Sexta-feira, 9 de dezembro de 2011 - 00h12
Não dá para dizer que está tudo bem ou que as coisas vão indo. Não dá para fazer de conta que o desastre não aconteceu até porque nós somos as vítimas. Aquela carreta que atropelou a Assembléia Legislativa de Rondônia jogando a Mesa Diretora para o alto é a mesma carreta que passou por cima do governo e nem o Detran, enrolado até o pescoço e, a quem caberia a providência de praxe, pode sequer anotar a placa.
As coisas até poderiam estar melhores, mas quando o universo conspira para o caos, não tem jeito.
Ontem a mesma justiça que havia mandado prender, mandou soltar o deputado Valter Araújo, presidente desta e da próxima legislatura da Assembléia Legislativa. É bom que se diga que o deputado está solto, mas cumpre algumas medidas restritivas como não poder entrar no prédio da Assembléia Legislativa, repartição-poder que preside. Ainda bem que da Mesa Diretora sobraram dois deputados estaduais investidos em cargos o que possibilita que a Casa do Povo funcione, ainda que de forma precária. Ontem também o governador Confúcio Moura se mexeu e na mexida, mexeu nas estruturas do seu governo remanejando alguns secretários, demitindo e trocando outros, enfim, refazendo o dever de casa. O Tribunal de Justiça recebeu e tentou sem êxito conciliar as esposas dos PMs, o governo, os lideres das diversas associações de soldados ou de famílias de para encontrar uma saída para a greve ilegal o que irá ocorrer com absoluta certeza em determinado momento a depender dos humores do universo.
Como se pode ver, a quadra não é das melhores e pelo andar da mula véia ainda vai levar tempo para juntar os cacos e mais um tempo para colar todos. Contudo, antes que comecemos a chorar pitangas, é bom que fiquemos preparados pois os problemas de segurança e saúde não vão acabar da noite para o dia. A percepção de insegurança política e policial bem como de impunidade se instalou e vai demorar muito tempo até que volte a níveis de estáveis que nos desarmem e que não vejamos mais o estouro da boiada logo ali na esquina como possibilidade iminente. E isso é um trabalho de várias mãos, para o qual se exigem coordenação e comando e para o qual estamos dispostos a ajudar, desde que saia a ordem o pedido. Tanto faz.
Apenas para lembrar, há um ano, num momento em que o universo conspirava a favor do cidadão Confúcio Moura, fizemos a entrega da procuração para que ele governasse Rondônia em nosso nome. A validade é de quatro anos, podendo ser renovada.
É dele, do cidadão Confúcio Moura, apenas dele, de ninguém mais, de nenhum outro nome, que esperamos o cumprimento do mandato outorgado e para ser exercido em toda sua plenitude.
Há um ano fizemos nossa parte. Agora governador Confúcio é sua vez.