Sábado, 24 de março de 2012 - 07h31
Frase do Dia:
“A situação em Brasília está fora de controle e pode haver problemas sérios para o governo”
De um ex-inquilino do Congresso Nacional bastante preocupado.
01-Eleições – tudo aberto
Falar em eleição, chances dos candidatos e derrubar casa de caba é a mesma coisa. O piseiro é grande. Tão logo a coluna foi publicada recebi reclamações, principalmente dos que estão sob os cuidados do alemão. Sinto muito. Se estão com Alzh, o alemão, é porque o povo – e não eu – quer. Marcelo Reis foi apontado como prefeiturável e atualizando a lista, Dalton e Bosco da Federal. Logo vão aparecer os outros como o representante do PSOL e escapando da boiada talvez um representante do PSDC. Mas, fora o zumbido das cabas, continua tudo com d’antes.
E levei na orelha: admoestado por não ter feito o registro de um prefeiturável “bem avaliado nas pesquisas”, foi a vez de explicar quem é o tal de alemão. Lembrei do Zé Carlos “Banzeiros” Sá e os “diálogos insólitos”: “P(*)ra, pegou pesado com Ribamar...”. Vazei pela tangente: “Eu não! Quem pegou pesado foi ele e pode inaugurar o código de ética por quebra de decoro”. Depois da missão de explicar o inexplicável, faltou falar das cassações e fui na canela: “Não creio que Ribamar ou qualquer deputado seja cassado. Talvez Valter Araújo”. Sou incrédulo de não acreditar sequer em Papai Noel, apesar de ter certeza que as renas voam. Mas só no natal.
Que prato o deputado Ribamar Araújo serviu a seus colegas da ALE... Na marmita jiló e pepino. Um amarga. O outro é indigesto. Ao rodar a borduna Ribamar não escolheu um alvo específico o que dificulta tipificar a quebra de decoro. Além disso, a imunidade parlamentar lhe favorece. Isolado, Ribamar sabe que agora é um “caititu em trilha de onça”, ainda que a onça ande meio cabreira ou com fastio. Entre vozes irritadas Hermínio desafia: “Não vou aceitar que acuse colegas sem ter provas. Negociata para tirar dinheiro público, qualquer tipo de transação ou safadeza. Se apresentarem isso renuncio e vou embora de Porto Velho, porque a única coisa que tenho e procuro nunca perder ela é a vergonha na cara.” A gororoba está difícil de engolir. |
04-Caveira de burro
É a praxe: deu grozópe, travou, encalacrou, deu errado ou coisa que o valha, o falecido burro ou mais precisamente o que sobrar da sua cabeça leva a culpa. Vamos então deixar combinado que ali na BR 364 entre o Tênis Clube e a entrada do Ronaldo Aragão na Zona Leste da capital, há uma caveira de burro enterrada. Nada portanto de sobrenatural, anormal ou espiritual, mas tão somente o que existe em alguns mal assombrados recantos dessas portovelhenses plagas como viadutos, rodoviárias, presídios, UPAs, CPAs, hospitais, parques, avenidas, etc.
05-Mistura de tatu com cobra
Uma história de esverdear cabelo. O deputado Garçon do PV deve trocar alianças de noivado com o médico José Augusto do PMDB para encarar até que a morte os separe, um casamento de prefeito e vice em Porto Velho. Ocorre que o PMDB como todo mundo está careca de saber, prometeu casar-se com o PT. Quer mais? O problema é que uma ala do PT resolveu adicionar gasolina na caranga do vereador Marcelo Reis do PV, que teria na briga o apoio de três colegas vereadores. PV rachado em azul e amarelo, não por acaso cores tucanas. Se tudo der certo, os eternos namorados PT e PMDB roubariam as esmeraldas do frentão. Nesse rolo, Garçon, que de bobo não tem nada, se fecha em copas, mas se abre às conversas de todos.
06-Num tô intendeno... I
Foi árdua, silenciosa e estóica a luta do cidadão chamado Zizi, até um determinado dia quando ouviu de alguém que poderia deixar o seu posto e ceder espaço para que máquinas e homens fizessem o que se chamou revitalização. Rebatizado como Espaço Cultural recebeu artistas de todas as tribos, bebuns de todas as doses, moças de todas as graças e músicas: para embalar, agitar, chorar saudade e até levar um legítimo general ao último posto. Menos de três anos e é preciso reformar? Não entendi. Se a reforma é pano de fundo para rusgas encaremos. O que não dá é para inventar uma reforma e fechar a casa para resolver ou maquiar o problema.
07- Num tô intendeno... II
Sabemos das tentativas que foram e são feitas para mudar a linha do que se pode classificar como atrações artísticas e da queda de braço sobre o que deve ou não sobreviver no espaço. Ao que parece pelo menos duas forças atuam ou tentam atuar de forma autoritária o que ruim para quem paga a conta e nem sabe da briga. Não conheço a estrutura, mas sei que precisam dialogar com os envolvidos, indicar alguém com poder para tocar o dia-a-dia e democratizar o espaço sem privilegiar pessoas ou grupos. Não é a democracia que atrapalha e sim a ausência de comando que acaba por semear a cizânia para a colheita da bagunça ou da anarquia.
08-Política pública de segurança
A história de explosões em caixas eletrônicos na capital está com seus dias contados. “Polícia inteligente” nada tem a ver com adivinhação, achismo, Mãe Diná etc. São métodos científicos que apesar da precariedade das instalações e aparato policial vem sendo utilizados e mostram resultados surpreendentes. Para continuar porém, serão necessários pesados investimentos e o pulo do gato ocorreu ano passado quando um jovem delegado que além de segurança sabe planejar mostrou idéias que foram compradas. As questões e soluções para a segurança nunca deixaram de estar aqui ao alcance da mão. Só é preciso fazer a pergunta e a escolha certas.
09-Um gênio se foi
Não me lembro quem disse que Chico Anísio não era humorista ou comediante e sim médium, tantos eram os personagens distintos que recebia. Foi a melhor definição para o gênio que se foi hoje. Na minha pequena galeria de ídolos, inaugurei o seu retrato mutifacetado de Bento Carneiro, Popó, Meinha, Salomé, Alberto Roberto, Roberval Taylor, Painho além do autor, ator, cantor, compositor, escritor, pintor, show-man, médium e gênio, Chico Anysio. Se o céu vai ficar alegre não sei. Mas o Brasil fica triste sem o mestre que nos ensinou a rir de nós mesmos.
10-Três perguntas cretinas
Quando será que vão reiniciar a obra parada do presídio estadual ao lado do Urso Branco? Já que falei nisso e o presídio feminino? E já que estou aqui e ao lado, e a tal delegacia feita com dinheiro de Jirau quando entrará em funcionamento?
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