Terça-feira, 25 de agosto de 2009 - 20h41
Frase do dia:
“A situação não está bem resolvida”. – Suplicy em aparte a Sarney que, num longo discurso sobre Euclides da Cunha, tentava mostrar que o Senado estava pacificado.
01-Mototaxis – terceira via
A Prefeitura continua trabalhando para evitar a implantação do serviço de mototaxis por entender que a melhor solução é a melhoria do transporte de ônibus. Vereadores, contra a e a favor, depois do “forfait” na votação para alterar a Lei Orgânica, buscam saídas para o imbróglio. A chance de nova votação promovendo a alteração da lei é alta. Nos bastidores o trabalho é construir uma terceira via autorizando o serviço nos moldes do serviço de táxis. Algo entre 500 e 800 placas seriam autorizadas a operar sob rígidas condições, controle e fiscalização. O difícil vai ser controlar a “pipoca”.
02-O protesto mais que justo de Jacy Paraná
A Associação Comunitária de Moradores de Jaci Paraná atuou de maneira correta em contraponto à invasão “espontânea” ocorrida semana passada. Protocolou um pedido de providências diversas à Secretaria de Planejamento do Estado de Rondônia. E no documento nada de mudanças do local das casas. Pedem apenas o que é de direito: a aplicação dos R$45 milhões liberados quando da concessão da licença para obras em Jirau. Como é dinheiro marcado – fim específico – o documento se atém a tais fins. Carências conhecidas, grana dormindo no banco e o povo cobrando. É irritante!
03-Agilizando a renúncia
O suposto encontro entre Dilma e Lina Vieira, quando Dilma teria pedido agilidade no processo contra o filho do Sarney está rendendo. Lina não prova, Dilma nega e os “cabeças gordas” resolveram apimentar a Receita. Protestando contra a demissão de Lina e queixando-se de “ingerência política” em uma área que deveria ter “autonomia técnica” e ser “imune a pressões”, 12 dirigentes agilizaram a saída e se pirulitaram, no mesmo dia em que dois servidores ligados a Lina foram exonerados. A “tchurma” seguiu o ditado: “se a barba do vizinho arde, melhor é por a sua de molho”. Danou-se.
04-Dia do soldado
Quando eu era criança – faz muito tempo – hoje era dia de festa na escola. Alguém ia fardado falar de Caxias e civismo. Quando adolescente – também faz tempo – hoje era dia de luto e a festa era restrita aos quartéis com a leitura da Ordem do Dia sobre Caxias e Civismo. Depois, a babação de civis engomados, alinhados com a ditadura. Tempos de chumbo. O tempo passou, a ordem foi restabelecida e o soldado ganhou nova imagem. Hoje, festa no quartel, leitura da Ordem do Dia sobre Caxias, civismo e nas ruas o respeito do povo ao soldado. O tempo curou as feridas. Parabéns soldado.
05-Justiça turbinada
Fruto do acordo que tem o pomposo e longo nome de II Pacto Republicano de Estado por um Sistema de Justiça mais Acessível, Ágil e Efetivo, firmado em abril passado pelos Três Poderes da República, o presidente Lula sancionou uma lei que vai dotar o STF de extrema agilidade processual. O ministro relator da ação penal pode convocar desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, juízes de varas criminais estaduais e federais, para realizar interrogatórios e outros atos de instrução. Tremei criminosos e advogados de recursos protelatórios. Agora o trem vai.
06-Não deu certo
Dia desses o Senado fez uma sessão de homenagem ao escritor Euclides da Cunha. José Sarney não estava presente – indesculpável para um imortal da ABL – e Sarney escolheu um dia ideal para fazer seu discurso: segunda feira, cinco senadores quase dormindo, perfeito! Aí o senador Suplicy pediu um aparte, como no script. Sarney não se abalou e concedeu. Com o seu poder de síntese, Suplicy entrou numa lengalenga e de repente cobrou uma posição de Sarney sobre os processos arquivados no Conselho de Ética. Sarney cobrou educação do Suplicy, foi perto dele demonstrar o desagrado, saiu e voltou para apartear outro senador que o defendeu e... Que coisa!
07-Por que não?
Segundo o Cremero – autoridade sobre o assunto – a falta de um hospital municipal contribui para que a saúde de Porto Velho seja ruim e agrave o os problemas de atendimento no Hospital de Base e de forma especial nos hospitais Cosme e Damião e João Paulo II. Enquanto a discussão ocorria na área política, esperava-se que em algum momento o bom senso levasse os dirigentes a adotarem medidas em prol do cliente do serviço público de saúde que é o povo. Pelo andar da carruagem nenhuma ação nesse sentido irá ocorrer. Em assim sendo, por que não se construir o hospital municipal? Ganha hoje o povo que paga e precisa e no futuro, quando saberá a quem recorrer. Se estado ou município. Na dúvida hoje, estado e município ficam devendo.
08-Por que não? II
A segurança pública está aquém do que espera o cidadão e uma das partes visíveis para quem mora em Porto é o trânsito. Caberia à PM com o Batalhão de Trânsito, a tarefa de fiscalização e ordenamento desde que fosse assinado um convênio para tal. Ocorre que o embate político entre estado e município tem impedido que as canetas assinem aquilo que o povo quer e precisa. Outra solução seria a criação da guarda municipal. A Prefeitura ficaria com o serviço. Mas aí, surge uma questão: guarda para fazer o que cabe a PM? Sem esperança que o impasse seja resolvido, o povo sofre e aguarda que o bom senso prevaleça. Aí, como perguntar não causa engarrafamento, lá vai: por que não criar a guarda municipal, resolver o problema e gerar emprego?
09-Tripudiando
O presidente Lula deu uma no cravo e outra na ferradura. Dirigindo-se à platéia num evento em São Bernardo do Campo fez uma correção a respeito de uma informação que havia passado aos jornalistas pela manhã a respeito da exploração de petróleo na camada de pré-sal. Presente ao evento estava o senador Mercadante que havia usado o twitter para anunciar que renunciaria a liderança do PT e, que depois, em caráter irrevogável, revogou a decisão. Lula que foi responsabilizado por Mercadante pela volta atrás, não perdoou: "Apenas para consertar aí, vocês que vão rapidinho aí na internet, naquele tal de Twitter e coloca as mensagens, por favor coloca lá a mensagem rapidinho. O Aloízio pode colocar no dele já." Além da queda o coice. Vixi!
10-Barraco senatorial
Faltou pouco para que o Senador Suplicy surtasse hoje na tribuna do Senado. Com seu natural traquejo, sacou um cartão vermelho – foi hilário – e exigiu de Sarney uma renúncia que ninguém mais acredita que possa haver. Mão Santa tentou calar o juiz de futebol, Simon não deixou, Almeida Lima entrou dando voadora, Cristóvão idem e a coisa foi ficando tragicômica, até que Heráclito Fortes acertou a canela do Suplicy. “Seu discurso é insincero”. A partir daí não dá para traduzir com palavras. O que seria uma sessão do Senado virou jogo de futebol, circo – era previsível – e por pouco não descamba para um tele-catch. Mas, como perguntar não leva ninguém ao Conselho de Ética, lá vai: com esse nível de senadores, por que manter o caríssimo Senado?
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