Quinta-feira, 24 de outubro de 2013 - 12h20
Frase do dia:
“Por que queríamos chegar ao governo? Não para fazer como os outros, mas para agir de maneira diferente.” – Lula num exercício inacreditável de falar a verdade, algo incomum na sua biografia.
1-Igual sim. Mas bem diferente
Como diria o profeta Galvão Bueno, “eu sabia!” Após o leilão do pre-sal alguém falaria a verdade: “O sucesso do leilão do Campo de Libra vai permitir uma parceria da Petrobras com as empresas Shell, Total, e as chinesas CNOOC e CNPC”. Óbvio sim, mas e a ululante e necessária dissociação com a privataria tucana? Eis a verdade: “Isso é bem diferente de privatização. As empresas privadas parceiras também serão beneficiadas, pois ao produzir essa riqueza, vão obter lucros significativos, compatíveis com o risco assumido e com os investimentos que estarão realizando no país.” Taí ó...
2-Numerologia política
Foram 39 os pronunciados, não chegando a 40 por um dedinho de nada. Da grana é impossível falar e não vou inventar que se trata de um número múltiplo de 13. Seria maldade, inverdade ou as duas coisas. Para fugir da maldição do nome, o julgamento dos mensaleiros ganhou o apelido de AP-470, mas como os números não mentem, no frigir dos ovos 13 dos 25 réus condenados recorreram ao STF contra penas aplicadas na primeira fase de julgamento. O prazo para apresentação dos novos embargos de declaração visa esclarecer contradições ou omissões no acórdão terminou ontem.
3-Pé na estrada
Trocando alhos por bugalhos, crianças por cachorros, a presidente Dilma está pista e segundo ela afirma, sem salto alto. Aguentou junho, black-blocks, Rede, Marina, Cabral, queda na popularidade e depois de trucar Obama, está feliz da vida. Dilma tem muito para mostrar e muito para esconder. “O que é bom a gente mostra”, diria Ricúpero para uma atenta parabólica. Dilma se cuida. O que é bom é mostrado até quando não existe – vejam o “sucesso” do leilão pre-sal – e o que é para ficar oculto como a Transposição do São Francisco, a Transnordestina, a debacle da Petrobrás, os juros e o pibinho, somem da pauta como uma sucuri no rio. E dê-lhe pesquisas e dê-lhe tiro e dê-lhe grito.
4-Trevas
Há algum tempo a “tchurma da Via Campesina” enfiou o pé na jaca e resolveu invadir laboratórios e barbarizar. Pesquisas em andamento foram perdidas e a prática se tornou recorrente. Na semana passada um grupo de outra linha invadiu um Instituto em São Paulo e a pretexto de salvar animais que estariam sendo submetidos a maus tratos, destruíram o trabalho de pesquisa legal que se fazia. Passado o primeiro momento a verdade começa a surgir, mas o leite já foi derramado. A covardia oficial com os movimentos sociais radicais e intolerantes nos levou a esse triste momento. É a treva!
5-Fim de uma vergonha
A CCJ do Senado aprovou a PEC 43, que põe fim ao voto secreto e vai a plenário para votação em dois turnos. A PEC 43 já tinha sido aprovada por unanimidade pela Câmara dos Deputados, uma semana após os deputados, em sessão secreta, terem rejeitado cassação do deputado Donadon, condenado a 13 anos de prisão em 2010 pelo STF. Além de acabar com o voto secreto na Câmara, Senado e Congresso Nacional a PEC 43 estende tais efeitos às assembleias legislativas dos estados, à Câmara Legislativa do Distrito Federal e às câmaras municipais. Fim da vergonha. Ou da falta dela.
6-Latidos e silêncio
Voltando aos cães e ativistas, fico a me perguntar que frisson é esse da nossa sociedade que de uns tempos para cá passou a endeusar cães e gatos de todos os tipos e raças e a trata-los como pessoas chamando-os de bebês e levando-os a passeios, spas, viagens e festas. Houve o tempo do mico-leão dourado, da baleia, da foca, da arara e quem sabe chegue o tempo da criança de rua, do jovem no crime e do velho doente, substituindo o modismo da preocupação com os bichos de laboratório.
7-Matando carapanã com canhão
O sempre lúcido jurista Joaquim Falcão, começa assim o seu artigo: “Nos últimos dias, o Ministro Zavascki do Supremo precisou usar seu tempo para decidir se é devida indenização por danos morais a um consumidor que comprou um saco de pães de queijo mofados, no valor de R$5,69” e eu recomendo a leitura provocadora, até porque ao final do texto Falcão dispara: “O Supremo leva em média 162 dias para julgar processos de dano moral de consumidor. É quase meio ano. Quanto tempo levará para deixar de ser um Supremo Tribunal de Pequenas Causas?” Coisa de louco, gente.
8-Lingua do “P”
No Brasil é fácil perceber quando algo não vai dar certo já no começo. O primeiro indício é a criação de uma sigla e se o preclaro duvida, comece com SUS siga para INCRA, FUNAI, PPP, INSS e observe o caso do Bolsa Família que não tem sigla. Tenho restrições, mas não nego, funciona. Bem diferente de PPPs ou UPPs. A preferência de quem bola a sigla é a letra P - nada a ver com língua presa – que é uma espécie de código azarão. Vejam o caso das UPPs: que tal trocar o “U” por “Q” e em vista dos resultados, usar “PQP”? Aliás, é o que mais se ouve depois do assassinato do pedreiro Amarildo!
9-Mico-canino
Quando o carro parou, o cachorro que corria atrás parou de latir e não soube mais o que fazer. Após a sandice de ativistas e cães de laboratório, a Câmara dos Deputados, com muito a fazer, resolveu olhar o tema com lupa e mandou que o deputado Protógenes, carona do Tiririca “tomasse diconta” da comissão para acompanhar as investigações de maus tratos pelo Instituto Royal. A Câmara tem um projeto que prevê 10 anos de prisão para quem matar cão ou gato. Ara sô! Criança com fome pode. Morte no trânsito pode. Roubar verba pública pode. Fumar pedra pode... Isso é cachorrada!!!
10-Pois é...
Quem trabalha com o pré-sal pode desenvolver hipertensão pré-arterial?
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol