Sexta-feira, 17 de julho de 2009 - 18h06
Conferência de saúde na fronteira boliviana vê riscos e se prepara contra pandemia da Influenza A (H1N1). Vírus ataca 500 pessoas.
XICO NERY
Agência Amazônia
GUAYARAMERÍN, Bolívia – A temida gripe suína, Influenza A (H1N1), também ronda as cidades homônimas de Guayaramerin e Guajará-Mirim na fronteira binacional entre o Brasil e a Bolívia, na Amazônia. Guayaramerín fica na Província do Departamento de Beni, nordeste do país, onde as autoridades sanitárias impuseram, praticamente, o toque de recolher dentro dos limites da cidade, uma espécie de quarentena à população, tanto na zona urbana quanto nas zonas ribeirinhas à margem esquerda do Rio de Madeira que faz a ligação entre as aduanas boliviana e brasileira.
O alcaide Guido Rocca proibiu o funcionamento de escolas e alguns órgãos públicos de menor importância estratégico ao atendimento à população, mas é na periferia, sobretudo nos bairros mais afastados do centro comercial, que as medidas de prevenção à doença acontecem com maior rigor. Nesses locais, as pessoas são abordadas por homens do batalhão de saúde de ações peventivas da Secretaria Municipal de Saúde e de Inspeção Federal.
Não há distinção de pessoas, esclarece a médica e secretária de saúde Diana Karina Paz Dorado. “Não importa se são nacionais bolivianos ou turistas estrangeiros. Todos devem se prevenir contra os avanços da gripe suína", alerta. Em entrevista à Agência Amazônia, Diana disse que em Santa Cruz há registro de suspeitas contaminação pelo vírus em cerca de 500 pessoas.
“Os casos mais avançados estão sob controle das autoridades sanitárias do país", adiantou Diana. Segundo ela, não há qualquer possibilidade desses números serem alterados em face da rigorosa fiscalização rigorosa que se vem praticando nas áreas de incidência previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Por esse documento, autoridades bolivianas e brasileiras seguem o exemplo mundial e tratam potenciais contaminados nos postos de saúde. Só os casos de contaminação aguda é que serão tratados com a internação dos pacientes, revela a secretária.
Mobilização geral na fronteira
Foi com base no diagnóstico divulgado pela OMS há cinco semanas, em Laz Paz, sobre o avanço da gripe suína, com maior foco a partir de Santa Cruz e Cobija (fonteira com o Acre) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deslocou equipe de técnicos para a fronteira, a fim de detectarem os avanços da doença e estabelecer uma análise mais acurada sobre a presença do vírus entre brasileiros dessa parte do estado de Rondônia.
Com a participação de médicos e agentes comunitários, a Câmara Municipal de Guajará-Mirim, a 362 quilômetros da Capital, Porto Velho, sediou um seminário-relâmpago sobre os riscos da gripe suína e seus possíveis impactos nas populações rurais e urbanas. O assunto foi debatido, exaustivamente, pelo sanitarista brasileiro Luiz Augusto Paiva, do Centro de Medicina Tropical de Rondônia.
Segundo Paiva, com o novo protocolo da OMS, os cuidados com os pacientes terão que ser diagnosticados até mesmo em postos de saúde nas comunidades. Assim, não havendo riscos, diferentemente, do documento anterior, apenas os casos graves é que motivarão internação hospitalar e não mais os que ainda não constam das estatísticas, classificados de atenção simples e com suspeitas ainda confirmadas pelas autoridades sanitárias.
A médica Diana Dorado, descartou "qualquer possibilidade das autoridades bolivianas terem sido omissas em todos os avanços da doença". Conforme frisou, em um mês e meio da suposta pandemia por gripe A (H1N1) no país cerca de 500 pessoas teriam sido infectadas, a maioria em Santa Cruz.
No lado boliviano da fronteira foi montado um centro de monitorameto e controle da doença. “Estamos agindo na base do governo do nosso país, em La Paz, por meio do Centro Operativo de Emergência Departamento, de Santa Cruz, com a cooperação de técnicos do Centro Nacional de Enfermidades Tropicais.
O lado brasileiro, em Guajará-Mirim, ainda aguarda decisões superiores. Segundo o secretário municipal Clezer Lobato, ex-agente administrativo do Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho, ainda não foi instalado o Núcleo de Inteligência Hospitala, apesar das recomendações do Ministério da Saúde. O objetivo desse órgão, de acordo com o médico Luiz Augusto Paiva, é monitorar o avanço da Influenza A e permitir um diagnóstico correto aos pacientes.
Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião e do Opinão TV.
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