Quarta-feira, 11 de setembro de 2013 - 16h58
Frase do dia:
“Quem está na aldeia e não conhece o Cacique ou o Paje, da tribo não é." – Zé de Nana. Da tribo.
1-Do tamanho que as coisas são I
A operação Apocalipse é um processo que durou dois anos aproximadamente de investigações e que ao final tem duas versões: A-Um sucesso com o envolvimento de quase uma centena de pessoas, parlamentares inclusive, servidores do executivo, que desmontou pelo menos três núcleos da organização criminosa que atuava no tráfico de drogas, golpes contra operadoras de cartões de crédito e financiamento para campanhas eleitorais que depois eram devolvidos via colocação de indicados pela organização em postos do governo como se fosse uma simples operação de investimentos.
2- Do tamanho que as coisas são II
A segunda versão: B-Uma operação de cunho político contra desafetos do governo, que não conseguiu nem um grama de pó para provar a existência de tráfico, prendeu injustamente pelo menos duas pessoas, causou mal estar entre os poderes, deixou de fora quem era importante e por fim teve o acolhimento de denúncias por parte do Ministério Público de tão somente cinquenta pessoas, das oitenta e três inicialmente envolvidas pela Polícia Civil. Dessas, apenas três receberam uma punição maior, com a prisão numa penitenciária federal. Todos os outros restantes já estão soltos.
3- Do tamanho que as coisas são III
Com boa vontade, mas reconhecendo as falhas que foram apontadas principalmente pelo Ministério Público, a primeira versão, a que fala do sucesso da operação, é verdadeira. Aliás, nunca vi uma operação policial que não tivesse falhas, o que não diminui em nada a responsabilidade de quem as cometeu, principalmente por se tratar da prisão de duas pessoas sem envolvimento comprovado com o crime. Com boa vontade ou sem, vislumbram-se verdades na segunda versão, além das prisões injustas, principalmente com relação ao mal estar, mas convenhamos, há muita ilação.
4- Do tamanho que as coisas são IV
Política ou não, a Apocalipse foi politizada por uma questão basilar: há o envolvimento de políticos. A polícia na história entra como Pilatos no credo, com a toalha no pescoço para enxugar as mãos. A ela cabe investigar e até onde sabemos, ninguém é investigado se estiver fazendo tudo certo e ninguém – salvo falha como apontada no caso – é preso por fazer algo de forma legal e correta. Paixões e interesses à parte, espero o julgamento político. Da primeira parte que envolve crimes, a polícia e justiça se encarregaram. Por fim, que cada um receba sua sentença pelo tamanho que as coisas são.
5-Sangria desatada
A coisa anda bem enrolada pras bandas da Semusa. Na solenidade de comemoração de um ano da inauguração da UPA da Zona Sul, o secretário titular da Semusa, Macário Barros deitou falação e na presença de todos rasgou o verbo contra o seu secretário adjunto, Francisco Marto, dizendo entre cobras e lagartos “Farei de tudo para que ele seja exonerado ou pelo menos para que ele nem chegue perto da Semusa”. Não dá para dividir uma mesma enfermaria para os dois.
6-Caso Naiara
E depois da boataria envolvendo a ex-patroa da Naiara, a polícia civil revela que o principal suspeito, Marcos Chaves diz que além dele, outras pessoas participaram do crime. Por uma questão de coerência, permaneço opinando que cabe à polícia investigar e apresentar resultados para que a justiça se cumpra, independente de quem sejam os envolvidos.
7-Embargos infringentes
Independentemente de jurisprudência confirmando a existência dos originalmente lusitanos embargos infringentes que se transformaram numa jabuticaba – só existe no Brasil – e se o STF encaminhar o julgamento da AP470 para a revisão do processo, é o caso de nos auto exilarmos e com um passaporte falso do Paraguai, vazarmos do Brasil para Aruba e lá esperar que os “capas pretas” resolvam o que fazer com a tal jabuticaba como, por exemplo, uma geléia. Bem molinha.
8-No pior dos mundos
Apenas como exercício de futurologia imaginemos que o STF aceite a jabuticaba e que lá mais à frente os mensaleiros se livrem do xilindró ou pior, que sejam mantidos os seus direitos políticos. Quer mais? E se um dia Zé Dirceu resolver que vai disputar a eleição para presidente da República e com apoio dos companheiros e companheiras vencê-la? Não vejo outra saída. Vou radicalizar de vez, me mudar para a Argentina, pedir cidadania e Maradona vai ser melhor que Pelé.
9-Valente, mas malukete
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, na manhã desta quarta-feira dia 11 de setembro – nesse dia tudo pode ocorrer –a constituição de um grupo formado por parlamentares para ir até Moscou, tentar falar com o ex-agente da NSA – Agência de Segurança Nacional, Edward Snowden. O requerimento para a formação da missão foi apresentado pelo deputado Ivan Valente do Psol-SP, mas precisa de autorização do Itamaraty e do governo russo. “No dia em que chover cangalha ou sela, deputado não sai na rua”, garante o irascível Zé de Nana.
10-Pois é...
A frase virou moda: “se provarem o que dizem, renuncio ao meu mandato”. Não é preciso renunciar. A justiça faz isso.
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