Sábado, 22 de dezembro de 2018 - 08h32
Entre as coisas que vêm mudando com
rapidez assustadora está a comunicação. Total. Entre as pessoas, entre elas,
para elas, e até com os astrais superiores. As autoridades também andam
inovando, mas pensa: eliminam intermediários muito mais apenas para não serem
contrariados.
Começou com aquela tal vela automática, eletrônica, nas igrejas, aquela da luzinha que acende quando você põe a moeda na máquina. Sempre achei esquisito. Ainda não descobri como andam pagando promessas nas igrejas, aquelas promessas que usavam velas do tamanho das pessoas a serem protegidas. Mas também tem – e aí nem precisa sair de casa ou do celular – dezenas de apps, aplicativos, de promessas, de palavras confortantes, todas as religiões entrando na era digital. Você também pode acender velas pelos sites, fazer pedidos e até rezar o terço. Imagina a capacidade instalada do servidor de Deus! Será que Ele também sofre com a lentidão, com downloads, muito tempo diante da tela? Que equipamentos usará? Será que visualiza as nossas mensagens? Bloqueia, responde correntes? Certeza é que não atende aquelas ordens de “REPASSE SEM DÓ”, geralmente mentiras cabeludas que toda hora querem que a gente passe para a frente, e também deve odiar receber vídeos e áudios sem noção.
Mas não
parou aí essa mudança. Logo viveremos só com as nossas telas. O mundo digital
causa uma revolução no nosso dia a dia, atinge o relacionamento humano
interpessoal. A eleição demonstrou de forma cabal coisas que há pouco nem
imaginaríamos ser possíveis.
Por
exemplo, brigamos com “amigos” que nem conhecemos, nem chegaremos nunca a ser
na vida real. Ou nos juntamos a grupos enormes que pensavam como nós,
acreditando piamente que fazíamos a diferença, como em um protesto monumental.
Concordamos, seguimos, conversamos ou batemos boca com robôs. Aliás, não há
como esquecer que agora compramos roupas e várias outras coisas de vendedores
virtuais; podem até ter nome, mas não existem. Isso porque não faz muitos anos
a gente só reclamava de “não ter gente” que nos atendesse quando telefonávamos
para reclamar de alguma empresa. Disque 1 para isso, 2
para aquilo, 440 para nos xingar, e ... 9! - Se quiser
falar com algum de nossos atendentes, que poderão, claro, deixar a linha cair e
você precisar fazer tudo de novo, essa sim uma verdadeira via crucis.
Não por
menos agora a moda seja a comunicação de tudo, vai, me diz se não é verdade, de
tudo, sendo feita via redes sociais. O Twitter é o predileto dos políticos que
anunciam o que bem querem, o que pensam e muitas vezes nem pensam para
escrever, o que fazem muitas vezes em alterados estados na madruga...e depois
do rolo, correm para apagar. Outra coisa que também é digna de nota: escreveu,
não leu, o pau comeu, ou seja, não dá mais para apagar. Em algum canto do
planeta alguém copiou, printou, fotografou, guardou, salvou,
arquivou e vai esfregar na cara de quem disse que não disse, na primeira hora
que for possível. Por enquanto a única saída é alegar que foi hackeado, que
teve o computador invadido e as contas usadas.
O novo
governo já é especialista nisso, começando pelo presidente eleito e seus
replicantes. Jair Bolsonaro anunciou os componentes do governo, debateu,
critica quem quer, opina até sobre o que não perguntaram. Ainda. Manipula a
informação. Ele é quem pauta, e só, claro, o que lhe interessa. Qualquer hora
publicará uma foto pondo a língua para fora ou dando “uma banana” aos
jornalistas, a quem vem sobrando apenas correr atrás dos caracteres já
publicados, das migalhas. Tudo muito igual o Trump, nos Estados Unidos, que parece
mesmo ser o ídolo máximo do nosso novo governante.
Incentivamos
com nossa curiosidade. Porque por isso ganham a cada linha, cada foto,
cada #hashtag publicada, por livre e espontânea vontade
acompanhamos tudo de celebridades e subcelebridades. Sabrina Sato nos fez
sentir até a dor do parto de sua primeira filha, Zoe. Novidade mesmo foi essa
do João de Deus que, para satisfazer seus desejos e, obviamente, seus problemas
de ejaculação precoce, alegava que seu pênis era uma espécie de antena com o
além. Só se concentrava, sem precisar de equipamento.
Marli
Gonçalves, jornalista – Desejando tudo
de bom a todos e que o ano que vem essa nossa comunicação virtual alcance todos
os sinais e que continuemos unidos, na realidade, pelo que melhor e mais nos
faça feliz.
Brasil,
quase... 2019.
marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br
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ME ENCONTRE:
https://www.youtube.com/c/MarliGon%C3%A7alvesjornalista(marligoncalvesjornalista
– o ç deixa o link assim)
https://www.instagram.com/marligo/?hl=pt-br
http://marligo.wordpress.com
Ufa. Calcinhas. E as promessas?
Elas, as promessas feitas no fim do ano, parecem fantasmas que ficam nos perseguindo todos os 365 dias que foram ou os que virão; disso não fugimos,
Com tantos sustos como os que todos estamos passando nesse fim de ano até o próprio Espírito de Natal, creio, chamou as renas pelo aplicativo e está
Cérebro. Duvidando até da sombra.
Em quem acreditar, sem duvidar? De um lado, estamos como ilhas cercadas de golpes por todos os lados. De outro, aí já bem esquisito, os cabeças-dura
Não chama a polícia. Ela pode apavorar, te matar, te ferir. Não sei se é um surto, se são ordens ou desordens, mas estes últimos dias fizeram lembra