Sábado, 15 de outubro de 2022 - 10h25
Tá feio, muito feio, e a conta vai chegar para vocês. Será que
consegue jogar limpo, ao menos sabe o que é isso? Resta um mínimo de bom senso?
Queremos rezar para quem a gente quiser, como a gente quiser, onde quisermos, e
em paz. Viver em paz. Não se meta. Queremos respeito às nossas decisões
pessoais, respeito aos nossos sentimentos e crenças. Cuidem do país, que da
gente cuidamos nós. Pare, apenas pare de nos causar asco todos os santos dias.
Caro Senhor Bolsonaro e seus admiradores, seguidores,
apaniguados, vidrados e etceteras: respeito!
Respeito é bom e todos gostam. Não vai ganhar no grito, e se acaso isso ocorrer, o grito que ouvirão depois será muito mais alto e perturbador. Segurem sua onda, que a gente pode tentar até segurar a nossa. O mundo não se resume a vocês, aliás, graças a Deus, e seja em qual deus cada um de nós acredite e venere, ou não! Parem de ser tão crentes que estão abafando por aí com tanta sacanagem, aleivosias, violência, mentiras, ignorância e ódio que espalham por onde passam. Já conseguiram acabar com o orgulho de nossa bandeira, e cores, hoje quase insuportáveis. Buscam comprar votos com a mais lavada cara de pau, distribuindo benesses de última hora. Joguem limpo. Querem respeito? Nos espeitem.
Não se sabe se atiçando medo já causam uma estranha,
inaceitável e impressionante paralisia nas instituições que deveriam proteger,
mas que estão rasgando, desonrando e pisando em artigos sagrados de nossa
constituição.
Damares, a ex-ministra e agora senadora incrivelmente eleita, já deveria é estar presa e cassada, antes que esse estrupício manche ainda mais o Senado Federal. Se não na prisão, desculpem, em um hospício, interditada, porque ela está – acreditem - precisando de ajuda e tratamento urgente. Está fora de si, vendo muito mais do que Jesus na goiabeira. Isso não é religião: é problema sério, mental, que a faz, como ela própria diz - ouvir pelas ruas até relatos fantásticos de crianças com dentes arrancados para a prática de sexo oral, entre outras sandices que propaga em solos sagrados que ela própria deveria respeitar.
Isso tudo é muito sério. Não tem mais graça alguma nem para
fazer memes. Precisamos parar de brincar. Está passando dos limites de qualquer
aceitável.
O tal Ônix, candidato ao governo do Rio Grande do Sul, é
outro que já deveria é estar sendo preso, processado, anulado, cancelado, sei
lá. Não é de hoje, mas agora ousou dizer que os gaúchos deveriam votar nele
para terem uma “primeira-dama de verdade”, já que não consegue ser melhor do
que o seu concorrente que, sem problemas, sempre se assumiu gay. Homofóbico,
preconceituoso, apoia tudo o que é, foi e será de ruim. Se nem ele é de
verdade, um ser falso que há anos anda por aí atrás de qualquer poder para se
aproximar.
Outro que se diz cristão, e também não dá para entender
como os verdadeiros evangélicos se calam diante do uso deslavado de suas
premissas nesses embates eleitorais.
Bolsonaro, não dá para listar nesse espaço todo o mal que
espalha e permite que se espalhe, agora ainda por cima tentando uma guerra
religiosa opondo católicos e evangélicos. O que aconteceu na Basílica de Nossa
Senhora Aparecida é simplesmente imperdoável, não há justificativa possível.
Aguente o tranco de seus ataques, que essa semana o senhor pisou em calos que
não deveria, acredite.
Sabe, já tivemos – e os seus atos agora chacoalham nossa
memória – vários seres desprezíveis no comando da nação, especialmente durante
a ditadura militar que admira e tenta alimentar. Mas teve um, o tal Jânio
Quadros, que saiu da história como maluco, quando governou o país e renunciou
e, depois, mais, quando inacreditavelmente foi prefeito aqui por São Paulo.
Teve também o Maluf que grassa agora largado doente e só em algum canto. Eles
também tiveram apoio por algum tempo, juntaram alguns porcentos gritando
“mito”. Mas sabe como é a política, não? Implacável.
O povo também sabe virar uma bandeira como ninguém. Tenta
proibi-los de suas coisas, para ver só. Se acaso a resposta já não vier das
urnas agora, acredite, não tardará, assim que tomarem consciência do perigo que
representa e do que, para ganhar a eleição, fez, e que o país inteiro pagará
por isso.
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MARLI GONÇALVES – E nem adianta me xingar e chamar de
petista, que não cola. Sou, sim, oposição ao que é ruim. Jornalista, consultora
de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom
para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na
Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br
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Com tantos sustos como os que todos estamos passando nesse fim de ano até o próprio Espírito de Natal, creio, chamou as renas pelo aplicativo e está
Cérebro. Duvidando até da sombra.
Em quem acreditar, sem duvidar? De um lado, estamos como ilhas cercadas de golpes por todos os lados. De outro, aí já bem esquisito, os cabeças-dura
Não chama a polícia. Ela pode apavorar, te matar, te ferir. Não sei se é um surto, se são ordens ou desordens, mas estes últimos dias fizeram lembra
Stress, o já aportuguesado estresse. Até a palavra parece um elástico que vai, estica e volta, uma agonia que, pelo que se vê, atinge meio mundo e n