Segunda-feira, 28 de dezembro de 2009 - 18h18
Frase do dia: “Feliz Natal e um próspero Ano Novo” – Antiga mas, meu desejo a todos.
01-Georreferenciamento urgente
Recolhi de entrevista atribuída ao governador Ivo Cassol uma frase, que até poderia estar no espaço aí de cima: “Raupp ajuda a prefeitura de Porto Velho, e não o governo. E apesar disso a prefeitura desenvolve um trabalho ruim. Os três senadores ajudam a prefeitura, mas não o governo do Estado”. Danou-se. E euzinho da silva acreditando por toda a vida que Porto Velho é parte do estado de Rondônia e ainda por cima sendo sua capital. Zé Carlos, se por aqui estivesse, daria uma explicação mineira: “Uai, mexeram na geografia e não me avisaram”. Da sua musa Marcela, viria talvez um “éraste” e do Zé de Nana um “tu é doido?”
02-Tucanus mutantis
Há algo novo no ninho tucano e não são ovos. No PSDB, partido de inimigos cordiais, a luta interna era travada entre Serra e Aécio mas, de repente, Aécio desceu do muro e desistiu da briga. Previu que continuar a briga seria deflagrar o processo de sucessão mineira sem sua participação e aí o prejuízo seria maior. Não por acaso, após desistir, nos céus de Minas e São Paulo subiu o balão da chapa pura e o papo do “café com leite”, tão improvável quanto a prisão do Zé “Panetone” Arruda. Serra ganha do Aécio por “WO” e corre atrás do vice, de preferência que não seja do DEM. Osso? Nem tanto. No PT também há nuvens negras.
03-Noivo aflito x noiva nervosa
Temer ficou uma arara mas, sabe que o PMDB pode até ganhar algum com o desastrado “quero três para escolher” do Lula. Vices são indispensáveis dores de cabeça e tão ou mais complicados que um casamento por interesse. No caso Dilma e Temer, a coisa pode ser pior, posto que a única coisa que os une é a necessidade de vencer a eleição e depois, cada um segue seu caminho. À Dilma coube reparar os danos causados pela frase infeliz e ao Temer abrir o caminho para o acordo. Coisa pequena não fosse o fato de que parte da família do noivo torcia o nariz para o enlace e o que seria uma fissura virou rachadura.
04-Tucanos de lá e de cá
Enquanto os tucanos encerram a briga no alto, em Rondônia a briga é outra e envolve o ex-senador Expedito e Cassol, que meteu na cabeça a idéia de eleger seu vice, um passaporte para a volta ao governo em 2014. Brigar contra Cassol é no mínimo imprudência mas, fazer seu jogo, é encarar uma dura eleição para o Senado com quatro bons de voto e atrelar seu futuro político ao projeto pessoal do Cassol, depois de construir sua carreira solo. Não sobra escolha para o tucano Expedito. Somem-se as pesquisas para consumo interno que indicam uma margem considerável de preferência – maior que a soma do segundo e terceiro – o que torna sua postulação uma obrigatoriedade, ainda que tenha chances reais ao senado, caso se decidisse por essa opção, o sonho do Cassol. “It’s now or never” cantou Elvis. Expedito conhece a música, a história do cavalo que passa encilhado e está pilchado na porta.
05-Petistas de lá e de cá
Se lá no topo o PT está amarrado ao PMDB, cá nas plagas rondonienses os petistas fizeram sua escolha. Valverde será o candidato a governo mas, antes de entrar na briga pelo voto, terá que apaziguar setores do próprio partido, mais ligados ao Roberto Sobrinho e à Fátima Cleide, compor as alianças e depois, pé na estrada. Valverde tem dois handicaps: primeiro é que a militância do PT passa por cima das brigas com a mesma facilidade com que entra e segundo é que num eventual segundo turno, tanto ele como o Confúcio Moura, desde que a disputa não ocorra entre eles, já saem com a aliança estabelecida, o que já é meio caminho.
06-Renovação à vista
Salvo meia dúzia de gatos pingados – se tanto – espera-se uma renovação alta na ALE. Uns poucos por trabalho e competência. Outros pelo ouro e incenso e não pela mirra, se me faço entender. Renovar porém não significa a troca pelo inédito. É que além de nomes novos, gente do ofício, com experiência legislativa pode fazer o caminho de volta e isso pode fazer toda a diferença para uma equilibrada composição de forças entre poderes, no momento em que Rondônia mais precisa. Temos muito mas, pecamos nos itens planejamento para medio e longo prazo e ações políticas organizadas. É aí que maturidade e juventude podem fazer com que a ALE cumpra o papel de forum de debates e não de subserviência protocolar.
07-Fiasco ambiental
Considerando-se os pífios resultados de Copenhague, sobrou a certeza de que o homem é o pior virus do planeta. A cegueira dos mandatários de plantão gerou a discussão periférica sobre se são verdadeiros ou não os números do estudo apresentado por Al Gore com loas a um dos poucos que se contrapoe à realidade cada vez mais visível, Bjorn Lomborg. A causa principal – a explosão demográfica que funciona como gafanhotos numa lavoura – sequer foi citada. O ponto alto ficou por conta da barbárie policialesca – a COP 15 poderia receber o nome de “cup (policial) 15”– e da insensibilidade geral que elevou o homem à condição de elemento superior da natureza e não de ser integrante dela. E isso ainda nos será cobrado.
08-Construindo soluções
A Câmara de Vereadores de Porto Velho fecha o ano com um saldo positivo nas ações pró-Capital e não para por aí. Conscientes de que vereadores não existem apenas para batizar ruas, na média, cumpriram o seu papel e a mácula de 2009 ficou por conta da antecipação da eleição da Mesa Diretora, – até hoje não engoli a jaca – difícil de digerir. E no apagar das luzes um projeto do vereador Claudio Carvalho pode acabar com boa parte do problema do trânsito da cidade. Simples como todo bom projeto deve ser, Carvalho quer proibir o acesso de carretas nos horários de pico na Jorge Teixeira. Tem tudo para passar e vai passar.
09-2009 o ano de Rondônia
“Nunca antes nesse estado” – parodiando o presidente Lula – se viu tanto quanto o que se vê agora. “Governo foi feito para apanhar”, dizia o Mocidade e recorda Noblat em seu blog. É da natureza do nosso ofício bater mais que aplaudir mas, há a hora para rever o que foi dito e feito. Por trás está Lula, fechando o melhor ciclo de desenvolvimento do Brasil. Mas, e críticas são necessárias? Sim. Criticar é expor idéias e se expor. Poderíamos ter feito mais e melhor? Não acredito e isso vale para o governo de forma geral – união, estado e município – pois criticar é falar sobre o que foi ou não foi feito. Em 2010 prometo ser o crítico de sempre, ainda que isso provoque afastamentos, retaliações ou ofensa dos que se sentem injustiçados. É o meu ofício. No dia a dia a vaca vai pro brejo. “Boi de presépio” só no Natal.
10-2009: fim de papo
Eu já vinha meio que com o pé no freio mesmo e resolvi dar uma parada para pensar. Li o Jornal Diz Persivo com o adeus – espero que seja só até breve – amargurado do Silvio, as idiotices do Confecom mas, comecei tarde no jornalismo e ainda trago o fogo e o fôlego dos primeiros dias. Tenho tempo, maturidade e estabilidade para aguentar o tranco mas, careço de uma folga para recarregar as baterias. Para a arrogância e a prepotência, a ironia. Para as pressões, a certeza das minhas escolhas. Para a torpeza e a vilania, desprezo. Sou nó na madeira. Dia 18 de janeiro tô de volta.
Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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