Quarta-feira, 11 de novembro de 2009 - 13h59
Em Manaus, pesquisadores discutem técnicas para detectar trocas gasosas entre atmosfera e biosfera
JANE DANTAS (*)
Agência Amazônia
MANAUS, AM – Estudo conduzido pelo pesquisador Julio Tota, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), demonstra que a medição da quantidade de gás carbônico CO₂ absorvido e emitido pela floresta amazônica requer uma metodologia diferente da utilizada desde a década de 1950. Para falar sobre o assunto, o Museu da Amazônia (Musa) recebe nesta quarta-feira, às 16h, os pesquisadores Antonio Ocimar Manzi e Júlio Tota, do Inpa e do LBA.
A constatação é resultado da análise de dados obtidos com monitoramento das trocas gasosas entre a biosfera e a atmosfera na região Amazônica feitas em duas torres do Programa LBA, em Manaus e Santarém (PA) juntamente com um monitoramento complementar, feito pelo pesquisador ao longo de seis anos.
Inicialmente, Tota fez experimentos com a liberação de fumaça colorida para observar o deslocamento das camadas de ar entre as árvores. “Em muitos casos, o deslocamento desceu até os vales, em uma trajetória que fugia completamente do alcance do monitoramento da torre do LBA, que analisa, principalmente, o deslocamento vertical e as camadas mais superiores”, diz.
Segundo ele, por essa razão os resultados estimados pelas torres passariam a ser considerados incompletos. A medição desse transporte horizontal de CO₂ poderia ajustar 70% do déficit da respiração noturna entre as medidas ecológicas (respiração total do ecossistema) e aquelas oriundas somente das torres.
Armadilhas para caçar macaco
Já na quinta-feira, 12 de novembro, às 17h, também no Musa, o antropólogo suíço-peruano, Jurg Gasche, ministra palestra sobre as armadilhas utilizadas pelos índios Bora, Huitoto e Cocama do Peru para capturar micos. Gasche antecipa que a partir do exemplo, abordará o método de articulação de conteúdos indígenas e científicos.
As palestras são abertas ao público, na sede administrativa do Musa (Rua da Constelação n16, Conjunto Morada do Sol, Aleixo - próximo à Casa da Sopa).
Mais informações pelo telefone: (92) 8128 5070
E-mail: jane@museudaamazonia.org.br
dantas.jane@gmail.com
No Pará, protesto contra vandalismo
MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia
Deslocamento das camadas de ar entre as árvores. Esta foi uma das experiências monitoradas pela torre do LBA na floresta amazônica /MONTEZUMA CRUZ |
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