Segunda-feira, 26 de abril de 2010 - 11h35
Frase do Dia
"Pelo menos sai ganhando mais uma valiosa lição da vida política: a de não desconhecer a própria dimensão pessoal, nem na altura, nem da fundura.” – Cristina Lemos sobre Ciro Gomes
Devastadora a reportagem “Amazonias” de Xico Nery com editoria do jornalista Montezuma Cruz. Nada mais a acrescentar, salvo que por trás do que foi escrito está o tráfico de drogas, questão que foi abordada no programa Via Sat da Record no último sábado. Um caldeirão explosivo que envolve uma legislação anacrônica, fronteira desguarnecida, justiça despreparada – vide caso Luiziânia – banalização da violência, culpabilização da vítima e ausência ou erro nas políticas para educação, segurança e saúde em particular para jovens. Mais que simples reportagens dois gritos de alerta, justo quando nos preparamos para escolher novos representantes, que podem fazer algo além das CPIs, conselhos, conferências e ações que nos fazem sentir que somos só o país de faz-de-conta.
Leio no site Tudo Rondônia: “Valverde: Transposição pode ser comprometida por relatório de Jucá”. Logo abaixo o troco: “Relatório de Romero Jucá não vai prejudicar transposição de servidores, afirma senador Raupp”. Claro que o site não tem nada a ver com esse disse-que-disse. Sua função como a de toda imprensa é divulgar as notícias. Por vias das dúvidas, vou tentar esclarecer: a PEC da Transposição pode ou não pode vir a ser prejudicada ou comprometida pelo relatório do Romero Jucá, e/ou vice-versa, se é que me fiz entender. Caso não tenha conseguido, a culpa não é minha do Rubinho, Jucá, Raupp ou Valverde. A culpa é do mordomo cujo nome só Sherlock Holmes sabe.
A guerra acabou, a lei saiu mas, até agora, necas de pitibiribas com regulamentação. Andei aqui e ali falando com mototaxistas e a coisa está mais para Jackson do Pandeiro com a cantiga da perua é uma só: de pior, a pior. Quem brigou e organizou o movimento irou-se com a solução e diz que esse ano nada vai acontecer. Do outro lado a “tchurma” que pegou carona engrossando a luta, vai continuar torcendo para que nada ocorra. Briga mais besta essa em que ninguém ganhou nada e todos saíram, pelo menos até agora, perdendo. Quem sabe depois da eleição ou da transposição...
Isso ainda vai longe mas, pelo andar da mula véia, vai surgir uma história pra lá de interessante. Já há uma versão de que é culpa do PCC. Cá prá nós, é a versão menos controversa se aceita. Não sou chegado a comentar atividade policial por absoluta falta de traquejo mas, em ano eleitoral, o caso pode gerar duas novas versões, tão consistentes quanto a do PCC. A primeira é se trataria de grana para compra de votos. A segunda é que não é dinheiro “divera” mas, material promocional, tanto que não existe número de série. Crédulo como a Velhinha de Taubaté, aceito as três ou mais.
Claro que só o Boechat iria se dar ao trabalho de identificar La Bengel num cartaz em que a Dilma Roussef aparece em três fases da vida: criança, anos de chumbo e agora. Não que faça diferença, como diz seu site. Fosse um erro explicável – a foto poderia ser de uma negra – e tudo bem. O problema é a contumácia no mentir, por parte de quem faz o material da candidata. Para lembrar, além de Norma Bengel que não é Dilma, Dilma também também não é mestra em economia. Culpa do marqueteiro, twitteiro, da escola. Talvez uma recaída dos tempos da clandestinidade com a volta da Estela. Ou seria outra? Mas, nada a ver com Dilma Bengel, Norma Roussef ou as duas. Sei lá...
Por falar em Dilma, Lula vai dar uma de diretor cinematográfico e atuar forte na campanha da sua pupila. Lula quer ajustes depois que Dilma se atrapalhou no programa do Datena demonstrando que o seu problema é insegurança, nervosismo, além da fala longa e sem conclusão. Dilma foi ao Palácio do Planalto na sexta-feira pela manhã ouvir conselhos de Lula, um marqueteiro nato. Para ele, Dilma deve diminuir as viagens e treinar entrevistas. Problemas pequenos e que podem ser reparados em pouco tempo, avalia o homem. O diabo é que aí, se tivesse, Serra deitava o cabelo...
Não bastassem os imbróglios em Minas e mais oito estados para montar palanques, o PT resolveu complicar a própria vida no Rio de Janeiro. Dilma disse que seu palanque é o do governador Cabral e pior, o PT fez um acordo excluindo Marcelo Crivela e seu caminhão de votos entre evangélicos da Igreja Universal. Em compensação, em Minas, a tendência é engolir Hélio Costa a contragosto. Já em São Paulo, o fantasma de Ciro Gomes apareceu incorporado em Paulo Skaff, neo-socialista do PSB. Para temperar o pepino, o PT daria a vice do Mercadante para Skaff. Como se vê, a indecisão que era tida como exclusiva do PSDB, ganhou adeptos no PT que subiu o muro e não quer descer.
Ciro pintou na Rede TV, hoje cedo e, como disse que vai espernear até terça feira, esperneou. Eis algumas frases, da boca da matraca: “O Ibope e o Sensus fazem qualquer negócio. O Datafolha é o único que não se aluga. Lula está completamente errado. O Brasil tem diversidade de opiniões. Confinar num bi-partidarismo? Está errado. FHC se juntou com uma turma inescrupulosa, bandida e suja para governar. E vem Lula e se junta com essa mesma gente? Sabe quem foi ministro da Justiça do governo FHC? Renan Calheiros. Quem comanda o esquema de Lula no Senado? Renan. Há 3 meses eu era herói do PT. Hoje sou agredido de forma rasteira, pouco educada. Vixi...
“O governo tem muito a explicar às seis famílias que perderam os filhos jovens em Luziânia.” Por aí começa o denso artigo do Senador Demostenes Torres, um crítico qualificado do sistema judiciário e prisional brasileiros, cuja leitura recomendo. Cirúrgico, Torres encerra o artigo, e mais uma vez, “chuta o pau da barraca”: “Isso se chama defesa da decência. Despenalizar, descriminalizar, afrouxar a execução penal e manter a balbúrdia no sistema penitenciário também têm nome: Adimar Jesus da Silva.” Para lembrar, Adimar, pedófilo solto pelo regime de progressão de pena, assassino confesso dos 6 jovens, preso, e encontrado morto na sua cela.
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
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