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Montezuma Cruz

Alunos da Escola Estadual Murilo Braga doam cães, gatos abandonados e maltratados nas ruas de Porto Velho


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Animais foram levados à feira para doação

Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Murilo Braga, acadêmicos de filosofia da Universidade Federal de Rondônia (Unir), militantes em defesa de animais, promoveram hoje (24) a 2ª Feira de Adoção de Animais. Cerca de 50 bichos foram expostos ao público, no pátio do estabelecimento, na Avenida Sete de Setembro, em Porto Velho.

Maiara Santos Oliveira, 28, acadêmica de filosofia da Unir, levou três cadelas (Lorrana, Leide e Leidiana), a gatinha Lili e dois machos ainda sem nome e logo divulgou o endereço aos interessados em futuras adoções.

“Temos o Abrigo Gatinho e Canil, na Avenida Presidente Dutra nº 1928, perto do TRE; aceitamos doações de ração, vermífugos, vacinas e outros auxílios que reduzirão consideravelmente o custo das consultas médicas pós-resgate dos animais”, apelou.

“Eu tenho um pastor e quero outro, mas o meu pai não aceita”, queixou-se Alan Kadosh, 11 anos, aluno do 6º B, acariciando um cão parecido com o dessa raça.

Paralelamente à feira, um brechó vendeu calçados, roupas, livros, revistas, gibis, bobes, bolsas, pregadores de roupas. Em meia hora desapareceu a “montanha” (cerca de 30 exemplares) de gibis vendidos a 60 centavos a unidade.

O evento foi supervisionado pelo Programa de Iniciação à Docência (PBID), que reúne acadêmicos em torno das ações do Programa Com-Vida. Em maio passado, alunos distribuíram 74 mudas de árvores frutíferas na calçada do estabelecimento.

Renieli Cristine Moura Barbosa, 12, aluna do 7º A, levou quatro dos seis gatinhos paridos pela gata Juju, em sua casa, no Bairro Eletronorte. A convivência animal é um fato no seu quintal, ela relata: “Tenho um cachorro pitbul que brinca e acaricia outros gatos”.

Apresentada pela professora Carmem Silvia de Andrade Corrêa da Silva, ela contou que doou um gatinho para a prima Carlaine.

Para o grupo de voluntários que organizou o evento, a existência de muitos animais abandonados nas ruas de Porto Velho favorece a adoção.

O dinheiro do brechó custeia castrações, vacinações, compra de ração e outros cuidados. Atualmente, lojas (pets) e clínicas especializadas cobram entre R$ 300 e R$ 400 pela castração.

“QUEM AMA, CASTRA”

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Ong incentiva a castração de animais abandonados

Maquésia Furtado, 24, acadêmica de ciências sociais e professora particular, compareceu à feira e apelou à boa vontade da população.

Coordenadora do projeto Quem ama, castra, ela lembra que a professora Tadema Trindade já trabalhava com animais resgatados da enchente de 2014.

Indira Jara, filha de Tadema, notou que apenas o resgate não bastava, é preciso envolver voluntários na salvação dos animais de rua principalmente. E os custos do atendimento aos animais são sempre altos. Das fêmeas (cadelas e gatas) retira-se o útero, o que evita o cio; dos machos, retiram-se os testículos”.

Elas mencionam o guia World Animal Protection para justificar esse método como “o mais eficaz”. “Outros, injeções por exemplo, sujeitam os bichos ao câncer mamário e de próstata”, opinou Maquésia.

O instrutor de artes Hercílio Santana, 35, marido de Maquésia, lembrou a parceria com duas clínicas de Porto Velho, nas quais alguns veterinários “barateiam” os custos das cirurgias.

Dessa maneira, desde 2015, a maioria dos 93 animais resgatados foi adotada depois de permanecer períodos com voluntários.

FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA

A primeira feira ocorreu no ano passado, lembra a supervisora do PBID, Simone Ximenes Rogoski. “Com êxito, pois mais de 90 animais foram adotados”. Já o brechó é realizado pela primeira vez.

“Tudo começa com a educação, valorizando-se bem a ética ambiental e animal. É a relação do homem com a natureza. Então, temos seres vivos sujeitos a maus-tratos e ignorados nas ruas, todos merecedores da adoção e não da compra”, assinala Adma Parente, acadêmica do 6º período de filosofia.

Segundo ela, animais sofridos, em crítica situação de saúde, aparecem constantemente no câmpus da Unir

Nas aulas teóricas com fundamentação filosófica, estuda-se o livro Ética Prática, de Peter Singer. Recentemente, acadêmicos ouviram palestra do soldado Rafael Sílvio, integrante do Batalhão da Polícia Ambiental na PM.

Veja galeria de fotos


Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Maicon Lemes
Secom - Governo de Rondônia

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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