Sexta-feira, 27 de julho de 2007 - 16h48
MONTEZUMA CRUZ
Regina Coeli Franco, mãe de um médico formado em Cuba, "ético e apaixonado pela profissão", escreve-nos para bradar contra o corporativismo e a miopia que imperam dentro do Conselho Federal de Medicina. O pensamento da senhora Regina reflete tantos outros semelhantes, Brasil afora.
Reservo o espaço para ela:
"O evidente intuito de fazer reserva de mercado da profissão de médico no País tem criado todo tipo de entrave para que os brasileiros formados no exterior não consigam exercer a profissão em seu próprio País, in casu, nesse imenso Brasil, propiciando com sua política burra e egoísta, que cada vez mais brasileiros residentes no Norte e Nordeste, em especial, morram à míngua à falta de médicos em suas regiões".
"Como se já não bastasse a miséria a que são condenados a viver e, onde um médico (quando aparece) é considerado um deus, dado a sua importância para aquelas pessoas. (...) Na Europa (Espanha, especialmente) meu filho teve seu diploma reconhecido e revalidado em apenas três meses, com direito a inscrição no Conselho de Medicina, a emprego muito bem remunerado, e até exercer a profissão em qualquer outro país pertencente a comunidade européia, se assim o desejar. Bom, não é? Mas ele gostaria de poder trabalhar
"Esses jovens não são párias da sociedade. Ao contrário, são jovens cheios de entusiasmo, de idealismo, acreditam na formação que lhes foi dada, acreditam no homem, acreditam no juramento que fizeram ao término do curso, acreditam que poderiam trabalhar
"Não estou contando isso para dizer que ele não só está muito bem obrigado, mas também para demonstrar que alguma coisa está muito errada no Brasil, já que, pelo que nos consta a Espanha possui um sistema de saúde pública dos mais conceituados do mundo, além de estar inserida no contexto que entendemos como sendo "primeiro mundo".
Nem por isso renega os profissionais formados
"Se assim não fosse, aqueles com diplomas oriundos das universidades brasileiras teriam o mesmo tratamento na Espanha ou em qualquer outro país considerado do primeiro mundo e, não é bem assim que acontece. Tal conclusão nos leva a crer, que realmente, algo está errado no Brasil no que se refere aos entraves para revalidação de títulos de graduação em medicina expedidos por universidades estrangeiras, notadamente por Cuba. Será que as universidades daqui são tão boas, tão eficientes a ponto de desprezar o currículo do curso de medicina daquele país? Por que será que na Europa tais títulos são tão bem aceitos?
"Ora, como já afirmado alhures, está claro que é reserva de mercado é burrice, é miopia, pois sabem os doutos membros do CFM que os nossos filhos formados em Cuba recebem uma formação da melhor qualidade e, com isso, se dispõem realmente a salvar vidas seja na cidade grande, seja no interior do Amazonas, de Pernambuco, de Rondônia etc. (para onde muitos não querem ir nem permitem que os outros vão). E não a barganhar a vida das pessoas em troca de dinheiro".
O endereço eletrônico de Regina: reginacoelifranco@yahoo.com.br
* * *
montezuma@agenciaamazonia.com.br
www.agenciaamazonia.com.br
E o secretário de segurança injuriava advogados de Ji-Paraná: “São feras”
Abril de 1981: A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Território Federal de Rondônia transferia “para data oportuna” a sessão de desagravo
“Jovem advogado que sai da Faculdade quer apoio para enxergar a nova realidade”
Desde 2023, o presidente da Seccional OABRO, Márcio Nogueira ordena a visita a pequenos escritórios, a fim de amparar a categoria. “O jovem advogado
Casa da União busca voluntários para projetos sociais em 2025
A Associação Casa da União Novo Horizonte, braço da Beneficência do Centro Espírita União do Vegetal, espera mais voluntários e doadores em geral pa
PF apreendeu o jornal Barranco que mesmo assim circulou em Porto Velho
Mesmo tendo iniciado no Direito trabalhando no escritório do notável jurista Evandro Lins e Silva, no Rio de Janeiro, de postular uma imprensa livre