Segunda-feira, 4 de novembro de 2013 - 11h29
Frase do dia:
“Que país é este onde até outro dia o ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO) era o símbolo do respeito à ética na política; o bilionário Eike Batista, da rápida e espantosa ascensão empresarial; e a presidente Dilma Rousseff da gestora bem-sucedida?” – Jornalista Ricardo Noblat
1-Precária
A partir de quarta-feira, dia 06, com o fechamento do Shopping Cidadão para reforma do prédio, a Defensoria Pública vai atender “temporária e precariamente”, segundo nota, na sua sede no bairro Pedrinhas. De há muito vivendo na penúria, a Defensoria Pública desce mais um degrau. O que a salva é a dedicação dos poucos – e põe pouco nessa história – servidores que fazem o atendimento ao público. Para ser sofrível, ainda falta muito para a precária Defensoria que depende da vontade política dos governantes e do apoio do povo. Até lá continua temporariamente precária. Que coisa!
2-“Ainda vai levar um tempo...”
Volto às tais operações político-policiais e, depois de passar o fim de semana digerindo relatórios de duas delas, fica claro que que nossa justiça é lenta. Vejam o caso da Apocalipse. Em sã consciência alguém pode imaginar o aparato de estado – e não só a Secretaria de Segurança – usado para ferrar a vida de pessoas, dentre as quais deputados, vereadores, empresários, servidores públicos, ainda que o objetivo principal fosse de vingança contra determinado indivíduo? Não é o que mostram os autos a que tive acesso. Muito do que não foi publicado está lá e virá à tona daqui a um tempo.
3-“Está chegando a hora”...
Outra operação que continua cozinhando em banho-maria é a Termópilas. No próximo dia 18, após dois anos, ainda há presos e se promovem oitivas. Do julgamento político é melhor nem falar para não constranger as excelências parlamentares que com o tempo se transformaram em paladinos da decência e da moral. Mas na justiça a coisa não avança. Semana passada um “capa-preta” me disse que dentro em breve começarão a sair sentenças. O problema é que tem gente que até hoje não foi ouvida. As únicas horas que vejo chegando são a do carnaval e depois a da eleição. Skindô, skindô!
4-Tintas
E por falar em capa preta, o senador Cassol está na mira do STF que decide esta semana se aceitará ou não a denúncia que tem parecer favorável da Procuradoria Geral da República. A pendenga envolve suposto crime contra a honra do Procurador da República Reginaldo Pereira da Trindade e faz parte de uma série de ações iniciadas na época em que o atual senador era prefeito de Rolim de Moura. Como Cassol já levou tinta em algumas, a possibilidade de que saia ileso desta é remota.
5-Inflação de volta
Em tempos de inflação alta, a máquina de precificar estava para o consumidor como a motosserra para o Ibama. Com a estabilidade da moeda o dragão da inflação foi domado e o desmatamento até pela redução das árvores maduras arrefeceu. Diferente, porém da floresta que precisa de tempo para crescer, a inflação só precisa do descontrole de gastos. Foi o que houve. Com esse “pibinho” e a gastança pública pré-eleitoral, o dragão está cuspindo fogo. Nos supermercados a maquininha não iguala a velocidade da inserção do código de barras no computador e a diferença entre o preço da gôndula e da caixa tem gerado irritação da dona de casa. E Dilma acima dos 40%. Tá danado véio!
6-Cabrito expiatório
Buracos, obras paradas, escuridão, esgoto a céu aberto, sujeira, problemas na área da saúde, praças mal cuidadas, carapanãs, alagações, zumbis do crack nas ruas, trânsito caótico, flanelinha, terrenos baldios... Com a Rodoviária e Rua da Beira, adotadas pelo estado, os viadutos pelo Dnit, a Prefeitura se dedicou às avenidas Cahula e Tiradentes. Mas vamos combinar: o resultado é pífio para 10 meses de administração. Pai Dôdô me garantiu jogando búzios os búzios: “É praga di Roberto Sobrin mizifi. Mas se o turco trouxé o marafu e um cabritin novo o véi disfais! Humm... O véi sabe! Humm...”
7-Rodoviária
Vem aí a primeira ação direta do governo do estado no monte de lixo chamado estação rodoviária e deve acontecer nos próximos dias. Nada porém de obra faraônica ou projeto mirabolante. A ideia é usar água, sabão, vassoura e depois estudar o que é preciso fazer. Municipalista, Confúcio Moura virou uma espécie de prefeito adjunto da capital e o povão faz festa. Casas populares em parceria com o governo federal e prefeitura, titulação de lotes urbanos e rurais, obras na rua da Beira, asfaltamento de várias ruas, promessa de construção do Hospital Municipal e por aí vai. Ora se vai.
8-Educação vigilante
Antigamente a escola era território sagrado onde o professor era a figura central e o aluno, foco das atenções. O tempo passou, a escola mudou e o aluno foi parar no fim da fila onde se acumulavam mazelas como salário do professor, planejamento, avaliação do mérito, qualificação profissional, etc. Escola tem que ter merenda, merendeira, zelador e com sorte bom desempenho nas avaliações oficiais, apesar de não ser este o objetivo principal. Sem “status quo”, professor virou “trabalhador em educação”. Mais estranho é o caso do vigilante. Escola sem vigilante não é escola. Éraste!
9-Controle caro e ineficaz
Parte da equipe financeira do ex-prefeito Kassab de São Paulo foi pega depois de meter os pés pelas mãos e desviar uma grana preta. Por aqui, no apagar das luzes, boa parte da equipe do ex-prefeito Roberto Sobrinho foi checar a quadratura do sol, apesar de alguns nem terem sido ouvidos até hoje e apesar do TCE garantir que a Prefeitura deixou um rombo de R$ 8 milhões. Causa espécie que com tantos controles e controladores a prática seja comum no país. E o pior é que os controladores e os órgãos de controle sabem e alardeiam que só 10% do que se desvia é passível de recuperação.
10-Pois é...
A Câmara de Vereadores está tão atarefada com a Comissão Processante que não faz mais nada.
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