Sexta-feira, 18 de novembro de 2016 - 15h22
Montezuma Cruz
Esse rio aí da foto é o Escondido, fica em Jaru. Belezura, né?
Pois bem, o Estado de Rondônia tem milhares de nascentes degradadas. Cacoal, por exemplo, já perdeu mais de duas mil.
Revitalizar uma nascente custa caro. Especialistas estimam em pelo menos R$ 30 mil os serviços e são raras as fontes de recursos para contemplar o setor.
Antes do lançamento do Plano Estadual de Recursos Hídricos, ocorrido esta semana, o Instituto Federal de Rondônia (Ifro) e algumas associações em Ji-Paraná já se mobilizavam para conscientizar as pessoas a respeito dos sinais do caos hídrico que ameaça o Brasil e outros países.
Em Oruro (Bolívia), por exemplo, o lago Poopó praticamente sumiu. Entre os estados de Arizona e Nevada (EUA), cercado por rochas vermelhas de arenito e por rochas negras de lava no Back Canyon, o Lago Mead, com 1,6 bilhão de anos, o maior entre os artificiais do mundo, está ameaçado.
Em dezembro de 2015 noticiou-se que ele estava reduzido a três áreas úmidas, de menos de um quilômetro quadrado e com apenas 30 centímetros de profundidade.
Atualmente, 20% da população mundial (1,4 bilhão de pessoas) não têm acesso à água potável. Isso pressupõe a necessidade de enxergarmos melhor iminentes tragédias ambientais em Rondônia, no País e no mundo.
“Há problemas que exigem 24 horas de exame de consciência das pessoas: água, lixo, produção de alimento, aquecimento e superpopulações”, alertou recentemente um técnico da Sedam. Acordemos para a realidade: não basta manter a mata ciliar viva, é preciso conservar as nascentes.
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Repórter na Secom-RO. Chegou a Rondônia em 1976. Trabalhou nos extintos jornais A Tribuna, O Guaporé, O Imparcial, O Parceleiro, e na sucursal da Empresa Brasileira de Notícias (EBN). Colaborou com o jornal Alto Madeira. Foi correspondente regional da Folha de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil.
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