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Montezuma Cruz

Crianças em tratamento contra o câncer no HB recebem atenção de policiais rodoviários, que rasparam a cabeça em solidariedade


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Crianças da oncopediatria do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro conhecem
uma viatura da Polícia Rodoviária Federal

Quimioterapia se faz no leito hospitalar, mas o menino Luiz Ricardo Souza Paz, 4 anos submeteu-se a ela caminhando tranquilamente ao lado da policial rodoviária federal Charmayne Bezerra, que segurava o suporte para soro.

Para acompanhar o filho internado há 23 dias, Jeny Paz, 33 deixou mais cinco filhas em Guajará-Mirim, a 360 quilômetros de Porto Velho, na fronteira Brasil-Bolívia.

Ontem (23) foi comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil e em todo o País, hospitais, clínicas, unidades de saúde e fundações promovem ações preventivas e educativas associadas à doença, lembrou a diretora do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, Joelma Nascimento.

O exemplo de conformação e resistência de Luiz Ricardo sensibilizou o grupo de 20 policiais rodoviários federais, enfermeiras e a diretora, que esteve no pátio acompanhada da equipe de oncopediatria.

As crianças fizeram selfies com policiais, enfermeiras, e acompanharam o movimento das visitas. Entraram nos carros da PRF, buzinaram e ligaram a sirene. Sorriam e trocavam olhares de admiração, com a oportunidade de experimentar “coisas grandes”, fora das salas da brinquedoteca.

Bandanas azuis com a inscrição em amarelo da sigla PRF vestiam suas cabeças.

Atualmente, a oncopediatria tem seis crianças internadas e média de 10 a 12 em tratamento quimioterápico.

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Jeny com o filho Luiz Ricardo e a policial rodoviária federal Charmayne

Depois que o barbeiro Anderson Silva raspou a cabeça do policial Juryon Salgues os demais foram se aproximando e também fizeram o mesmo. “Essa interação com as crianças humaniza a nossa atividade, eu estou fazendo porque gosto mesmo”, disse Juryon.

Em seguida, Anderson raspou a cabeça de José Leônidas Coelho de Araújo, 8, ao lado da mãe dele, Rusia Maria Silva, moradora no Bairro Tcumanzal, em Porto Velho. O menino está em tratamento há 10 meses.

Além do carinho, mães de crianças em tratamento receberam da PRF mais de 70 cestas básicas.

“PRIVILÉGIO DA DOAÇÃO”

A PRF repetiu suas ações em 2014 e 2015. “Dentro do uniforme existe o ser humano, e no dia de trabalho com acidentes e crimes diversos, temos o privilégio da doação e assim manifestamos gratidão por tudo o que recebemos”, comentou o superintendente da PRF Alvarez Simões.

A PRF supervisiona 3,7 mil quilômetros de rodovias federais em Rondônia, sudoeste amazônico e noroeste mato-grossense.

Segundo Simões, em 23 estados do Brasil, pelos menos três mil policiais rodoviários federais participam ao longo da semana de atividades do projeto Policiais contra o Câncer Infantil, que começou dois anos atrás.

“A experiência do câncer é difícil para qualquer pessoa, seja acompanhando o sofrimento de um parente próximo ou vivenciando a possibilidade de cura e tratamento”, disse ainda o superintendente. “A situação se torna ainda mais delicada quando o paciente é uma criança”, acrescentou.

OS MAIS COMUNS

Em Brasília, conforme noticiou a Agência Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que no biênio 2016-2017 o câncer infantil deve atingir aproximadamente 12,6 mil crianças no Brasil, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste.

Os linfomas no sistema linfático, no sistema nervoso central e as leucemias são as ocorrências de câncer mais frequentes na infância e na adolescência.

O diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento especializado garantem a cura em pelo menos 70% dos casos, informou o Inca.

Principais causas:
Leucemias (33%)
Tumores do sistema nervoso central (20%)
Linfomas (12%)
Neuroblastomas (8%)
Tumor de wilms (6%)
Tumores de partes moles (6%)
Tumores ósseos (5%)
Retinoblastoma (3%)
Tumores germinativos (9%)

Veja galeria de fotos 


Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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