Quinta-feira, 4 de outubro de 2012 - 14h57
Frase do Dia:
"De uma vez por todas é preciso que no Brasil a lei valha para todos. Se o criminoso comum vai para a cadeia, é preciso que o colarinho branco também vá para a cadeia. Todos são brasileiros igualmente"– Roberto Gurgel, procurador-geral da República.
I-Operação Itália
Valdemar da Costa Neto, o plenipotenciário do velho PL, está juntando artigos do Código Penal para enriquecer seu curriculum. Condenado pelo STF por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, o mensaleiro convocou entrevista coletiva e anunciou que irá às portas da justiça na Corte Interamericana de Direitos Humanos contra a decisão da justiça brasileira. Valdemar bem poderia tentar o golpe de mestre: vaza enquanto é cedo e entra escondido na Itália. Uma denúncia e ele pede asilo político e tratamento isonômico ao do Cesare Batista. De birra Mario Monti imita Luzinácio, escora a justiça, o Waldemar vira cidadão italiano e abre caminho para que a súcia mensaleira do Brasil vá refundar a máfia na Itália.
II-Operação duplipensar
José Genoino, aquele famoso ex-quase bravo guerrilheiro lutador do Araguaia, foi absolvido pelo ministro Ricardo Lewandoswky. Gostei de ouvir o voto do ministro, ainda que desta vez a sua gagueira estivesse mais acentuada. Não deve ser tarefa fácil defender o indefensável e o duplipensar exige prática. Enquanto o ministro Lewandowsky construía seu voto e tentava destruir mais uma vez a peça acusatória do Ministério Público viajei na defesa até que numa intervenção irônica, o ministro Marco Aurélio me arrancou uma gargalhada: "Estou quase me convencendo que o PT não fez nenhum repasse a parlamentar". Marco Aurélio: hilário e cruel.
III-Operação limpeza
A vida fácil e segura de políticos ladrões e da banda podre do serviço público parece estar com os dias contados. O procurador-geral da República quer que todos os réus condenados a penas que culminem em prisão no julgamento do mensalão sejam encaminhados para os presídios assim que sair a sentença. Gurgel já havia reivindicado a execução imediata das punições na sustentação oral. "Se alguém pegar cadeia, deve ir para a cadeia. O que o Ministério Público sustenta é que a execução das penas que sejam eventualmente fixadas pelo Supremo devem se fazer logo em seguida à conclusão do julgamento". Gostei da conversa como sei gostaram também os políticos que não se dobram às forças do mal. Vamos lá: água, sabão e vassoura.
IV-Caçando encrenca
Vejam o tamanho do embrulho: o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que se os partidos de oposição pedirem para investigar o envolvimento do ex-presidente Lula com o mensalão enviará para o MP de primeiro grau. Ontem de forma conjunta PSDB, DEM e PPS disseram que, depois do julgamento do mensalão vão pedir que Lula seja investigado. “... será recebido com toda a atenção e toda a consideração devidos e será encaminhado ao órgão ministerial de primeiro grau ao qual compete agora fazer esse exame”, garantiu o procurador Gurgel sem gaguejar. Zé de Nana caçador passado na casca do alho pulou de banda e avisou: “mexer nesse “homi” é que nem cutucar onça com vara curta. (*)erda vai subir de preço”.
V-Pós-debate
1º BLOCO |
2º BLOCO |
3º BLOCO |
A TV Candelária ousou ao colocar oito candidatos a prefeito no seu debate eleitoral. Mais que um debate o que os Leone queriam, conseguiram. O debate foi um show televisivo bem feito e o nível de informação de propostas ao eleitor ficou por conta dos candidatos em confrontos diretos – oito no total – sem sorteio de perguntas ou temas pré-estabelecidos. A crítica da imprensa especializada e dos candidatos e equipes nos trouxe a certeza de que fizemos bem o nosso dever. Agora os púlpitos estão guardados, mas o debate em casa, com a família, no bar e no boteco com os amigos precisa avançar para uma escolha certa. E que vença o melhor.
VI-Parabéns Mestre Abnael!
No dia do aniversário de Porto Velho um dos seus mais ilustres filhos trouxe o presente que toda mãe gostaria de receber: um neto. O sexto livro do historiador Abnael Machado – "Porto Velho, de Guapindaia a Roberto Sobrinho - 1914/2012" é o registro de todos os prefeitos que deram a sua contribuição para esta capital tão cheia de passado e tão carente de futuro. Outro registro é que no dia anterior, se comemorava o dia do prefeito. E a casa – na verdade galpão da Madeira Mamoré – estava cheia. Parabéns à nossa Porto Velho e ao mestre nosso de cada dia, Abnael Machado que também soprou velinhas – mais de vinte duas – no dia 22 de agosto.
VII-Milagre da multiplicação dos peixes
Para fazer outro milagre da multiplicação de peixes é preciso desonerar. E foi o que o governo de Rondônia fez com o Decreto 17.136, assinado pelo governador Confúcio Moura, que isenta o ICMS no comércio interno e externo do tambaqui de cativeiro. O decreto complementa a Legislação Federal que isenta a cobrança de ICMS do pirarucu de cativeiro, ou capturado em reservas ambientais auto-sustentáveis, autorizadas pelo IBAMA. Ao desonerar a tributação do setor os custos do pescado serão reduzidos para assim concorrer em condições de igualdade com outros estados. Gerar renda, fortalecer a economia e fixar o homem no campo, aliviando a pressão nas cidades. Isso é o tal do planejamento: a palavra que faz o milagre dos homens.
VIII-Troca a pilha minha filha
Dizemos técnicos que é assim mesmo, que as manutenções estão em ordem, que o sistema é seguro, que a falha foi eventual e que pelo mapa de ocorrências elas são mínimas. Não encaro discussão com quem tem cartilha na mão e muito menos se o caso é falta de energia elétrica. Ocorre porém que não foi só o apagão de ontem. Em menos de duas semanas – 11 dias para ser preciso – ocorreram dois apagões e como o nosso sistema é interligado – o que é bom – cada ocorrência se transforma numa tragédia com o desligamento em cadeia para evitar o mal maior. Explicar um fato é uma coisa. Explicar dois é mais difícil e explicar que as ocorrências têm como origem tanto na geração quanto na distribuição é impossível. Ou troca, ou troca.
IX-O abismo democrático
O articulista Carlos Chagas me deu o que pensar com seu jeitão de escrever sem firulas. Olha a pérola da sua coluna: “A distância entre governantes e governados aumenta a cada dia, sendo a capital paulista o melhor exemplo do que acontece nas demais cidades do país. Uns mais honestos, outros menos, nenhum prefeito consegue influir decisivamente na vida de seus habitantes. Como nenhum governador e nenhum... (cala-te boca, que a hora não é essa).” Quedo a pensar na fórmula para corrigir essa curva que mais parece um circuito oval e rejeito a balela de que depende do nosso voto. Nosso código eleitoral de 1965, produto da “ditacuja” está mais remendado que cobertor de sem teto e, entre povo e governo há um fosso.
X-Papo com Zé de Nana
X1-Sem peias, comerciantes das margens da BR desceram a peia no prefeito “Pato Manco”.
X2-Lula faz sozinho, sem ajuda, o que a oposição não conseguiu: sua desconstrução pública.
X2-Sabedoria quando é demais vira bicho e come o dono. A batata do Zé Dirceu tá no fogo.
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Deu o que o americano escolheu
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