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Montezuma Cruz

Amazônia ganha mais dólares para conservar 20 milhões de ha



Está prevista ainda uma terceira etapa do Programa Arpa, até 2016. Ao mesmo tempo, PIB regional agropecuário cresce.
 

MONTEZUMA CRUZ(*)
Agência Amazônia 

BRASÍLIA – Com recursos de US$ 120 milhões, o País poderá criar e conservar mais 20 milhões de hectares de áreas protegidas na Amazônia até 2013. Ao anunciá-los, durante o 7º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, esta semana, em Curitiba (PR), a secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, também previu uma terceira etapa do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), que vai durar até o ano de 2016. 

A secretária anunciou a segunda etapa do Arpa, um dos principais impulsionadores de unidades de conservação na Amazônia. O programa possibilitou até agora a destinação de recursos técnicos e financeiros na criação ou implementação de 63 Unidades de Conservação, no total de 34 milhões de hectares. 

Para consulta pública, a partir de agora o Ministério do Meio Ambiente mostrará em sua página na internet todos os dados sobre a segunda etapa do programa. “Os recursos contribuem de forma decisiva para que as unidades de conservação cumpram a sua missão de preservar a rica biodiversidade da região”, ela comentou. 

“A união faz a força” 

Amazônia ganha mais dólares para conservar 20 milhões de ha - Gente de Opinião

Governadora Ana Julia Carepa e autoridades, durante o ato de inuaguração da mostra, quinta-feira /DAVID ALVES, Agência Pará

No mês de agosto representantes das unidades de conservação da região sul da Amazônia e gestores estaduais reuniram-se na intenção de tirá-las do papel no melhor estilo “a união faz a força”. Criados com a evidente intenção de barrar as frentes de desmatamento no norte de Mato Grosso, oeste de Rondônia e sul do Amazonas, mas sem infra-estrutura, recursos ou pessoal suficiente, 25 parques e reservas aproveitaram o apoio do Arpa e da agência alemã GTZ para organizar uma gestão mais barata e eficiente. Querem consolidar o Mosaico da Amazônia Meridional. 

Trabalhar em conjunto e sanar os imensos obstáculos da gestão de áreas protegidas no arco do desmatamento é uma reação quase automática de quem trabalha na Amazônia. Ainda mais para salvaguardar uma área legalmente protegida de nada menos 10 milhões de hectares. “A gente já trabalha de forma integrada, a diferença é que isso agora vai ser oficializado e poderemos realmente dividir infra-estruturas, pontos de apoio, trabalhos em bloco. Tudo pode ser facilitado”, diz a chefe do Parque Nacional do Juruena (MT-AM), Cristiane Figueiredo.

“Uma vez fizemos uma atividade de sinalização e fiscalização junto com o Parque Nacional dos Campos Amazônicos, na borda oeste do mosaico. O custo de cada placa era de R$ 500 reais. Juntos, economizamos e colocamos sete placas por R$ 2.800. Pode parecer pouco, mas isso faz uma grande diferença para nós”, diz Izac Francisco Theobald, do Parque Estadual do Guariba, no Amazonas. 

“Os mosaicos são instrumentos de gestão previstos no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), assim como são as reservas da biosfera e os corredores ecológicos. São ferramentas em que um mais um é igual a três”, resume Marcos Pinheiro, da WWF-Brasil, que ajudou na organização do encontro, que aconteceu em Chapada dos Guimarães (MT). 


Amazonpec põe na vitrine produção do Pará
 

BELÉM, PA – O setor pecuário do Pará é destaque no 2º Encontro Internacional da Pecuária da Amazônia (Amazonpec), que começou quinta-feira em Belém, capital paraense. O evento abrange as cadeias produtivas de animais silvestres, apicultura e meliponicultura, aquicultura, avicultura, bovinocultura de corte e leite, bubalinocultura de corte e leite, equideocultura, ovinocaprinocultura e suinocultura.

O Amazonpec também apresenta a Feira de Negócios, Encontro de Negócios, Leilão de Animais e Seminários “para democratizar princípios da sustentabilidade ambiental, rentabilidade e técnicas mais adequadas para cada uma das cadeias produtivas abordadas”. 

O evento acontece no Centro de Convenções e Feiras da Amazônia (Hangar), um dos mais modernos e bonitos do País. Em 2008, o evento teve repercussão positiva em toda a Amazônia Legal. O evento foi um sucesso. Proporcionou negócios e alcançou seu objetivo maior, o de intensificar o uso de tecnologia para aperfeiçoar a pecuária na Amazônia, preservando a floresta. 

Um crescimento de 22,4%, 
maior que o PIB nacional
 

CHICO ARAÚJO 
Amazônia ganha mais dólares para conservar 20 milhões de ha - Gente de Opinião

Em Moju (nordeste do Pará), a indústria Amazon Amidos produz fécula de mandioca colhida em roças sem fogo e quer abastecer a região dentro de três anos. Pará, Amazonas ainda importam o produto do Paraná /MONTEZUMA CRUZ, Agênciaamazônia  


Agência Amazônia

BRASÍLIA – Com participação destacada do agronegócio, a atividade econômica na Amazônia Legal cresce em ritmo duas vezes mais acelerado do que a média nacional. Nos primeiros três anos do governo Lula, a região cresceu 22,4%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro acumulava crescimento de 10% em junho deste ano, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O IBGE também informa que, em 2004, o PIB regional do setor agropecuário totalizou R$ 26,35 bilhões, correspondentes a 19,1% do PIB total da Amazônia Brasileira (R$ 137,91 bilhões) e a 15,7% do PIB agropecuário nacional (R$ 161,84 bilhões). O Estado de Mato Grosso, com R$ 11,40 bilhões e o Pará com R$ 7,80 bilhões perfizeram quase 73% do PIB setorial regional. 

O volume da produção regional é um bom termômetro para medir a grandiosidade do agronegócio na Amazônia. Por exemplo, entre 1990 e 2006 a safra de soja teve um salto extraordinário. Passou de 3,11 milhões para 17,79 milhões de toneladas (33,9% do total nacional). 

Quase 90% dos grãos são produzidos em Mato Grosso (15,59 milhões de toneladas), seguido do Maranhão (931 mil toneladas), Tocantins (743 mil toneladas), Rondônia (274 mil toneladas) e Pará (210 mil toneladas). 

A produção de milho também cresceu no mesmo período. Saltou de 1,29 milhão/t para 5,76 milhões de toneladas (13,5% do total nacional), com destaque para o Mato Grosso (4,23 milhões de toneladas), Pará (577 mil toneladas), Maranhão (426 mil toneladas) e Rondônia (264 mil toneladas). 

(*) Colaboraram: Andrea Fanzeres (O Eco) e Agência Pará de Notícias. 

Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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