Sábado, 12 de fevereiro de 2022 - 07h05
Vocês sabem que eu não faço outra coisa a não ser pensar em formas
de tentar tornar nossas vidas pelo menos um pouco melhores, não? Divertidas.
Razoáveis. Sei bem o quanto está difícil. Então hoje vamos ter um momento
relax, com sugestões de como se distrair sem perder o rebolado. Nem que seja
por momentos.
Meu objetivo, pretendo ajudar com pílulas de relaxamento,
mas entendi agora por que e que tem mais gente buscando tentar nos aliviar da
realidade, tão dura, de pandemia, mortes, essa política pavorosa na qual
estamos metidos, e agora até uma ameaça de guerra que, ocorrendo, sobra pra
nós, respinga aqui, e agora mesmo vamos mandar uma bomba para a Rússia, na
viagem acompanhada de uma comitiva de bombinhas.
Está duro. É fake news para tudo quanto é lado. Ignorância
e desequilibrados virando influenciadores (essa palavra começa a me dar
ziquizira) do mal, os jornais e telejornais, os jornalistas sérios, coitados,
acuados, obrigados que somos a noticiar os fatos como eles são, dia após dia.
Tudo em crise, especialmente econômica.
Claro que deve ter notado nos últimos tempos uma mudança
radical e mais forte na programação da tevê, aberta, fechada, e daquelas que
vão onde quer que se vá. Os realities ganharam uma força descomunal, e eles são
de todos os tipos, desde o BBB, seguido pela A Fazenda, o tal Power Couple,
ex-couples, os de sexo, que juntam gente gostosa para ver no que dá, onde dá e
quem dá. E de comida, outros tantos. Engraçado é que viram coisa mais séria
quando a imprensa é obrigada a dedicar manchetes, espaços e mais espaços para
eles, como se fossem grandes acontecimentos, sempre, uma realidade paralela.
Nunseiquem beijou nunseiquem. Nunseiquem saiu, chorou, riu, comeu com a boca
aberta, “mostrou mais do que devia” (frase irritante que toda hora a gente lê
por aí). Vote. Ah, em quem quer que fique; quem quer que vá.
Ok, é que essas coisas distraem. É descobrir qual é o
mascarado que está por trás da fantasia. Acompanhar quem canta melhor, faz
virar cadeiras, de todas as idades. Ficar vendo aqueles pratos deliciosos sendo
feitos e mostrados, embora o país volte a ter a fome como uma de suas mazelas.
Tem até um desses, Mestres da Sabotagem, que nos diverte ver os caras se
ferrando atrás de algum trocado e visibilidade.
De tantas mentiras por aí, apareceu um quadro na tevê onde
se tenta descobrir quem fala a verdade, e que mostra como é fácil enganar
alguém na cara dura. Mentem até para padre. Outros quadros, musicais, tocam os
primeiros acordes de músicas que, - socorro! – se eu participasse estava
ferrada, porque não conheço ninguém dessas pessoas, ritmos, sucessos – pior é
que tem gente que sabe as letras inteiras, e aliás que são muito para lá de
ruins.
A moda da hora são os “Quiz”, jogo de perguntas, valendo em
geral algum dinheiro, o Show do Milhão em outras versões. Zeca Camargo comanda
diariamente o 1001 Perguntas. Isso até é legal, porque dá para de casa aprender
umas coisas, checar nosso próprio conhecimento. Aliás, perceber também o quanto
estamos muito aquém na educação, e como faltam informações gerais básicas em
alguns participantes.
Mas você precisa sair de casa, para arejar um pouco. Largar
das telas. Aqui entram minhas singelas sugestões. Placas de carros; agora, com
essas do Mercosul, ilegíveis, tiraram nosso prazer de ler de onde eram as
pessoas, de quais cidades, muitas de nomes bem legais. Nessas novas só dá para
tentar escrever palavras.
Você pode contar quantas pessoas encontra com os cabelos
descoloridos, que muitos resolveram virar grisalhos ou loiros de uma hora para
a outra. De repente, modas aparecem, e somem como vieram. Dá também para contar
quantas mulheres vê com vestidos coloridos arrastando pelo chão. Vai ficar
impressionado. Quantas pessoas vê com roupas luminosas, fluorescentes,
lâmpadas; às vezes é só o tênis. Brilha tanto que você nem repara na pessoa.
Enfim, relaxar, que a coisa não está fácil, mesmo.
Você deve ter outras ideias e sugestões do que pode, de
graça, nos distrair um pouco, nos fazer virar um pouco crianças novamente,
sorrir, comentar. Manda mais ideias, porque parece que vamos precisar muito
delas.
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MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação,
editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres.
E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon).
marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br
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Com tantos sustos como os que todos estamos passando nesse fim de ano até o próprio Espírito de Natal, creio, chamou as renas pelo aplicativo e está
Cérebro. Duvidando até da sombra.
Em quem acreditar, sem duvidar? De um lado, estamos como ilhas cercadas de golpes por todos os lados. De outro, aí já bem esquisito, os cabeças-dura
Não chama a polícia. Ela pode apavorar, te matar, te ferir. Não sei se é um surto, se são ordens ou desordens, mas estes últimos dias fizeram lembra
Stress, o já aportuguesado estresse. Até a palavra parece um elástico que vai, estica e volta, uma agonia que, pelo que se vê, atinge meio mundo e n