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Montezuma Cruz

Chico vaqueiro, personagem de um Acre feliz



 

Chico vaqueiro, personagem de um Acre feliz - Gente de Opinião

O apresentador de TV e homem de rádio Chico vaqueiro é hoje um dos ícones da festa que Bujari promove a cada ano, sempre recebendo um público considerável, que se alegra numa energia movida por alegria e simplicidade

MONTEZUMA CRUZ
Amazônias

BUJARI, Acre – Chico Vaqueiro, do Canal 27 (Rede Vida de Televisão) beija o peixe e arranca aplausos do público aglomerado sob a tenda. Mulheres gritam, cobrando maior agilidade no atendimento. O clima descontraído da Festa do Peixe ameniza a longa espera na fila para a compra do pirarucu, o maior peixe de água doce do planeta. Nessa ocasião, sempre em abril de cada ano, ele é vendido entre R$ 5 e R$ 7 o quilo.

“Faço isso sempre com alegria, pensando no bem-querer às pessoas, pensando em mim mesmo e naquilo que faço para mostrar o que o Acre tem de melhor”, comentou no intervalo de sua apresentação.

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No ambiente de confraternização entre vizinhos e visitantes o comerciante de medicamentos José Moreira aguarda a vez, enquanto ouve o ritmo do forró com zabumba, sanfona e triângulo e se alegra com as brincadeiras de Chico vaqueiro. “Venho todo ano”, ele diz.

Toneladas de peixes estão à venda durante cinco dias, mas pelo jeito, há tantos fregueses de olho no tanque quanto pescadores e comerciantes do ramo. Gente de Bujari, Rio Branco e de outros municípios.

Os peixes pesam acima de dois quilos. Tambaqui, pirapitinga, curimatã, tambacu, matrinchã e piau constituem a “vitrine aquática” das principais espécies comercializadas. Ao lado há um estoque imenso de hortaliças, amendoins, derivados da cana-de-açúcar – melado, caldo-de-cana, rapaduras – e galinha caipira. Tudo originário da produção familiar do município.

Nas mesinhas da tenda ao lado da passarela principal são servidos peixe e pupunha assados, bacuri, castanho, sucos, salgados e refrigerantes. O tanque armazena peixes vivos, sinônimo de fartura. Falta oxigênio, os exemplares pulam fortemente no saco plástico.

Tem que ser ligeiro, levantar cedo, conversar pouco e caminhar para a fila. Fui para lá a convite do jornalista Elson Martins da Silveira. Não conhecia a festa. Surpreendeu-me tanta gente, tanto movimento.

Mulheres manuseiam sobre o jirau de madeira o produto nobre do município. Nas placas lê-se o anúncio: “Limpeza de peixe por R$ 1”. O locutor anuncia uma chave encontrada e informa que uma criança procura os pais. O caminhão do Sebrae recebe pessoas interessadas em saber como funciona o apoio ao negócio do pescado. Em 2011 mais.

 

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Imagens de uma festa bem acreana, amazônica por excelência

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