Quinta-feira, 24 de setembro de 2015 - 17h18
Foram 5 apagões em 40 dias ou 6 apagões em 42 dias? Não sei e o que importa mesmo é que existiram. Apagões têm como característica principal serem logo percebidos, incomodarem já nos primeiros minutos e causarem prejuízos financeiros.
Como soe ocorre com leite derramado, palavra dita, flecha atirada ou qualquer bobagem do tipo, ao consumidor importa tão somente que o apagão não exista. Contudo no caso em pauta há a frequência e isso incomoda tanto ou mais que o próprio. Tão certo quanto a voracidade do governo, a paralisação de obras, o atraso de ônibus ou a prisão de mais um figurão pelo juiz Moro, o apagão surge recorrente com seus dissabores e normalmente acompanhado da queda do sinal da internet e das indefectíveis notas de esclarecimento brumosas.
E de quem é a culpa pelo apagão?
A energia chega até o usuário final, o tal que usa geladeira, lâmpada, TV, elevador ou em casos extremos, equipamentos de suporte à vida, cumprindo três estágios a saber: geração, transmissão e distribuição.
A geração de eletricidade ocorre a partir da queima de combustíveis fósseis, aproveitamento hídrico, ventos, placas solares ou fissão nuclear e o grande comprador e/ou gerador é o estado.
A partir da geração a eletricidade segue por cabos aéreos em transmissão e passa por transformadores que aumentam ou diminuem a voltagem, alterando a tensão elétrica. O sistema é estatal.
A distribuição ou entrega da eletricidade ao consumidor se dá via concessionárias ou permissionárias controladas e/ou operadas pelo estado.
Em Rondônia a geração de eletricidade é consorciada entre estado e iniciativa privada e tudo o que é produzido é entregue para transmissão do estado, seja pelas usinas de Santo Antonio, Jirau, Samuel ou PCH’s.
Para o bom entendedor bastaria, mas como explicar o “bate-cabeça” dos “pirilampos” do setor? Uma sopa de letrinhas forma a teia de empresas de economia mista quase todas com o nome Eletrobrás, interligadas e/ou ligadas por participações societárias a uma holding, a ELB. Eis aí o sistema elétrico que é coordenado pelo ONS–Operador Nacional do Sistema que em tese segue as determinações da ANEEL, a Agência de Eletricidade, que com outra agência a ANA – a das águas –, paira sobre torres, postes, estações, etc. e que para complicar recebe óleo ou gás da Petrobras para queimar nas usinas térmicas. É assombroso como o polvo político vai lançando e enrolando seus tentáculos.
Faltou alguém? Sim. Enfiado nalgum canto ou pelo meio, está o Ministério de Minas e Energia que tem como chefe um político da base de sustentação do governo. É este senhor ministro ou o seu partido que põe em cada mesa o diretor, chefe, assessor ou algo do tipo que vai tocar o sistema que em tese nunca pode apagar. Está aqui a semente da incompetência.
Claro que engenheiros, técnicos e operadores são preparados para enfrentar problemas e apagões, mas não são eles que fazem as políticas de energia, planos de expansão ou contratos para aquisição de gás e óleo. E já que falei de óleo e gás, o que pode um técnico, engenheiro ou dirigente de uma empresa de economia mista fazer para efetuar o pagamento de débitos com outra empresa como a Petrobrás, que parece ser o curto circuito político por trás dos nossos apagões?
Se você quiser por a culpa em alguém basta escolher entre Sarney, Color, Itamar, FHC, Lula ou Dilma e/ou seus partidos. Liste-os e nem precisa fechar os olhos já que vivemos no breu. Aperte o botão e espere a luz acender. Não importa quem você escolheu.
Vai acertar na mosca.
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