Sábado, 27 de novembro de 2021 - 10h12
Uma pressa que pode nos custar muito caro essa de liberar o uso de
máscaras justamente nesta época e quando surgem novas ondas em todo o mundo,
que podem rapidamente se transformar em tsunamis. Estamos em um país
descontrolado e agora mais uma nova e terrível cepa liga o alarme da prudência
em volume máximo
Aconteceu exatamente
assim no ano passado, lembram? Quando as coisas começaram a melhorar um pouco o
povo já botou as manguinhas de fora incentivado pelos malucos negacionistas e
ignorantes que nos desgovernam. O resultado: 2021 foi um massacre, e logo em
abril o número de mortes já ultrapassava as ocorridas em todos os meses
anteriores. Já chegamos em 614 mil mortes, ao todo. Diga esse número em voz
alta, para entender o tamanho. Lembre de quantas pessoas perdeu; perdemos. E
não aprendemos.
Parece até que queremos
um repeteco, e não haverá fogos de artifício, pular sete ondinhas, fantasia e
samba no pé, bloquinho e desfiles que mostre acerto nas decisões que vêm sendo
anunciadas. Isso, claro, quando há alguma decisão.
Antes até da liberação –
aqui em São Paulo prevista para 11 de dezembro o fim do uso de máscaras em
locais abertos – já está insustentável e visível que os cuidados estão sendo
largados pelos caminhos. Basta olhar o número de máscaras jogadas pelo chão nas
ruas, como exemplo. A dificuldade de termos de explicar para os engraçadinhos
em que data estamos. Nas academias - a que frequento me dá uma boa ideia – as
máscaras caem dos narizes; os funcionários enfrentam o ódio quando alertam os
egoístas seres. Tem mais essa: alguns alunos cariocas, e como lá liberaram a
farra, os caras querem esticar o mapa e usar isso como argumento, acredite quem
quiser.
Ultimamente as pessoas
não ouvem as notícias inteiras, assim como, também, ou só leem as manchetes ou
só o que lhes convém. Fazem questão de não assimilar a realidade. Tristeza
maior é ver jovens não indo se vacinar, ou ainda “esquecendo” o calendário da
segunda dose. Deprimente ver pessoas que além de não se vacinarem, ainda saem
por aí fazendo campanha mentirosa contra as vacinas, ou mesmo disfarçando que
tomaram, já que, do meu ponto de vista, na realidade está praticamente nulo
esse controle.
Nesses tsunamis, vacinas
ainda são a nossa única tábua de salvação. Eu conto ou vocês contam que, se nem
quem tomou as três doses, como é o meu caso, está totalmente garantido,
imaginem eles! Pior, podem estar, como nos piores filmes de ficção, andando por
aí, sendo os agentes da morte, de transmissão. Vermes.
Estamos no fim de mais
um ano bem difícil, onde já não há mais espaço nem para piorar. Inflação
crescente comendo nossos tornozelos, miséria grassando, violência aumentando,
sistemas em colapso. Governo que continua testando nossa paciência de uma forma
nunca vista. Entrada de ano eleitoral, com personagens surgindo e sem propostas
viáveis para qualquer via de direção.
Uma grande campanha
agora seria “Vamos salvar 2022”. Mas pelo visto vamos ter de apelar mesmo é
para Todos os Santos, e em nome de nossa saúde mental.
Ou você ainda não
reparou que está todo mundo meio que pirando por aí?
________________________________
MARLI GONÇALVES –
Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de
Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora
Contexto. Nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon.
marligo@uol.com.br /
marli@brickmann.com.br
_______________
Instagram:
https://www.instagram.com/marligo/
Blog Marli Gonçalves: www.marligo.wordpress.com
No Facebook:
https://www.facebook.com/marli.goncalves
No Twitter: https://twitter.com/MarliGo
Com tantos sustos como os que todos estamos passando nesse fim de ano até o próprio Espírito de Natal, creio, chamou as renas pelo aplicativo e está
Cérebro. Duvidando até da sombra.
Em quem acreditar, sem duvidar? De um lado, estamos como ilhas cercadas de golpes por todos os lados. De outro, aí já bem esquisito, os cabeças-dura
Não chama a polícia. Ela pode apavorar, te matar, te ferir. Não sei se é um surto, se são ordens ou desordens, mas estes últimos dias fizeram lembra
Stress, o já aportuguesado estresse. Até a palavra parece um elástico que vai, estica e volta, uma agonia que, pelo que se vê, atinge meio mundo e n