Domingo, 30 de novembro de 2008 - 07h21
Frase do dia:
"O maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado.” – Auxílio lítero-cultural de Machado de Assis para a tragicomédia político-religiosa em Jiparaná - Rondônia.
01 – Eviscerando
Foi indiciado o ministro afastado do STJ Paulo Medina e mais quatro envolvidos com a máfia dos caça-níques, desbaratada pela PF na Operação Furacão em 2007. Situação espinhosa, já que ministros do STF julgaram um colega togado, pego com a boca na botija. É como cortar a própria carne e o fizeram de forma pública com transmissão pela TV Justiça. E mais, a decisão de tornar a sessão pública, partiu do próprio STF na quarta feira, depois de abri-la como secreta. Para o bom entendedor, é uma lição de transparência que a suprema corte dá aos poderes constituídos. O Brasil muda apesar de queixas, por exemplo, do presidente da Câmara dos Deputados, Chinaglia. A justiça é demorada por vários motivos, mas o principal deles o volume de recursos e processos da própria máquina pública, também conhecida como “o governo”. Recado dado, e agora Congresso e Palácio? Como é que fica por aí? Pois é...
02 – Tudorondonia em alta
A polêmica que se instalou entre internautas cassolistas e anti-cassolitas a partir de uma série de reportagens do site www.tudorondonia.com.br, consegue prender a atenção quer seja, pela defesa apaixonada – quase idolatria – quer pelos disparates de alguns. O mote são notícias – atuais e antigas – sobre a cassação do governador Cassol. Polêmica na mesa, ou melhor, no site e polêmica é marca do Rubinho, o que se percebe é que Cassol desperta sentimentos antagônicos – bem ao estilo “ame-o ou deixe-o” – e que há um conflito entre o eleitor de Porto Velho e “a turma da roça”. Puro choro. Com quase 25% do eleitorado, a capital ainda não conseguiu um nome de consenso para fazer frente aos candidatos do interior e nenhuma liderança da capital teve competência para juntar esse cacife espalhado. Aí é só tocar aquela música (argh) “desculpe mas eu vou chorar”. Perdoem-me mas, foi a que me veio à cabeça.
03 – Chapa branca apagada
Enquanto Rubinho fatura e “chora largado” com a polêmica no seu site, a pasmaceira quase unânime vai revelando quem são os “chapa branca”. Salvo notas oficiais, de esclarecimento ou realeses, é como se nada estivesse acontecendo nos bastidores políticos. Ora, ora, o fato político e logo jornalístico, é a cassação do governador pelo TRE e os seus desdobramentos, que não podem ser confundidos com a aprovação pública do governo ou do seu titular. Não está em julgamento o trabalho do Cassol – relevante por sinal – mas, sua participação ou não, num crime eleitoral. Claro que as opiniões serão mais ou menos contundentes, dependendo do conhecimento dos fatos, estilo ou compromisso de cada jornalista, mas não dá para ficar olhando a paisagem depois que a boiada estourou. Senão a vaca vai pro brejo.
04 – E a criminalidade desmente a estatística
Informações de policiais que vão às ruas: No entorno do novo Shopping, a malandragem está fazendo a festa. Se contarmos que algumas obras particulares e públicas estão paradas, que as levas de gente procurando trampo se sucedem, que o Natal está chegando, que as fugas dos presídios só são conhecidas quando a polícia recaptura e que parte da frota policial está sem sair dos pátios, dá para se formar uma pálida idéia do perigo que nos ronda. Aos leitores desavisados até pode parecer que arranjei uma campanha contra a Sesdec. Longe disso. Há quase dois anos venho repetindo que independente dos investimentos – consideráveis é bem verdade – é preciso trabalhar com política pública de segurança que envolva a sociedade. “Polícia cidadã” não deve ser marketing e sim prática diária. E não custa lembrar: política pública não se faz dentro de gabinetes. A sociedade precisa ser ouvida, senão, “baú-báu”.
05 – Si vis pacem, para bellum
Sem alarde, o Ministério da Defesa vem adotando o dito latino – Se queres a paz, prepara-te para a guerra – e apesar dos parcos recursos, renovando as nossas Forças Armadas. Com a recente visita do presidente da Rússia, o Brasil fechou a compra de 12 helicópteros russos de combate além da assinatura de mais 4 acordos e um deles ampliando a cooperação na área espacial. Tratar da segurança do país é assunto sigiloso mas aos poucos as notícias vão saindo e além da modernização da FAB, há investimentos também para a Marinha e Exército. Mas o mais interessante é que enfim a Amazônia começa a fazer parte do Brasil. O ministro Mangabeira Unger pisou pela segunda vez em Rondônia – fato raro – e está com ele o plano de reequipar as nossas Forças Armadas. Aqui do meu canto, sob a rota de aproximação do aeroporto, vejo passar “sobre a cabeça os aviões” e não apenas Tucanos.
06 – Abrindo todos os baús
A Ale “partiu pro pau” e distribuiu pedidos de informações a rodo para TJ, TCE e MPE com base numa tal Comissão de Fiscalização e Controle. Leitura ambivalente: Os organismos que foram “sorteados” terão a tarefa de coletar e enviar 6 anos de papéis para a ALE que, por seu turno terá o resto da vida para analisar e apresentar resultados. Como o trabalho é do tipo que nem Hércules encararia, a simples coleta e envio de documentos atrasará procedimentos já
07 – Uma ex é para sempre
Celso Pitta teve a prisão decretada pela Justiça pelo não pagamento da pensão alimentícia e está foragido. Ontem, faltou a uma audiência na 6ª Vara da Família, mas sua ex, Nicéia, foi até lá com os filhos, talvez para ver o estrago que causou ao ex-marido e ex-prefeito de São Paulo. Pita, o ligeirinho, se pirulitou, é claro e Nilcéia literalmente pagou para ver, anunciando uma recompensa de R$ 1 mil, para quem descobrir seu paradeiro. Abandonado por todos Pita virou bode de bicheira, cão sarnento e agora foragido. Só para refrescar a memória Nicéia descobriu que seu marido a traia com uma secretária, pôs a boca no trombone sobre suas falcatruas e ganhou uma pensão de cala a boca de R$ 20 mil por mês. Pita não pagou e se deu mal. “Quer conhecer sua noiva, case-se. Quer conhecer sua mulher, separe-se dela”.
08 – Sob o mesmo guarda-chuvas
Quem aguardava a saída do Cassol e do Cahúla do palácio nos próximos dias, recebeu um balde d’água gelada na moleira. O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima do PSDB, e seu vice, José Lacerda Neto do DEM, entraram com uma ação cautelar na noite de quarta-feira no TSE, contra a decisão do próprio tribunal, que, no dia 20 havia cassado o mandato de ambos. Deu Cássio na cabeça. O TSE mandou que permanecesse com seu vice no posto, até o julgamento final do processo. Pior para João Maranhão, o segundo colocado que assumiria seu lugar e melhor para Cassol que, de longe, vê se materializar suas chances de obter o mesmo benefício jurídico. E não adianta choro nem vela. Está na Constituição. Art 5º.
09 – FeBeACon
Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. Não é que os parlamentares que só trabalham em Brasília 3 vezes por semana – quando muito – resolveram criar a tal da vigília? Para quem não sabe, vigília é o mesmo que ficar acordado durante a noite e é isso que os íclitos fazem. Ficam ali batendo cabeça, com sono, como se fora um piquenique no salão azul entregue às moscas e se revezando ao microfone, pressionando por alguma nobre causa. A vigília se encerra às seis da manhã e aí, todo mundo vai dormir, pois ninguém é de ferro, com o sentimento de um escoteiro que acabou de fazer sua boa ação. Acho que a tal vigília tem tanto valor quanto os movimentos que por aqui fechando a BR 364, se bem que lá a coisa é mais solene. Ar condicionado e uma batalhão de servidores à disposição. Aí tem
10 – Carga pesada em nome de Deus
Aniversário da cidade e um pastor resolveu fazer milagres a rodo no Gerivaldão
Fonte: Léo Ladeia/Gentedeopinião
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