MONTEZUMA CRUZ
Amazônias
BRASÍLIA – A arqueóloga Maria Clara Migliacio, diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está sendo esperada em Rolim de Moura e Alta Floresta do Oeste, na Zona da Mata do Estado de Rondônia, para pesquisar o patrimônio arqueológico descoberto pelo farmacêutico e bioquímico Joaquim Cunha da Silva, cujas coordenadas geográficas já constam em imagens de satélite.
Em 2009, o Iphan tomou conhecimento do interesse do astrônomo peruano Erwin Salazar em auxiliar nas pesquisas que apontam a existência de geoglifos na Zona da Mata. O sítio arqueológico descoberto por Joaquim Cunha está registrado no cartório de Ji-Paraná, com o aval do procurador da República, Alexandre Senra.
Ainda em Brasília, a arqueóloga Maria Lucia Pardi, do Centro Nacional de Arqueologia de Brasília, prometeu contribuir para interpretar os dados informados e definir ações necessárias no processo. Quando programado, esse trabalho poderá contar com o apoio da Universidade Federal de Rondônia e de instituições particulares, cujos professores de História também estudam o passado desta parte da Amazônia.
Com a confirmação dos estudos, Joaquim Cunha manifestou-se grato ao pronto interesse do Iphan:
— Com esse esforço será possível estudar peças encontradas, delimitar e vigiar o sítio, enfim, salvá-lo da depredação que já existe em áreas riquíssimas — disse.
A técnica Francilene Rocha notou a preocupação do Ministério Público com o assunto, já que o órgão admitiu a possibilidade de um vôo de helicóptero para reconhecimento das áreas mapeadas. O farmacêutico já sobrevoou e fotografou a região, além de conversar com proprietários rurais em cujas terras foram encontradas pedras gigantes, restos de cerâmica e escadas de pedra possivelmente construídas durante o Império Inca.
O MPF aguarda o posicionamento do Iphan quanto à relevância das descobertas.
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