Quarta-feira, 25 de outubro de 2017 - 15h22
Processos acumulados no DNPM em Porto Velho /Foto Esio Mendes
Montezuma Cruz
No País das surpresas, algumas não surpreendem tanto. O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) será substituído pela Agência Nacional de Mineração (ANM), conforme proposta da Medida Provisória 791/17, aprovada terça-feira pela comissão mista que analisou a matéria. Trata-se de um capítulo a mais na reformulação do marco legal da mineração. Os Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal debaterão e votarão a medida.
Rondônia, cuja exploração do minério de estanho (cassiterita) só era permitida a grupos multinacionais nos anos 1970, apresenta atualmente um cenário de “amor e ódio”: de um lado, o governo federal permite a lavra a grupos organizados em cooperativa, de outro, órgãos ambientais tomam equipamentos e cargas de garimpeiros.
Cassiterita do Garimpo Bom Futuro /Foto Rosinalva Galindo
O texto aprovado pela comissão mista é o projeto de lei de conversão proposto pelo relator, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), para quem a agência teria estrutura para atender as demandas dos trabalhadores e das empresas do setor mineral.
Até então, com a desestruturação enfrentada pelo DNPM ao longo dos anos, o que se viu em Porto Velho, por exemplo, foi o acúmulo de processos de pesquisa a extração mineral.
Deputado Leonardo Quintão Foto Lúcio Bernardo -AG Câmara |
Um dos problemas a serem analisados pelos autores da ideia, entre eles, o governo federal, é a alteração doprojeto de lei de conversão dos cargos que compõem a estrutura organizacional da ANM, para garantir cargos de direção comissionados. Segundo lembra o deputado Quintão, o governo reduzia cargos comissionados na proposta original, “porém, isso inviabilizaria a ocupação de cargos de direção”.
Qualquer deputado de primeiro mandato ou deputados federais e senadores em busca de renová-los, sabe que o momento nacional implica o máximo cuidado no que diz respeito a custos econômicos.
Ainda assim, o deputado discursa para demonstrar certeza no que faz: “Nunca faria ‘teatro’ criando uma agência só para trocar o nome de DNPM para ANM”.
Entre as mudanças na MP original, a comissão mista analisou novos critérios de cálculo da Taxa de Gestão de Recursos Minerais, inicialmente denominada Taxa de Fiscalização de Atividades Minerárias. Quintão propôs o pagamento da taxa conforme o porte do empreendimento, com base no faturamento anual do exercício anterior. “A lógica é: quem fatura mais, paga mais e quem fatura menos e explora área menor, paga menos”, explicou.
Não ficou claro o custo ambiental desses projetos.
O valor da taxa varia de R$ 600 a R$ 2,8 milhões, dependendo da fase em que se encontra o empreendimento mineral (pesquisa, concessão, licenciamento ou permissão). O texto recebeu mais de 100 emendas, e o relator acolheu parcialmente 25 delas. A maior parte sugeria mudanças na taxa.
Rondônia ultrapassa 10 mil toneladas de cassiterita
Leia matéria no Gente de Opinião em 2015
“Jovem advogado que sai da Faculdade quer apoio para enxergar a nova realidade”
Desde 2023, o presidente da Seccional OABRO, Márcio Nogueira ordena a visita a pequenos escritórios, a fim de amparar a categoria. “O jovem advogado
Casa da União busca voluntários para projetos sociais em 2025
A Associação Casa da União Novo Horizonte, braço da Beneficência do Centro Espírita União do Vegetal, espera mais voluntários e doadores em geral pa
PF apreendeu o jornal Barranco que mesmo assim circulou em Porto Velho
Mesmo tendo iniciado no Direito trabalhando no escritório do notável jurista Evandro Lins e Silva, no Rio de Janeiro, de postular uma imprensa livre
"Mandioca é o elixir da vida", proclama o apaixonado pesquisador Joselito Motta
Pequenos agricultores de 15 famílias assentadas em Joana D’Arc e na linha H27, na gleba Rio das Garças, ambas no município de Porto Velho, ouviram o v