Sexta-feira, 19 de agosto de 2022 - 15h02
Sem condições de aumentar mais
uma vez o número de vagas o Lar Espírita André Luiz – Casa Leal no Bairro
Igarapé está impossibilitado de acolher idosos da Capital e do Interior de
Rondônia. A situação é delicada, mesmo com a ação voluntária de universitários,
da Associação Beneficente Casa da União Novo Horizonte, e de colaboradores
avulsos.
Os mais recentes telefonemas
pedindo vagas à Casa Leal são de autoridades de saúde e pessoas dos municípios
de Buritis, Rolim de Moura e São Francisco do Guaporé.
A Casa Leal já tinha 50 idosos
internados e recebeu mais 24 procedentes de um lar no interior, interditado
pela vigilância sanitária.
“Modificamos o ambiente,
substituindo salas e ajeitando quartos para recebê-los”, contou a
administradora Elcia Pereira de Souza, presidente da entidade.
Embora a nova expectativa de vida
estimada pelo IBGE passe dos 71 anos, dos 538 mil moradores em Porto Velho, mais
de 35 mil são idosos, e alguns portadores de doenças crônicas e mentais são
internados em quartos familiares, hospitais, e nos poucos lares que os acolhem
em Rondônia.
Essa realidade é conhecida pela
direção da Policlínica Oswaldo Cruz (POC), onde funciona o atendimento a
pessoas idosas na Capital. De outro lado, a Casa do Ancião São Vicente de Paulo,
no bairro Santa Bárbara, também está superlotada e sua direção aguarda há anos
a construção de um novo lar.
Marcelo Lima, da direção da Casa
Leal, contou que muitos idosos ali recolhidos vieram de estados nordestinos
décadas atrás, em períodos do garimpo de ouro. “Muitos não construíram laços
familiares e hoje dependem da nossa ajuda”, ele disse.
Pela Casa Leal já passaram
pessoas estrangeiras, notadamente de países sul-americanos, contou Lima.
VOLUNTARIADO
Quinta-feira à tarde, no ato de entrega de pacotes com fraldas descartáveis arrecadadas durante o mês de agosto, membros da Casa da União constataram outra vez a necessidade de se buscar cada vez mais voluntários para campanhas de fraternidade e solidariedade.
Laércio Espírito Santo, mestre assistente central da 1ª Região do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, disse: “É preciso que o voluntariado olhe para quem faz, e esta Casa está fazendo”.
3ª EDIÇÃO DO FESTIVAL ARTE COM AS MÃOS
Sandra Coura Diniz, do Núcleo São Miguel da UDV, e integrante da Casa da União,
explicou que a 3ª Edição do Festival Artes Com as Mãos na Raviera Jeep une
a colaboração dessa entidade à promoção do artesanato e na alimentação de
qualidade em Porto Velho.
“Tudo estava abafado pela pandemia, mas agora ficou disponível à população”, ela disse.
Segundo Sandra, a Casa Leal já vinha recebendo apoio com pequenas ações solidárias resultantes de eventos dos quais a Beneficência da UDV participa, entre os quais o Festival de Flores de Holambra.
Segundo Sandra, vem sendo ainda organizada uma mini- exposição de produtos nas dependências da Assembleia Legislativa Estadual, onde também será feita arrecadação de fraldas descartáveis.
De acordo com o mestre presidente da diretoria administrativa do Núcleo São Miguel, Leandro Alves dos Anjos, no próximo dia 28, domingo, 84 expositores aquecerão a 3ª Edição do Festival, mostrando peças de artesanato recentemente confeccionadas, comidas típicas e música ao vivo.
“A população pode ter certeza de que participará de um evento bonito e estará contribuindo diretamente com a Casa Leal e atendendo a outras necessidades de famílias carentes em Porto Velho”, ele assinalou.
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