Segunda-feira, 31 de agosto de 2009 - 05h23
Frase do dia:
“... nós temos no Brasil hoje um governo moralmente frouxo, um Congresso apodrecido e um Supremo Tribunal Federal em princípio de decomposição...”. – Fernando Gabeira recebendo Marina Silva no PV e deitando falação sobre ética.
01-Baladeira x Urutu
Hermínio Coelho pôs a boca no trombone: “Eu sei que tem um vereador que é contra mototáxi para defender essas empresas que fazem esse monopólio, porque quer que os trabalhadores do sindicato andem de graça no ônibus”. A pedrada tinha endereço certo – Cláudio Carvalho – mas, a pedra pegou num busão. Os dois buscam votos no mesmo curral e nem o parentesco – cunhados – arrefece o ânimo para a briga. Sobre “monopólio”, qualquer “tobó” sabe que é a senha para financiamento de campanha e, se alguém tivesse peito para descascar o abacaxi, falaria em cartel e não monopólio. Como não há coragem nem interesse político sobre o assunto, deixa como está.
02-Um pouco mais do mesmo
Hermínio “jogou farinha fina p’ra cima” e pede que o MP junte para ele. Ora, ora, ora, a concessão do serviço público de transporte é atribuição da Prefeitura Municipal. Às câmaras de vereadores cabe fiscalizar prefeituras. No caso particular, Hermínio, que é Presidente da Câmara de Vereadores de Porto Velho, pode e deve fiscalizar a tal concessão do serviço de transporte, sob pena de incorrer em crime de prevaricação. É claro que a Câmara dos Vereadores de Porto Velho deve socorrer-se do Ministério Público como quer o presidente Coelho mas, antes deve investigar e propor a ação.
03-Falando em prevaricação
Esse é um dos crimes mais, comuns e praticados por funcionários públicos contra a administração e que consiste em “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”, como expressa o art 319 do Código Penal, com pena prevista de 3 meses a 1 ano de reclusão e multa. Voltando ao caso em pauta, como Hermínio fez a acusação tornando-a de domínio público, todos os outros vereadores assumem a obrigação solidária de agir, sob pena de incorrer no mesmo crime. Como diz o Zé de Nana, “cuidado com o que você pede, pois pode receber”. Mas, isso é só conversa de colunista. Ou você acha mesmo que alguém vai tomar providências? Vai nada...
04-Marina Silva – Yes, she can!
O Partido Verde preparou algo diferente para receber Marina Silva. Seguindo a linha do Barack Obama – não por acaso no vídeo apresentado ele aparece com a frase: o mundo mudou... – a transmissão ocorreu num domingo pela manhã via internet. Esse parece ser o mote da campanha, quer para divulgação como para coleta de fundos. E como era de se esperar o grito de guerra estava na ponta da língua: “Brasil urgente, Marina Presidente” bem como, o discurso da candidata: "É isso que faz a mudança", outro mote da campanha de Obama, tão famoso quanto “Yes, we can”. Marina e o PV ainda não sabem da extensão do caminho mas, apostam na força da ética do povo.
05-Ponte catimbada
Vá tentar entender os motivos pelos quais a Associação de Moradores do Bairro São Sebastião I não quer a bendita ponte. Consta até no Manual do Escoteiro que se você precisa atravessar um rio, precisa de ponte. Associações de Moradores não estão citadas no Manual. Elas existem para reivindicar melhorias para a sua comunidade. Ora, ora, ora... A comunidade do São Sebastião I e adjacências está de frente para o rio Madeira e tem como único e precário serviço de transporte de gente, mercadorias, carros, bode, cavalo, bicicleta, uma balsa. O que estará por trás – ou pela frente – para que haja tanta resistência? Embaixo desse pirão tem peixe, garante Zé de Nana.
06-A carta que Lula não escreveu
Deve-se a Kennedy Alencar e Fernando Rodrigues da Folha a versão sobre a carta lida por Mercadante e atribuída a Lula. Irritado com Mercadante, Lula pediu a Palocci e Zé Dirceu que revogassem o irrevogável. Lula e os dois companheiros elaboraram o discurso que Mercadante faria e o próprio Mercadante escreveu a primeira versão da carta “de Lula” que ele receberia. Lula achou o texto laudatório num tom acima do que gostaria. O presidente estava, de fato, furioso com Mercadante. Palocci e Dirceu o acalmaram, a segunda versão da carta, menos “babada” foi escrita por Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência e o “irrevogável” entrou para o folclore político. Égua...
07-Caça ao marimbondo
Tudo bem “pero no mucho”. Processos arquivados, Sarney homenageou Euclides da Cunha e até ironizou o cartão vermelho do Suplicy. No Senado os opositores já não deitam falação no plenário, já que a tropa de choque atocha quem ataca o chefão. Lá é assim mas, em São Paulo por exemplo, urnas foram colocadas para um julgamento do “Marimbondo”. E antes da oposição se calar porém, um processo foi encaminhado ao STF. Para azar do “venturoso”, o processo caiu para o ministro Joaquim Barbosa. Como disse o ministro Gilmar, os julgamentos no STF são técnicos. É só isso o que o povo quer. O político já foi feito naquele negócio lá chamado Conselho de Ética.
08-O pensamento cartesiano do Dr. Gilmar
Sentença não se discute, cumpre-se, diz o brocardo. Mas, a obrigação é de cumprir e não de especular e aí colhi uma frase do ministro presidente do STF Gilmar Mendes para tentar, num exercício de leigo, entender o critério que fundamentou o seu voto: “Ser beneficiado de uma fraude não é suficiente para que alguém seja denunciado”. E como ficaria o caso de um herdeiro que recebesse o prêmio de seguro pelo sinistro de um veículo fruto de uma fraude? E a mãe que recebesse a fortuna, fruto do crime, do filho que é bandido? Os exemplos estão por aí entre os “comuns”, essa gente que é bem diferente do deputado federal Antonio Palocci. Já pensou se a moda pega?
09-Discriminação
Uma hora depois da validação de mais 20 atos secretos, entre eles o que nomeara Henrique Dias Bernardes, namorado da neta do Sarney, o “hômi” cuspiu marimbondo e mandou anular a decisão em relação ao rapaz, que até de férias. “Disconcordo”, diz o Zé de Nana. Se todo mundo disse que tudo está certo, se o Sarney disse que não cometeu deslizes, não fez nada de errado e se o Conselho de Ética disse que está tudo dentro dos conformes, arquivando os processos, sou forçado a concordar com o “disconcordo” do meu amigo. E vou além. Pelo que sabe, o rapaz não namora mais com a garota. Aí é retaliação. Acabou o namoro, acabou o trampo? Aí é perseguição.
10-Cultura com “C” maiúsculo
Zé Carlos de Sá e sua Mar embarcaram na voadeira cedinho e “se pirulitaram” para o distrito de Nazaré em busca de um tesouro cultural. Quem já assistiu a apresentação das crianças do Timaia sabe do que falo. O grupo musical “Minhas Raízes é pura raiz de cultura. Cultura ribeirinha. Instrumentos feitos com aquilo que o Rio Madeira deu de presente. Música com cheiro de mato, ligeira e alegre como banzeiro ou menino tomando banho de rio, pura como água de fonte, misteriosa e bela como as histórias da mata. Tudo bonito de se ver e de ouvir. O que os dois foram fazer por lá só eles podem dizer. A gente espera, rezando para que Santo Antonio os abençoe. Amém.
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