Quarta-feira, 29 de setembro de 2021 - 16h30
As notícias originadas dos levantamentos de órgãos
governamentais, institutos de pesquisas, do IBGE e principalmente da percepção
que cada um de nós tem quando faz compras no mercado, abastece o veículo ou se
depara com a leva de pedintes ou em cidades para ficarmos apenas em nossa
região, como Cuiabá e Manaus, revirando os restos de lixo em mercados e feiras
livres em busca de comida nos levam a pensar sobre o fato, suas causas e o que
fizemos como sociedade para chegarmos a este ponto. Somos um país rico, bonito
e infelizmente desigual. O colega jornalista Solano Ferreira aborda o tema no
editorial de hoje e revela que de 2019 a 2021 – dois anos portanto – dois milhões
de famílias brasileiras foram forçadas a viver na extrema pobreza.
Numa
análise rasa, poderíamos creditar tudo à pandemia, mas é necessário relembrar
que saímos do espetacular desastre do governo da presidente Dilma Roussef e de
um mandato tampão do presidente Michel Temer – que agiu e obteve alguma
resolutividade, mas o Brasil era uma embarcação sem rumo, à deriva e como um
barco carcomido pela corrupção dos anos de desgovernos e desmandos e não me
refiro apenas à época em que foi tocado pela “banda sinistra”. Veio a eleição
do quase desconhecido Bolsonaro e o resultado é esse quadro trágico sob
diversos ângulos. A tempestade perfeita ocorre aí com a chegada da pandemia e
tudo se agravou de repente e sem aviso. Desaparelhar o estado seria e vamos
deixar combinado, uma tarefa para poucos e batendo de frente com a grande
imprensa seria tarefa para ninguém. Impossível ter sucesso numa empreitada
desse tipo. Junte-se a isto a inabilidade do presidente Bolsonaro e sua equipe
no trato de questões comezinhas, amplificadas pela pandemia e eis a obra: o
governo Bolsonaro pintado numa tela feia, sem moldura, mal acabada, uma espécie
de esboço de desenho e não a pintura que o povo desejava ao elegê-lo.
Sobre
a pandemia, o certo é que de uma hora para outra as famílias se viram sem
renda, sem ter como prover o sustento, o que está estampado no cadastro único do
governo federal, que mantém a relação das famílias que recebem assistência social
via transferência de renda. Dinheiro na veia para comprar comida e sobreviver
como possível. E a escalada é trágica: Temer deixou 12,7 milhões de famílias em
extrema pobreza e agora em junho são 14,7 milhões de famintos e maltrapilhos. Solano
Ferreira fala da combinação cruel para chegar a tais números: a volta da
inflação, a alta do desemprego - hoje são quase 15 milhões de trabalhadores que
acordam da noite mal dormida sem ter para onde ir - e isto se soma a inércia
administrativa do governo federal, que até hoje não elaborou um plano econômico
para colocar o país nos trilhos do desenvolvimento. Concordo com o Solano entendendo
que frente ao momento econômico atual no mundo, os reflexos são danosos para os
países emergentes e que a política econômica do governo não tem saída a curto e
médio prazo e infelizmente está reduzida ao auxílio emergencial e a liberação
do FGTS, concessão de microcrédito que está mais para ação social que para
investimento econômico.
Sonhar
com um plano econômico que passa ao largo das reformas política, fiscal e
tributária é apenas isso, um sonho com zero de possibilidade de acontecer. O
sonho agora são as eleições que pelo andar da carruagem nem é sonho. É o pesadelo
com cem por cento de possibilidade de acontecer: a escolha entre duas propostas
danosas se não pelo se pode acreditar em termos de solução do que possam vir ambas
a oferecer e muito mais pelo clima de acirramento de ódios que vai levar como
se vislumbra, o eleitor a fugir da escolha ou fazê-la sem motivos racionais
escolhendo apenas entre o menos pior. Como filosofou o Zé de Nana, “esse filme
é muito ruim. Eu já vi e eu morro no fim”.
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