Segunda-feira, 31 de maio de 2010 - 11h37
Frase do Dia
"Resolvi aceitar o convite do senador Mercadante depois de dizer a ele que gostaria de pensar. Me coloquei à disposição para ser o vice, mas a coligação indicou outro nome". – Senador Eduardo Suplicy absorvendo mais uma rasteira. Um craque na queda.
01- A “guerra da Bolívia”: defendendo o indefensável
Depois das declarações do Serra e das estranhíssimas defesas feitas por membros e/ou pessoas ligadas ao governo brasileiro, vasculhei minha memória, artigos e colunas que escrevi sobe o tema e ainda não consegui atinar para a razão da defesa, justo pelas pessoas que sabem que é verdade o que o Serra teve coragem de falar. Rondônia é corredor de drogas. Sabem disso a imprensa, PF, autoridades de todos os escalões de todos os entes públicos e até o presidente Lula, salvo o novo surto de amnésia seletiva do qual parece ter sido vítima, ao dar as mãos a Morales e num chiste no mínimo sem graça dizer: “Vamos posar aqui. Vamos fazer inveja no Serra”. Lamentável bobagem.
02-A “guerra da Bolívia”: decodificando a mensagem
A propaganda oficial do governo prega: “Crack nem pensar”. Nem pensar, nem falar, nem encarar, é o que se pode depreender pelas reações dos membros do governo brasileiro na defesa pública da Bolívia e seu governo às declarações de Serra. A defesa e o lamentável gesto do mano a mano público de Lula, não impactam os miseráveis zumbis dependentes do crack, mas conflita com a tal campanha. Soa muito estranho. Ou será que o presidente Lula mais uma vez dirá que “não sabia” que o crack é subproduto do outro lixo – a cocaína – ambos oriundos da plantação de coca, orgulho do senhor Evo? E como fica o Brasil e familiares de dependentes sem política para combater o mal e cuja maior arma contra o crack hoje, é uma propaganda subliminar,dúbia e de eficácia duvidosa?
03-A “guerra da Bolívia”: entendendo a posição brasileira
Erra quem supõe que uma nação se constrói com uma ideologia. É bem mais que isso. Uma nação se constrói com, por e para gente. Estamos no melhor momento brasileiro e isso se deve a uma série de acertos e erros de governantes escolhidos legitimamente ou não pelo povo. O Brasil tem feito movimentos que vão do excepcional resultado econômico, passando pela rede de assistência, com melhoria da renda do povo, ao populismo a griffe política sulamericana. Mas, populismo não é ideologia. É desvio político. O simpático é cordial com os iguais e, ao relevar práticas reprováveis, acaba por coonestá-las. Por ora o carisma de Lula blinda eventuais críticas mas, nossa imagem por conta do populismo e das nossas relações populistas, é olhada e já começa a ser questionada.
04-A “guerra da Bolívia”: alterando a realidade
Das defesas feitas a Evo e à Bolívia por conta da acusação de Serra, duas soam mais estranhas: a da senadora pré-candidata à presidência, Marina Silva e a do deputado federal Eduardo Valverde. Ambos amazônidas, conhecem os problemas enfrentados pelo Brasil com o problemático vizinho, a Bolívia. Rebater a acusação, ainda que sob o argumento de “generalizar”, é alterar uma realidade conhecida dos dois parlamentares. E se a tal defesa é fruto de uma posição político-eleitoral, pior. Afinal, qual deve ser a posição do Brasil com os vizinhos e a fronteira desguarnecida? Pela porteira aberta entra o contrabando, armas e drogas. Pressionar para que exerçam o controle e combate ao crime, esbarra no respeito à autodeterminação, no comércio bilateral e na identificação populista.
05-A “guerra da Bolívia”: encarando o problema
Bem diferente do que se apregoa, os problemas do Brasil com nossos vizinhos não são apenas diplomáticos, a serem resolvidos apenas pelo Itamaraty. Quem vive na fronteira convive com o lado ruim com o roubo de carros – por brasileiros – para troca por armas e drogas, invasão de grupos paramilitares, aliciamento de índios para o tráfico, desrespeito às regras de sanidade animal e com o lado bom, principalmente o comércio fronteiriço. Tudo impacta o cidadão brasileiro da fronteira. O que se espera é uma relação dentro de padrões aceitáveis de convivência e não o paternalismo gaiato de tratar vizinhos na posição de irmão mais velho como diz Lula. É preciso ter em vista além da garantia do estado soberano, a saúde e futuro da nossa juventude. “Hay que endurecer”, salvar zumbis e não só desqualificar ou relativizar opiniões, por mais que sejam extremas ou indigestas.
06-Transparência é bom e a gente quer
Apenas sete estados começaram a divulgar os seus gastos e receitas no Portal Transparência do governo, para atender a Lei Complementar 131/2009, a Lei Capiberibe. Aqui no Norte a adesão foi mínima. O Acre já se adequou mas nossa querida Rondônia enfrenta dificuldades e vai precisar de um tempo maior para se enquadrar. Não tem problema, a gente espera a hora certa. Pela análise do especialista em transparência e gastos públicos, Zé de Nana, “o Acre é pequininin. Aí fica mais fácil. Rondônia é grande por demais da conta. Juntar dados pode atrapalhar as obras”. Apenas para lembrar, a Prefeitura de Porto Velho disponibiliza os dados no site: www.portovelho.ro.gov.br.
07-Clareza e bom senso
O caro e requisitado advogado e ex-ministro Márcio Thomas Bastos, abordou o tema eleitoral e pré-campanhas de forma desconcertante para quem faz a defesa de Lula e Dilma junto ao TSE: "O que eles estão fazendo é campanha eleitoral, tanto Dilma como Serra e Marina. Eles discutem as coisas, fazem promessas, fazem censuras, fazem críticas, 'aqui está errado, aqui está certo', 'nós vamos fazer mais, nós temos que fazer diferente'. Acho que a campanha, depois do lançamento das candidaturas devia ser permitida. A lei deixou de abarcar a realidade. É preciso fazer com que ela se torne capaz de conter a realidade, e não de proibir o que não precisa ser proibido. Os atores dessa peça eleitoral vão testando os limites, até onde podem ir, dão um recuo tático... É isso o que acontece e continuará acontecendo." Falou minha língua. Bastos é o bom senso escancarado. .
08-Mas, quem paga a conta?
Ao escancarar que as campanhas estão nas ruas, fica uma pergunta de fácil resposta: quem paga a conta de viagens, jatinhos, hotéis, etc., quando as contas de campanha sequer foram abertas? O povão paga. Notícias sobre o uso da máquina pública pipocam para os dois lados. O estado de São Paulo estaria bancando a estrutura do Serra e um pedido do deputado federal Raul Jungmann à Casa Civil, mostra o custo das viagens de Dilma pelo Brasil: R$ 3.052 milhões. E tudo isso pode ser apenas a ponta de um imenso iceberg. Assim como a clareza de Márcio Thomas Bastos traz luz à discussão sobre a hipocrisia da pré-campanha, uma luz é necessária sobre o tema financiamento de campanhas. Afinal é público, privado ou misto. A ausência de regras é que gera a irregularidade.
09-Sobrando otimismo
Vem aí mais um campeão de audiência. O IBGE deve liberar nos próximos dias um relatório onde o Brasil vai estar no topo do mundo. O Brasil deve ocupar o segundo lugar no ranking das maiores taxas de crescimento do mundo no primeiro trimestre, à frente até mesmo da China. O vazamento já agitou o ente mais nervoso do mundo – o mercado – que parte para refazer as projeções e atuar na busca de dividir entre seus investidores um pedaço dessa riqueza. Para os bancos, a alta do PIB será de 3% no primeiro trimestre. A conta é que o Brasil terá um crescimento de 12,6% sobre o PIB de 2010. Enquanto o EUA sofrem para atingir 3%, a China crava 11,2% e na nossa frente somente a Índia com incríveis 13,4%. Num ambiente assim, imagine se a seleção do Dunga ganhar a Copa.
10-Espadachins togados
Uma guerra de togas parece estar sendo travada no CNJ – Conselho Nacional de Justiça entre o ex-presidente Gilmar Mendes e o atual Cesar Peluso. Abespinhado com críticas que teriam sido feitas pelo ministro Peluso, o ministro Gilmar Mendes enviou um e-mail a Peluso, ao qual o jornal Folha de São Paulo teve acesso. O estopim do duelo entre os dois espadachins seria a liberação de R$ 7 milhões aos juízes que participaram de um mutirão judiciário e que, no entendimento do ministro Peluso, seria abusivo. Gilmar diz que há discrepância entre orçado e gasto. Peluso diz em resposta: "Gilmar, as referências ao valor dos gastos, às quais não correspondem exatamente ao total despendido de fato...". Se conheço bem o Gilmar Mendes, vem chumbo pela imprensa.
Fonte: Léo Ladeia leoladeia@hotmail.com
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