Segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 - 10h02
Frase:
“Dilma acusa Cerveró,
que acusa Dilma.
Ambos têm razão!”.
Noblat
1-No limite da tolerância I
Sou contra a pena de morte, qualquer que tenha sido o crime praticado, bem como do justiçamento, linchamento, bem como tortura física, psicológica, privação de água e comida, trabalho forçado e outras formas de punição que impinjam ao sentenciado, sofrimento, dor, além da execração pública da família. Creio no direito e logo na justiça, quero mesmo acreditar, mas meu credo anda bastante abalado, principalmente em razão dos eventos na França e dos mais recentes aqui em Porto Velho nesta semana.
2-No limite da tolerância II
Há indivíduos acredito, sem condição ressocialização na cadeia e assim, desde que identificados devem receber penas, tratamento, acompanhamento e guarda rígidos e diferenciados. Traficantes, matadores em série, latrocidas, pedófilos, corruptos e corruptores com desvios repetidos do erário público, ou osde contumazes em crimes diversos, não deveriam receber o mesmo olhar dirigido ao batedor de carteiras, ladrão de galinha, ou criminosos de menor poder ofensivo. Não tenho a solução pronta e nem creio que ela exista, mas chegamos ao limite da tolerância. O desrespeito e a barbárie atuais são inaceitáveis
3-No limite da tolerância III
O que posso dizer ao músico Mário, impedido de tocar na missa da nossa Igreja São Luiz Gonzaga neste domingo, porque estava cumprindo a dolorosa tarefa de enterrar o seu filho Breno, cheio de planos e de vida e que foi assassinado ontem num assalto? O que dizer ao Mário Jorge, que divide sua vida entre as funções de educador, funcionário público e, em tempo integral, como cuidador, enfermeiro, médico, psicólogo e sacerdote, acompanhando seu filho que bravamente vive pela misericórdia de Deus?
4-No limite da tolerância IV
Há poucos dias autoridades de segurança do estado falaram que o número de policiais não é suficiente. A suspensão de uma licitação para contratar veículos para o policiamento leva-me a acreditar que o que se comenta à boca pequena é verdade: o estado enfrenta sérios problemas econômicos e financeiros e a exemplo de outras áreas, teremos tempo ruim pela proa. Não sei se por coincidência, mas o certo é que a partir da fala das autoridades a violência, inclusive com mortes disparou. Quer saber mais Chicó?
5-Vento forte e nuvens negras
Policiais civis estão sinalizando para protestos e greve se o estado não cumprir os acordos assinados em junho de 2013 quando foi suspensa a última paralisação da categoria. O sindicato está com a pauta reclamando o prometido PCCR, mais 6% de realinhamento salarial, promoções e realização de concurso público para aumento do efetivo. E haja rolo: os três primeiros itens tinham como prazo o final de 2014. Como se pode ver, não há nada que seja tão ruim que não possa ser piora. De vez em sempre, piora.
6-Raios e tempestades
“O aumento da energia não vai passar de 40%”, afirmou o companheiro manauara Eduardo Braga, novo ministro da energia. Além de futurólogo e adivinho é engenheiro elétrico e atua com venda de veículose talvez esteja criando um sistema para reduzir a conta, usando a energia do poraquê armazenada em bateria de carro. São uns pândegos esse ministros... Quer mais previsões? Amanhã o Copom se reúne e lá pelas dez da noite vaza a informação da nova taxa Selic para a Rede Globo e quarta feira a imprensa divulgará a novidade atrasada: “Taxa Selic sobe 12,75%”. E isso tudo é só parte do saco de maldades
7-Tolerância zero
Como o presidente Joko Widodo não atendeu aos apelos para perdoar o brasileiro condenado à morte, a presidente Dilma chamou o embaixador da Indónesia ao Brasil, agindo de acordo com as tradições brasileiras. Widodo segue uma política interna e acena para a manutenção do regime de tolerância zero com o tráfico de drogas em seu país. Cada povo com seus costumes, suas leis e seu limite de tolerância com a criminalidade. O Brasil deverá enfrentar a comunidade internacional por nossa tolerância com a corrupção e teremos problemas com o caso Petrobras. Cada povo tem seus problemas e suas soluções
8-“Estádio” de futebol
Não vai mudar minha vida ou da maioria da população de Porto Velho em nada, mas como se trata de bem público, onde já foram – creio que ainda são – enterrados zilhões de reais, alguém aí pode informar quem é que “toma de conta” do Estádio Aluizio Ferreira? E esse que “toma de conta” tirou o alvará para o campinho funcionar, com a vistoria do Corpo de Bombeiros? E os bombeiros foram lá e fizeram uma inspeção no capricho? E a Vigilância Sanitária foi junto? E o MP e o MPT souberam do resultado?
9-Agora o governo vai. Ora se vai...
Até aqui não é oficial, o governador Confúcio até onde sei, nada falou, mas o PT deve receber um naco de participação no governo do estado. Alvíssaras. Que notícia boa, aplaude o PT. Com o PT na Idaron e na SEAS, “seus problemas se acabaram-se”. E eu aqui me quedo a matutar sobre o fato. Ora, ora, com tantas opções Tabajara possíveis, inimagináveis e até desejáveis, e da forma como estão chacoalhando o pé de laranja lima, das duas uma ou a laranja se estatela no chão ou a “foia” desprega do pau divera.
10-Um coió olhando a rua
Acidentes e mortes no trânsito, buracos, guardas multando, pronto socorro cheio, nhem-nhem-nhem de mobilidade urbana, lei seca da PM contra os pinguços e eu com essa minha cara de coió sonhando com lombada eletrônica, viaduto, rua da Beira, zona azul. Tem jeito não gente: uma vez coió, sempre coió.
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