Segunda-feira, 29 de março de 2010 - 21h49
"Era o Estado do não. Não tinha planejamento estratégico, não tinha aliança com o setor privado, não incrementou investimento público, não financiou investimento privado. Hoje, por tudo isto, podemos dizer que antes de ser um Estado mínimo, ele foi um Estado omisso." – Dilma Roussef chamando FHC para entrar na roda.
A prisão diária de traficantes, a apreensão diária de drogas, os frequentes roubos de carros em Porto Velho para uso como moeda para o tráfico de drogas na Bolívia e por último, a descoberta de uma plantação com 5 mil pés de maconha no vizinho Acre, remete ao tema recorrente da coluna: ausência de políticas públicas de segurança. Não vou citar números mas, o contigente da PF e Denarc é pequeno para o combate às drogas. Todo mundo sabe mas, ninguém faz nada ou se fa, arquiva na gaveta.
Não espero que a cúpula da segurança pública de Rondônia, preocupada em fazer o feijão com arroz, crie agora política pública. Ninguém dá o que não tem. Espero sim, a improvável mudança. Segurança é para profissionais e não serão camionetes novas que irão fazer o serviço para o qual se exige inteligência e planejamento. A droga está em todo país mas, Rondônia tem apenas 52 municípios, a população é menor que a de Manaus e é corredor do tráfico. Quem é ou quem não é do ramo sabe do que falo.
Poderia falar sobre a ironia da maconha em Xapuri, terra de Chico Mendes ou quem financiou o plantio mas, é mais sério. Porto Velho produz cocaína, o crack chegou à cidade onde, postos de controle como Operação São Cristóvão ou Patrulha Escolar já não existem. O crime se organiza e o estado, de camionetes reluzentes anda de ré. Não por acaso, qualquer pesquisa, minimamente séria, revela que segurança e saúde são pontos onde o governo falhou feio. Dica para quem herdar o estado pós Cassol.
Leigo, tento apenas provocar o debate. Especialistas pregam a criação de programas para jovens, como o Proerd, além do combate permanente ao tráfico como parte da política maior. Aqui um problema. A PM e Civil estão nas ruas fazendo sua parte com eficiência. A eficácia viria do planejamento dee ações conjuntas entre Dnarc e PF. Nossa fronteira é desguarnecida, o efetivo é baixo e, por consequência, o combate ao “pé-de-chinelo” é a opção possível. Nesse ambiente propício, os organizados “barões da droga” nadam de braçadas, descartando as suas “mulas” como “bois de piranha”.
Fiat lux. Era tudo o que se queria durante e depois do apagaão que deixou 18 estados no breu. A desculpa de raios e chuvas era tão frágil quanto as linhas de transmissão de Furnas, revelam o relatório da ANEEL e a multa imposta. "Foram constatados, pela fiscalização da Aneel, fortes sinais de ferrugem nos isoladores, nos para-raios, nas estruturas metálicas e nas conexões de aterramento da SE Itaberá. Situações semelhantes foram encontradas também nas subestações de Ivaiporã e de Foz do Iguaçu". “Ninguém tem culpa. Ferrugem é ação da chuva”. Será que dirão isso? Dirão!
Para lembrar, Furnas é uma estatal ou empresa do governo e como tal, tem “a priori” minha desconfiança sobre gestão, o que se acentua com o relatório sustenta que em 2003 o "obsoletismo" da linha de transmissão já havia sido identificado. Furnas incluiu melhorias para dezembro de 2006, adiadas para 2008 e de novo para 2010. A Aneel diz que a geração de Itaipu foi substituída por termelétricas. O prejuízo diário de R$12 milhões será socializado. Um choque de 120 para quem advinhar quem paga a conta.
Dilma Roussef discursava durante o lançamento do PAC2 e até chegou às lágrimas quando resolveu fazer a comparação entre as eras FHC e Lula e afirmar: Esse é o Brasil que o senhor, presidente Lula, reconstruiu para todos nós. E que os brasileiros não deixarão escapar mais de suas mãos". Antes, Dilma mesmo sabendo do relatório Anac, falou: "Energia não vai nos faltar, o PAC Energia foi pensado para isso. O Brasil vai continuar a ser exemplo para o mundo. Vamos deixar no passado os fantasmas de racionamento". Ora, ora, ora... mas, será que vai dar tempo de reparar as linhas?
No final do ano passado, ao tentar fazer um levantamento dos negócios de terras com estrangeiros, os procuradores do MPF descobriram que o buraco é mais embaixo. O MPF viu verdadeiros territórios no Brasil controlados do exterior e relatou: "Entidades políticas independentes no seio do território nacional, como ocorre em outros países, criando dificuldades políticas." Os negócios envolvendo estrangeiros são feitos por empresas baseadas no Brasil com capital do exterior e de 572 milhões de hectares de terras do cadastro oficial do Incra, 4 milhões são de pessoas físicas estrangeiras: 0,71% do total. Não é certo. Técnicos do Incra comentam que seria três vezes maior.
A pesquisa do Datafolha embolou o já catimbado jogo da sucessão de Lula. O PSB irou com Ciro por ter batido tanto no PT,o que ajudou na travada de Dilma. No PT a desconfiança com o potencial da Dilma se disseminou e até o PAC 2, é questionado pois deveria ser o programa de governo da ministra. No PSDB a luta é para que Serra se lance e resolva quem é o vice. Já o PMDB ri à toa. Tanta catimba, é terreno fértil para a valorizar o cacife. O PMDB é assim: se perde, ganha. E se ganha, ganha.
O diretor do Dnit Miguel de Souza e a professora Eliza da Faculdade São Lucas estão na lista dos técnicos para compor a chapa do PSDB ao governo de Rondônia. Numa conversa, o pré-candidato Expedito Jr., falou da esperança para técnicos de diversas áreas: “Não é só agora. Os técnicos de Rondônia estão nos fundos das repartições mas com experiência para fazer muito pelo Estado. Conheço o potencial de cada um. É preciso resgatar a dignidade dessa gente dando trabalho e responsabilidades”.
Fonte: Léo Ladeia
leoladeia@hotmail.com
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