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Montezuma Cruz

COMBATE A FOME: Samuel Saraiva propõe solução



Samuel Saraiva propõe investimento em tecnologia Freeze Dry como solução para combater a fome em zonas de catástrofe 


MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia

Jornalista sugere ao presidente Obama a construção de plantas industriais para processsamento em larga escala, de frutas, carnes e grãos. Medida formaria estoques estratégicos para países atingidos por guerras, epidemias, terremotos e furacões 

A construção de fábricas de desidratação de frutas, grãos e carnes para formar estoques estratégicos que atenderão a situações emergenciais de países atingidos por catástrofes – furacões, enchentes e terremotos — foi sugerida esta semana ao presidente dos Estados Unidos Barak Obama pelo jornalista brasileiro e cidadão americano Samuel Sales Saraiva, membro da Associação Nacional dos Jornalistas em Washington, DC.

Em mensagem ao presidente, Saraiva defende um “plano abrangente de conservação de alimentos mediante o uso de tecnologia já disponível. Trata-se do Freeze-Drying, um método de secagem por congelamento, tido como de extraordinária eficácia na preservação de gêneros alimentício. Alimentos ocupando menos espaço fisico e de prática manipulação podem ser armazenados por esse método preventivamente à ocorrência de desastres naturais, guerra e fome. 

– A situação do Haiti nos impõe novamente o encaminhamento dessa reivindicação. Não seremos surpreendidos por catástrofes se formos competentes para adoção de medidas preventivas – disse.

Egípcios estocavam alimentos

Saraiva lembrou que, há mais de 4 mil anos, sem as vantagens tecnológicas da atualidade, os egípcios estocavam com relativo sucesso alimentos para o abastecimento em longos períodos de escassez, numa demonstração exemplar de maturidade.

– Na condição de presidente a maior potência da Terra, V. Exª pode estender a mão aos povos acossados pela fome, decorrente de instabilidade econômica, política e terrorismo, pragas que florescem em tempos de grande pobreza – sugeriu ao presidente Obama.

– Nos anos 1960, no mandato do presidente John Fitzgerald Kennedy, os EUA criaram um programa para assistir as populações sul-americanas. Foi batizado de “Aliança para o Progresso” e durou até 1969. Foi uma arma contra o comunismo nos tempos da Guerra Fria – lembrou Saraiva.

Planalto recebeu proposta

Em abril de 2008, Saraiva escrevera ao presidente do WFP Executive Board - World Food Programme, em Roma (Itália), José Eduardo Barbosa, apontando a conservação de alimentos como uma saída exitosa para populações onde grassa a fome. Posteriormente foi informado que o projeto estava sendo avaliado nas divisões técnicas pertinentes. 

Naquela ocasião ele enviou semelhante proposta à Presidência da República do Brasil, que a encaminhou ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, “para análise e providências”.

Ele enfatizou que “o terrorismo é a grande ameaça de hoje, no entanto, os mesmos princípios que inspiraram a Aliança para o Progresso subsistem”. Disse acreditar que o presidente Obama poderia criar seu próprio programa, denominado “Alimentos para a paz”, valendo-se da importância estratégica da tecnologia Freeze-Drying


Testado por astronautas

O Freeze-Driyng permite a preservação de gêneros perecíveis, da ação destrutiva, princípios ativos, bactérias e outras ameaças. Tudo é congelado e a água é retirada por sublimação, sem que passe pelo estado líquido. É um método muito usado para produzir o sorvete de gelo seco e a comida de militares estadunidenses e astronautas. 

– Países em desenvolvimento, incluindo os islâmicos, se regozijaram com sua eleição face à sua visão do mundo. Alegrou-nos sua ancestralidade africana, que é compartilhada por mais da metade dos cidadãos brasileiros. Assim, intuímos que, em virtude de sua biografia, V. Exª se encontra em patamar diferenciado para perceber a situação aflitiva dos que se encontram em extrema necessidade – escreve Saraiva.  

Oregon Freeze Dry

Saraiva sugeriu a Obama convidar o presidente da Oregon Freeze Dry, doutor Herbert Aschkenasy, para participar do eventual lançamento do projeto, porque ele é pioneiro e l
íder internacional no processamento de alimentos com essa tecnologia. 

– Também estou solicitando ao doutor Aschkenasy considerar seu apoio, objetivando ampla divulga
ção dessa proposta na mídia, a fim de que o tema chegue ao conhecimento de V. Exa. Sr. Presidente, assim como das organizações e agências filosoficamente identificadas e engajadas no combate à fome – escreveu a Obama.

Emergência

Lembra o jornalista que a construção de usinas para o processamento que defende, além de proteger os alimentos da ação de microorganismos também permitiria o aumento considerável do prazo de validade dos estoques, como forma de evitar o injustificável desperdício que decorrem da rápida prescriação para o consumo. 

– Facilitariam também a distribuição em situações emergenciais, diminuindo óbitos, em decorrência da fome que ceifa diariamente milhares de pessoas no planeta.

Saraiva diz que a inexistência de plantas de processamento a vácuo gera o habitual desperdício de grandes estoques de alimentos, devido à prescrição dos prazos de validade, além da degradação resultante do armazenamento precário de cereais in natura, o que considera humanamente inaceitável e aviltante a dignidade humana.

“Menor que o desperdício de safras”

O jornalista pediu ainda ao presidente Obama que adote providências para encorajar o setor público a construir tais fábricas. 

– Em termos filosóficos o projeto apresenta-se solidamente viável se comparados os custos totais do empreendimento em relação ao custo de vidas humanas. Sob um enfoque estritamente econômico, tais investimentos seriam compensadores, considerando a eliminação do desperdício de safras inteiras, toneladas de alimentos que poderiam atender milhares de pessoas famintas no planeta.

– Sugiro também que os Estados Unidos liderem essa guerra contra a fome encorajando os países ricos, bem como os emergentes, a preservar e estocar alimentos na forma que propomos atendendo ao imperativo estratégico da Segurança Alimentar. Dispondo da tecnologia para tornar a idéia uma realidade, dependemos apenas da vontade política e competência de líderes visionários, comprometidos com a ética, a Justiça Social e a paz mundial – acrescentou.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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