Terça-feira, 23 de junho de 2009 - 11h09
Frase do dia:
“Julguei que fosse eleito presidente para presidir politicamente a Casa e não para ficar submetido a cuidar da despensa da Casa ou para limpar as lixeiras da cozinha da Casa.” – Sarney, neófito em cozinha política, rejeitando um papel que nem o mordomo da Roseana se dispõe a fazer
01-A coisa do tamanho que a coisa é
Foto, release, incenso, reportagens, o pomposo cargo de “coordenador de obra” aliado ao não menos importante título de sub-chefe da Casa Civil do Estado de Rondônia, é o caminho encontrado para reabilitação política do ex-deputado federal Nilton Capixaba. Com invejável currículo na área da saúde, nada mais justo que por alguém do ramo à frente da construção do elefante branco que é o Hospital de Cacoal. O dinheiro, operários, contratações, tudo é da Santo Antonio Energia. Mas “São Nilton Capixaba” vai estar presente na hora de cortar a fita. Sabe como são as coisas. Às vezes parecem ser maiores do que realmente são. Mas o preço é igual desde que alguém pague a conta.
02-Falando nisso...
A CGU está reunindo conselheiros municipais e estaduais para um evento denominado “Olho vivo no dinheiro público”. O evento será no Teatro Banzeiros do dia 22 a 26 com dois painéis, além do treinamento para 60 conselheiros, para receber aulas sobre “Licitações e Contratos”, “Convênio”, "Análise de Prestação de Conta", "Como Funciona do Programa Saúde da Família em Porto Velho", "Como Funciona o Bolsa Família em Porto Velho", "Conhecendo o Fundeb", entre outros temas. Pena que a sociedade continue alheia às preocupações da CGU e achando que o político A ou B é o “bambambam da boca”, como diz a propaganda oficial, que o povo paga sem questionar os erros e o que é pior, às vezes desacreditando quem os mostra.
03-Um pouco mais disso
Joseph Goebbels, ministro da propaganda do partido nazista disse que "Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade". Goebbels não é o criador da mentira mas, sua frase arrebanhou seguidores e se instalou na política brasileira. Cada novo administrador diz que fez mais que o antecessor e tome-lhe números e gráficos estatísticos recheados de mentiras. Como não crer se tudo é feito para dar aparência de verdade? Muito fácil. Ou o primeiro estava mentindo ou o segundo está. Melhor, não acredite em nenhum dos dois. Em lugar de ser agente passivo da mentira, investigue, observe sinais de súbita riqueza. Não seja uma “velhinha de Taubaté”. Discuta a necessidade de obras, olho nas empresas terceirizadas e acostume-se a acessar sites como www.transparencia.org.br ou www.fraudes.org Mexa-se contra a cleptocracia!
04-Movimento Pró-Rondônia
Não há como não lembrar daquele movimento nascido da elite paulistana, o “Cansei” que já nasceu cansado, morreu por falta de legitimidade e por ter como bandeira um baita equívoco. Ora, se o movimento Pró-Rondônia se afirmasse como político, ficaria mais fácil “chupar essa manga”. Ocorre que o movimento empresarial afirma: “as entidades não poderiam se omitir, sobre os reflexos que certamente irão impactar na economia Estadual, pois uma nova equipe administrativa, a despeito de formular um projeto político, precisa avaliar suas ações e investimentos dentro da sua nova proposta de gestão, incorrendo invariavelmente, na redução do ritmo de crescimento, podendo levar a atividade produtiva a um contínuo processo de desaceleração do desenvolvimento.” Ora, isto é posição partidária do grupo sobre algo que sequer existe de fato. Ou terei emburrecido a ponto de só ver o “Fica Cassol” ?
05-Um pouco mais disso
Claro que me agrada e muito, ver a classe empresarial de Rondônia unida em favor do estado mas, por deformação de caráter, desconfio de toda unanimidade, por burra que é. Concordo que a eventual saída de um governante – e no caso Cassol é pior dado à sua aceitação – traz um prejuízo enorme em função da solução de continuidade administrativa mas, paro por aqui. Os problemas do Cassol estão na justiça a quem cabe a palavra final, com amplo direito de defesa, independente da crença de cada um sobre ter ele participação na estúpida compra de votos. Pessoalmente não acredito mas, minha crença nem a dos empresários estará sendo objeto de julgamento. Da minha parte vejo o movimento com mais um lance do marqueteiro Cassol, rumo ao Senado. E se lhe afaga o ego, concluo: é uma senhora jogada.
06-Cassol no PP
Anunciada hoje a filiação de Cassol ao PP no próximo dia 30, notícia que o leitor do Gente de Opinião conhecia desde o dia 21 de maio. Aí, convenhamos é para dar nó em bico de tucano. Informações de Brasília, direto do ninho tucano dão conta que, ao PSDB interessa o vice João Cahulla, cujo nome já não aparece mais no site como filiado do PPS do Moreira. Se minhas contas e informações estão certas, Expedito Jr., que é do PR, vai de verdade dar as cartas no PSDB de Rondônia. Ocorre, porém que as duas correntes tucanas por aqui estão “bicudas” uma com a outra e cada lado apregoa uma versão diferente e mais, como o acerto, conversa, ajuste ou o nome que se dê ao fato, anda carece de confirmação oficial do tucanato, quando setembro vier é que vamos saber de verdade qual o caminho a ser percorrido por PSDB e PR. Para Cassol, prego batido ponta virada e, como já disse, Dilma para presidente.
07-Falta coragem para dar nomes aos bois
Na última coluna coloquei em prática meu aprendizado com “Madame Beatriz”: “A cachorrada do Renan já está no rastro para descobrir infâmias. E se não descobrir inventa. Foi assim com o falecido Jefferson Perez. O jogo é bruto e Renan é cruel. Crudelíssimo...”. Um dia depois a profecia se consolidou. Artur Virgilio foi à tribuna e disse que estava sendo chantageado. Na presidência, fato incomum para uma segunda, o Sarney. Aparteado por vários senadores, Artur foi duro, pediu providências e ouviu esclarecimentos do Sarney mas, faltou coragem a Artur para citar o nome de Renan Calheiros. Em seu lugar, Agaciel assumiu como saco de pancadas. Na seqüência o Senador Cristóvão sugeriu que o Marimbondo de Fogo se afastasse da presidência por 60 dias. Sarney já havia se pirulitado. Faltou coragem para exigir a renúncia ao cargo.
08-Comanda para a pizza no Senado
O senador Romeu Tuma é o corregedor do Senado. Cabe a ele investigar os colegas e propor que a Comissão de Ética decida sobre comportamentos que firam o decoro parlamentar. Ontem o velho xerife estava com um abacaxi para descascar. A filha do presidente, Sarney, o presidente Sarney e mais a “tchurma” que compõe esse feudo dentro do “clubinho” já haviam ultrapassado todos os limites do que se considera decoro parlamentar, mesmo em se falando de Senado. Para Tuma, porém, as denúncias são fruto da disputa política pela Presidência do Senado. “Houve uma disputa política pela Presidência do Senado e ela dividiu os funcionários que tinham responsabilidade moral de fiscalizar os atos. Agora, eles estão denunciando para desmoralizar um ao outro”, afirmou. Sobre Sarney então, foi enfático: “Ele está determinando a apuração dos fatos. Não vejo elementos para investigá-lo”. Pizzaria do Senado – pizza pronta a qualquer hora.
09 Empurrando para o recesso
Saiu a lista com os senadores beneficiários e/ou autores dos “atos secretos”. A ordem é constranger mesmo. Com eleições logo ali depois da curva, nada é pior. É preciso fazer a velha e manjada receita de batatas ao recesso. Receita simples: juntam-se os envolvidos numa mesma panela, previamente untada com o óleo da indignação pública e leva-se ao fogo brando do recesso. Depois é só deixar que o tempo atue até dourar. Durante o recesso parlamentar os conchavos resolvem tudo através de indicações, liberações, etc. Na volta é só apresentar o prato numa versão bem acabada e aguardar a nova saraivada de denúncias. A, a desculpa estará pronta. É a mesma coisa, só que requentada.
10-Tripudiando
Segunda feira estranha. Sarney ocupando a presidência e com a paciência de um monge ouvindo as denúncias, a ira, os desaforos enquanto esperava a hora da verdade. Chegou sua vez e como esperado, negou tudo, pediu paciência e se pirilutou sem ouvir a sugestão do Senador Cristóvão para que se afastasse e a sessão voltou a ser uma “sessão de segunda”. Lá pelas tantas um obscuro senador de Mato Grosso – Valter Pereira – falou que o Senado precisava votar projetos importantes e tascou um que fala sobre o controle de cães da raça pit-bull. Na seqüência o Mão Santa começou sua cantilena: ”estamos aqui discutindo coisas importantes para o país...” Desliguei a TV. Insulto não!
Fonte: Léo Ladeia / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
leoladeia@hotmail.com
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