Quarta-feira, 20 de abril de 2022 - 09h22
Como é que ela foi parar ali? É a primeira pergunta feita pelo visitante, ao encontrar essa pedra enorme numa inclinação do terreno à margem da estrada de acesso à Terra Indígena Suruí Paiter, formada por 25 aldeias circunscritas ao Parque Indígena do Aripuanã.
À primeira vista, quem passa no local imagina a cabeça de um animal gigante. Aproximando-se, notará semelhança entre essa e outras pedras grandes e bonitas que compõem as hoakas de Alto Alegre dos Parecis e Rolim de Moura.
Hoakas eram lugares supostamente usados pelo Povo Inca para reuniões e meditações. Em alguns lugares do mundo há situações que levam as pessoas a despertar para um estudo das pedras. No deserto do Vale da Morte (EUA), por exemplo, existe uma zona chamada Racetrack Valley, onde parece que as pedras têm vida própria e caminham sozinhas. Algumas com mais de 200 quilos deixam marcas na terra como se rastejassem pouco a pouco. Inclusive giram e formam ângulos retos.
Meu amigo jornalista Donizete Oliveira, redator da revista “Tradição”, em Maringá (PR), escalou a Pedra da Gávea, entre os bairros da Barra da Tijuca e São Conrado, no Rio de Janeiro, situada a 842 metros acima do nível do mar. Ela possui a face de um gigante desconhecido que encanta as pessoas. O nome Gávea remonta à época do descobrimento, quando os portugueses notaram que ela era um observatório perfeito das caravelas que chegavam.
A 3,7 mil quilômetros a oeste da costa da América do Sul existem 800 estátuas de pedra, a maioria delas de frente (ou de costas) para o mar, na conhecida Ilha de Páscoa. São fantásticas esculturas denominadas moai, feitas de composição vulcânica, com 4m de altura. Pesam em média 50 toneladas. Atualmente elas não têm olhos, mas no passado eles eram preenchidos com coral branco ou rochas vermelhas.
Que mistério teriam as pedras encontradas nas terras Suruí Paiter?
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