cahula considerando-se tempo de execução, dificuldades técnicas e volume de obra? Que dificuldades e de que ordem existiram ou existem para que a obra da Vieira Cahula não chegue ao fim? Não existe um procedimento padrão para execução de obras?
06-O verde novo
Dia desses Confúcio Moura me disse que a questão ambiental deve ser tema obrigatório nas discussões para as próximas eleições. Com a recente decisão de Marina Silva de entrar no PV, a fala do Confúcio faz todo sentido. Não há dúvida de que Marina no páreo para a sucessão de Lula, mesmo com chances remotas, torna o tema obrigatório a todos os outros. Convenhamos: todos os outros pontos já foram discutidos e o meio ambiente é o tema novo. Pouco importa quantos votos Marina vai conseguir. Seu objetivo – o rompimento político e meio ambiente no centro do debate político – foi alcançado. Para Marina, andar é compromisso, chegar é conseqüência.
07-Gestão econômica. Claro
Às vezes uma crise tem o poder de mostrar coisas que sequer imaginamos. Foi assim com o caso da reunião da ministra Dilma com Lina, ex-secretária da Receita. Lina não se lembra da data e não tinha agenda para provar que houve a reunião. No mato sem cachorro a oposição foi buscar informações no próprio Palácio do Planalto e foi justo aí que o fato veio a público. O governo apaga as fitas depois das gravações. Claro que isso acaba com o problema da Dilma. E claro que é verdade. Ninguém inventaria uma história absurda. Claro que apagar as fitas é um processo corriqueiro que visa a economicidade. Claro também que é difícil para a “imprensa golpista” acreditar nisso.
08-Fechando a BR. De novo
A moda de fechar a BR já deu. Por qualquer dá cá uma palha, tome BR trancada. E é democrático. Vai dos sem alguma coisa – terra, casa, luz – aos com muita coisa, os sem nexo, como o Pró-Rondonia ou os enganados de Extrema. Em Jacy Paraná nem se fala. Parece que o “tranca-ruas” está solto. Depois da “tchurma” da luz cortada, é a vez dos “sem pólo industrial”. Fecharam a empresa que está construindo as casas da Vila Mutum, pois querem que o pólo seja feito em Jacy. Não sem muito trabalho, a PM foi lá e a “tchurma” foi orientada a ir ao MPF para explicar o desejo. Vixi... logo lá?
09-Fechando a BR. De novo, não!
A “tchurma” descobriu que fechando a BR pode abrir o bolso de quem tem. No caso de Jacy porém, o buraco é mais embaixo. A Vila Mutum é área de abrangência de Jirau. Jacy é de Santo Antonio. Ao “bolar as trocas”, a pedida se perdeu no rio. Foi aí que um outro grupo – da sociedade organizada – entrou na parada e encaminhou as reivindicações pelos caminhos normais. Que o povo do Jacy não saiba ao certo o que está querendo, eu até entendo. Que o povo de Extrema lute por sua emancipação, eu concordo. Mas, botar pilha e insuflar gente humilde com outros fins é maldade. Ou será que os que estão por trás da armação acham que ninguém sabe ou percebe?
10-Levantando a ponta do tapete
O MPF de Rondônia está à caça do tesouro e começa fazendo uma pergunta básica: Quem fica com os diamantes apreendidos pela PF dos garimpeiros que garimpam na Reserva Indígena dos Cinta Larga, em Rondônia? A questão proposta pode dar início a uma investigação maior e avançar até descobrir quem financia o garimpo, de quem são as PC’s, como entraram, como entra o óleo diesel e finalmente quem comanda o garimpo ou no popular: quem é o “dono da boca”? O que o MPF propõe é inteirar-se do problema, conhecer aspectos e atores envolvidos, saber do tamanho, determinar a extensão e valor da jazida e como gerar trabalho, renda e riqueza para os envolvidos e para o estado. Demorou, é verdade, mas a investigação chega em boa hora. Valeu.
Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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