Quarta-feira, 12 de setembro de 2007 - 18h33
MONTEZUMA CRUZ
Ministro da Agricultura garante que elas surgirão, mas só em áreas já exploradas na criação de bois. O zoneamento só sairá em 2008. A floresta amazônica não será derrubada para o cultivo da cana-de-açúcar, garantiu nesta quarta-feira o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em concorrida audiência pública promovida pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional. A região terá lavouras de cana, sim, mas elas surgirão em áreas degradadas por pastagens, garantiu o ministro.
Com um bloco de informações técnicas nas mãos, o deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), amazonense de Humaitá, defendeu o cultivo da cana, da mesma forma que o dendê. E garantiu ao ministro: "Não precisaremos derrubar um só pé de árvore para que a cana possa contribuir com a ocupação de nossa região". Stephanes observou-o, fazendo sinal de concordância.
Zoneamento agroecológico
O ministro argumentou que a demanda por terras para a expansão o cultivo da cana será menor do que o total de áreas degradadas existente hoje no País. Lembrou que o País conta atualmente com um total de 30 milhões a 40 milhões de hectares de áreas degradadas. A cana ocupa hoje 6 milhões de hectares de um total de 300 milhões de ha de áreas cultivadas no País.
"Mesmo que o Brasil triplique sua produção, o que não está previsto para os próximos 12 ou 15 anos, precisaríamos de não mais que 6 milhões, o que corresponde a aproximadamente 1/4 das áreas degradadas", ele observou. Atualmente, segundo Stephanes, mais de 80% do crescimento cultivo de cana ocorrem em áreas degradadas por pastagem. Para ele, o Brasil "caminha na direção correta".
O deputado Bentes perguntou a Stephanes se os zoneamentos agroecológicos vêm sendo respeitados. O Pará foi o primeiro estado a fazê-lo na Amazônia. O ministro informou que só em junho do próximo ano o governo vai anunciar um projeto de zoneamento para plantação de cana no País. Esse estudo informará os locais onde a cana poderá ser plantada do ponto de vista agrícola e também os lugares onde o governo acha que não se deve plantar e onde gostaria que houvesse cultivo.
Risos
Bentes e a presidente da comissão, deputada Vanessa Grazziotim (PC do B-AM), protagonizaram uma cena que provocou risos dos parlamentares e do público — cerca de 80 pessoas presentes à audiência. Ele se excedeu na fala e foi alertado de que o tempo se esgotara. Já havia dito, que era "um apaixonado pela Amazônia", olhando fixamente para o ministro e para a deputada.
Repetiu as mesmas palavras, mas não numa das vezes não completou a frase
— A senhora sabe o quanto eu sou apaixonado..
— Eu pensei que Vossa Excelência fosse dizer que era apaixonado pelo ministro...
Depois, a deputada corrigiu: "Deputados, todos lhe conhecem; eu quis dizer que o senhor é um admirador das ações do ministro Reinold Stephanes.
Fonte: MONTEZUMA CRUZ - montezuma@agenciaamazonia.com.br
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