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Montezuma Cruz

Amazônida radicado nos EUA busca parceria empresarial no Brasil


Amazônida radicado nos EUA busca parceria empresarial no Brasil - Gente de Opinião
Miami, capital da Flórida [sudeste dos EUA] concentra brasileiros
e latino-americanos:/Foto Lu
Viver nos EUA
 
 

Visto EB5 da Imigração garante
card para investidores visionários

Montezuma Cruz

Amazônias

Portador de dupla cidadania, o rondoniense Samuel Sales Saraiva imigrou para os Estados Unidos em 1992. Decidido a dedicar-se a negócios na área da construção civil, em 2009, ele constituiu no Estado de Delaware uma empresa denominada Semperfi Management Contractor LLC, recebendo a cobiçada certificação como Minority Business Enterprises (BEM), outorgada pela Capital Region Minority Supplier Development Council (NMSDC) e pelo Maryland Department of Transportation.

Semperfi, cujo nome homenageia suas filhas Priscila e Graciela [que serviram respectivamente nas forças americanas US Navy e  US Marines], foi inserida na data-base do Sistema Federal do governo americano. Neste ano, Samuel Saraiva recebeu do Departamento de Licenças do Estado de Maryland o Home Improvement (melhoramento da casa), condição que o habilitou a desenvolver na área metropolitana de Washington DC um projeto para construção de shelters [bunker ou refúgio que serve de abrigo em furacões, terremotos, ou eventuais ataques aéreo, nuclear e químico]. 

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Samuel Saraiva com Miss Arriaga, na Casa Branca.
Ela assessorou o ex-presidente Bill Clinton

Planos de expansão 

Ex-suplente de deputado federal na 47ª legislatura brasileira, Saraiva atuou no jornalismo credenciado pelo Press Departamento do Estado de New York, filiado ao National Press Club (NPC),  de Washington, e ao National Association of Hispanic Journalist (NAHJ), construindo admirável biografia, com ampla atuação dedicada aos brasileiros residentes no exterior.

Além de proporcionar oportunidade de trabalho a brasileiros que constituem significativa parcela no setor da costura civil, ele deseja aproveitar o embalo provocado pela crise desse setor no Brasil, para atrair potenciais investidores, empresários desencantados com políticas públicas governamentais, elevados impostos, desvalorização do real frente ao dólar, escassez de mão-de obra e clima de instabilidade.

Conforme ele analisa, as dificuldades na economia brasileira aliam-se à somatória da precariedade dos sistemas e à insegurança pública responsável por elevados investimentos em proteção familiar e patrimonial. Isso tem atraído a atenção de empresários interessados a imigrarem para o chamado Primeiro Mundo. 

Matéria do portal BBC Brasil diz: “Nos últimos anos, a rota ficou mais fácil para quem tem contas bancárias mais vastas, graças a um programa especial de concessão de vistos do governo americano, o EB5, conhecido como visto de investidor. Em troca de investimentos de pelo menos US$ 500 mil em projetos que gerem pelo menos dez empregos, autoridades americanas concedem o green card (cartão verde)”.

Para Gonzalo Jordan, advogado de imigração com escritório na Flórida, dos 14 mil vistos EB5 já emitidos para países da América do Sul, por exemplo, apenas 440 foram para brasileiros. Segundo ele, de algum tempo para cá, multiplicou-se o interesse de potenciais clientes brasileiros pelo EB5. 

Forma legal

Saraiva argumenta que o valor de US$ 500 mil é “salgado” para empresários de pequeno e médio porte. Mediante “visto de trabalho”, uma empresa americana pode contratar mão-de-obra especializada, desde que obtenha certificação do Labor Departamento, aprovação do Serviço de Imigração e comprovação de que a empresa contratante disponha de capital para pagar o contratado.

Essa seria uma forma legal que permitira diminuir tais custos para menos de US$ 200 mil. Segundo explica, a confiabilidade do sistema e a segurança jurídica imposta pelo rigor das leis e o amparo obrigatório em apólices de seguro facilitariam e garantiriam investimentos em parceria dessa natureza. 

Saraiva diz que há mercado para a expansão de shelter em mansões das áreas nobres de Washington e salientando que outra possibilidade seria a compra de imóveis necessitando reforma ou pequenas ampliações que podem ser adquiridos em media por US$ 200 mil e recolocados no mercado por US$ 450 mil praticamente dobrando o capital investido após três meses em media, tempo que demanda uma reforma atendendo os padrões do mercado.

Investimento imobiliário vantajoso

Amazônida radicado nos EUA busca parceria empresarial no Brasil - Gente de Opinião

Washington, DC: Samuel Saraiva destaca pontos turísticos da capital americana /Lonely Planet

Na crise imobiliária de 2008, os imóveis nos EUA ficaram para trás, passando por constante recuperação do valor pré-crise.  “Os juros de financiamento variam de 4,1% a 3,24%, para prazo 15 e de 30 anos respectivamente, e continuam atraentes aos brasileiros”.

Citando a Infomoney e abordando o mesmo tema, a repórter Luísa Veronesi destacou: “Mesmo com dólar alto, a procura por imóveis nos EUA cresce 40% após eleições, e a maioria dos interessados é homem, com mais de 45 anos, casado e com filho e que procura um imóvel entre US$ 300 mil e US$ 500 mil. A insatisfação com a reeleição de Dilma Rousseff aumentou consideravelmente a procura de brasileiros por imóveis nos EUA. No primeiro mês após o fim das eleições, a imobiliária Elite International Reality observou um aumento de 40% na procura de brasileiros por imóveis em Miami”. 

“Eles demonstram relativa frustração, não só com os rumos da economia no Brasil, mas também com questões essenciais do dia a dia, na rotina urbana, como excesso de violência e desordem nas cidades onde vivem."

Veronesi assinala: “Nos EUA, o custo de vida é relativamente menor em comparação a São Paulo, Rio de Janeiro e as principais capitais brasileiras, o que tem grande peso na decisão de se mudar do País. Existe a percepção real de que o custo de vida em cidades americanas é relativamente menor do que em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, contando custos com imóvel, escola dos filhos, aquisição de veículos, planos de saúde, lazer, etc, além de infraestrutura de primeiro mundo”.

Cenário brasileiro sombrio

O mercado da construção civil esfriou, provocando a demissão de cerca de 4 mil trabalhadores e recuando de 5,6% nas vendas ano passado, conforme matéria assinada pela jornalista Aline Machado, da revista Exame, em 8/7/2015.

“A queda de 98% do lucro para as empresas abertas no primeiro trimestre. Perda de 12 bilhões de reais de valor de mercado na bolsa nos últimos 12 meses. Executivos das maiores empreiteiras do Brasil presos. Duas gigantes do setor, a OAS e a Galvão Engenharia, em processo de recuperação judicial. O mercado brasileiro de construção civil vive uma crise sem precedentes”.

Especialistas e empresários do setor ouvidos são unânimes em afirmar que a recuperação da crise será lenta e deverá começar somente em 2017. 

Flórida x Washington D.C. Área

Para quem não conhece, em termos comparativos nos EUA acontece o inverso que no Brasil: em termos desenvolvimentistas, aqui a região nordeste é mais desenvolvida e a região sul menos privilegiada nesse aspecto.

Apesar da convergência maciça de imigrantes latino-americanos para Miami, Orlando, Boca Raton entre outras cidades da Flórida, a Área metropolitana de Washington D.C, formada pelo Distrito de Colúmbia, Montgomery County, Baltimore, Fairfax e outras cidades do Estado da Virgínia concentra investimentos e uma população superior a cem mil brasileiros, segundo estimativa consular.

Conta com parques temáticos, entre os quais o Six Flag, ao estilo de Disney World; importantes Museus de História Natural, National Geographic, História Americana, Artes, Air and Space Museum, e famosos monumentos, entre eles, de Abraham Lincoln, George Washington e Tomas Jeferson, Universidades de Georgetown, Johns Hopkins University e Universidade de Maryland. 

Sede influente do poder mundial, Washington dispõe de diversos atrativos, a White House (Casa Branca), o Capitólio (sede do Congresso Americano) e o Pentágono (Departamento de Estado), esta, rodeada pela famosa baía de Chesapeake, a aproximadamente duas horas de Ocean City e Rehoboth, praias famosas. Tudo próximo aos estados da Pennsylvania, New Jersey e New York.

“A maior parte dos ‘brasileiros visitantes’ procuram a Flórida pela identificação latino-americana e a conveniência do idioma espanhol, mas os que objetivam melhor educação para os filhos, mais segurança num ambiente influenciado pela cultura anglo-saxônica, a área de Washington e outros estados ao norte e centro dos EUA são a opção recomendável”, analisa Saraiva.


Acrescenta: “Tudo isso dá a sensação de que a pessoa está realmente nos EUA, sem contar que aqui o governo federal investe de forma privilegiada em segurança, infraestrutura e o que existe de melhor em tecnologia”.

Conheça a Semperfi Construction

Quem é Samuel Saraiva

Visto de imigrantes
 

Referências a outra matérias no texto:

Mesmo com dólar alto, cresce a procura por imóveis nos EUA
2/12/2014

Dinheiro para time de Kaká vale ‘sonho americano’ para brasileiros

10/8/2015 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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