Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 28/04/08


 

 

FRASE DO DIA – “Posso ter todos os defeitos, mas se tem uma coisa que eu aprendi na minha vida é ter uma relação política leal.”– Lula e o dossiê FHC

Pauta política de 01 a 10

 

01- Não sou contra o progresso:

De novo, de novo não!  A construção do hotel ao lado das Três Caixas D’Água está de volta à discussão. O hotel ficará numa quadra ao lado da praça onde o monumento está instalado, sem com ele competir, até muito pelo contrário. O que ofusca e diminui a importância das Três Marias, é o amontoado de casas na mesma quadra onde as caixas estão instaladas. Ou seriam as casas também monumentos? E isso leva a outro caso - o Bar do Zizi: o erro maior foi permitir a construção do edifício e não a reforma que se ora se faz, apesar de acreditar que o ideal seria efetuar a construção mantendo-se intocável  e incorporando a estrutura do Bar do Zizi. 

02-O pão que o diabo amassou:

O MST descobriu que o bolsa família é seu grande concorrente. Na periferia pobre das grandes cidades e nas zonas rurais miseráveis, onde sempre havia gente pronta para invadir fazendas, fazer caminhadas ou dormir em barracos de lona à beira de estradas, está cada vez mais difícil o recrutamento. Os “sem terra” recrutados pelo MST são adeptos da “ideologia do comer”, que o bolsa família supre de imediato. Com a legião de famintos reduzida, o MST parte diversifica os objetivos. Prédios, repartições, linha férrea da Vale, etc. O MST vai acabar se virando um partido político nanico, por falta de “sem terras”. 

03-Juntando as forças:

O BNDES articula a fusão de várias empresas, para criar um grande grupo farmacêutico nacional. No comando da operação e entrando como sócio, o banco não divulga os nomes das empresas envolvidas, mas está de olho num faturamento global de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões. Com a nova empresa, os investimentos seriam concentrados em inovação técnica, para melhoria de medicamentos existentes e desenvolvimento de novas drogas. Isso sem contar ainda com a quebra da dependência dos laboratórios externos. Excelente idéia e que tem tudo para dar certo. O Brasil que criou o SUS, pode se transformar numa potência farmacêutica, investir na pesquisa e tomar posse da nossa biodiversidade.

04-Saúde doente e sem grana:

O SUS, maior rede pública de saúde do mundo, está perdendo participação no total de recursos em dinheiro que se aplica em saúde. O setor privado, com seus planos de saúde, já superou o volume de recursos oficiais. Um especialista revela: Em 1995, 62% dos gastos com saúde vinham do SUS e 38% do setor privado. No ano passado, o SUS respondeu por 49% e o setor privado, por 51%. A participação pública caiu 20,45% e, não por acaso, o Congresso se debruça para consertar uma trapalhada de sua própria autoria, quando da aprovação da Emenda 29. Pelas contas finais, a saúde iria receber menos do que recebe hoje. A exemplo da educação, o intrincado mecanismo de repasses para municípios e estados pode ser a causa da doença do SUS.  

05-Educação de mentirinha:

Depois de onze anos repassando recursos para estados e municípios com base no censo escolar, MEC descobriu que mais de três milhões de matrículas de alunos da rede básica eram falsas. Com isso o Ministério economizou mais de R$ 3 bilhões em repasses a estados e municípios pelo Fundeb. A marotagem foi descoberta depois da mudança na metodologia para obtenção dos dados de mais de 198 mil escolas públicas e privadas de ensino básico no país. Uma verdadeira aula de maracutaia. Uma escola desse tipo vai ensinar o que à nossa juventude? Pilantragem e formar malandros, com louvor.

06-Programa de índio:

Braço executor das políticas indígenas do governo, as ONGs que recebem repasses para atuar na Amazônia estão na mira do Ministério da Justiça e no Congresso. No dia 6, a CPI das ONGs deve votar a quebra dos sigilos de dirigentes de três entidades que teriam desviado verbas da Funasa. Mas não é apenas a grana. A presença das ONGs junto aos índios preocupa a Secretaria Nacional de Justiça, que prepara uma série de regras para disciplinar e coibir a farra com dinheiro público. O primeiro foi o General Heleno, agora o Romeu Tuma Jr. O Brasil parece estar mesmo tomando gosto pela Amazônia.

07-Reforço de caixa:

O Brasil está com uma proposta para o novo presidente do Paraguai por a casa em ordem: O preço da energia permanece, mas o Brasil adiantaria a liquidação da fatura e o abriria uma linha de crédito para o Paraguai construir uma linha de transmissão de energia de Itaipu até a capital Assunção. Em troca, seria exigido o incremento da colaboração entre as polícias paraguaia e brasileira, para conter o contrabando de armas, drogas e mercadorias. Do limão se faz limonada. A idéia é que as duas nações sejam parceiras e que o vizinho possa se desenvolver, o que só ajuda o Brasil. Itaipu não consegue iluminar o Paraguai.

08-Goró em baixa na TV:

Anunciantes trabalham junto ao Congresso para derrubar o tratamento de "urgência urgentíssima", dado ao projeto que limita o horário de propaganda de bebidas, como cerveja, na televisão. O esperneio se justifica, mas há poucas chances de sucesso. Em jogo está a milionária verba publicitária das cervejarias, e não o direito à informação, tido pelo lobby, como um direito a ser preservado. O argumento já foi derrotado quando um assunto similar – a propaganda de cigarros - passou a ter regras de veiculação, e o mundo não acabou. Fora a Rede Globo que papa a maior parte da grana, quem vai sentir muito são figuras carimbadas como Ivete e Zeca Pagodinho, que podem perder sua boquinha.

09-De olho no “$”:

O deputado Paulinho, presidente da Força Sindical, não faz críticas específicas ao Sebrae, mas ao "Sistema S" em geral.  "Eles se preocupam mais em construir prédios bonitos do que em qualificar trabalhadores", diz e critica a cobrança de taxas de inscrição dos cursos. "Se é dinheiro público, por que cobrar inscrição, dificultando o acesso dos trabalhadores? Além do mais, não há transparência na gestão e administração dos recursos." Ai tem. Em ano eleitoral, esse papo soa estranho. Parece mais um aviso de que o cofrinho para as campanhas eleitorais estão vazios.

10-Oxigênio para o gás:

O Grupo de Trabalho do Ministério das Minas e Energia com empresários do Estado tem como funções auxiliar levantamentos ampliando para as viabilidades sócio-ambientais, que até então eram desconsideradas pelos representantes do ministério. Para Marrocos, da Fiero, o próximo passo será buscar novas indústrias que queriam se instalar em Rondônia para ampliar o mercado consumidor do gás. Atualmente, seu maior consumidor seria a Termonorte que geram energia para Rondônia e parte do Acre por meio da utilização de óleo diesel. Tá andando. Gasoduto Já!

 

leoladeia@hotmail.com

 

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Como cortar a própria carne sem anestesia

Como cortar a própria carne sem anestesia

A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p

Deu o que o americano escolheu

Deu o que o americano escolheu

Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.

SUSP-Uma ideia jerical

SUSP-Uma ideia jerical

A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi

Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?

Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?

Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)