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Montezuma Cruz

“É melhor prevenir do que remediar” – de Samuel Saraiva a Trump ao sugerir polígrafo como requisito para obtenção de toda classe de vistos e asilo nos EUA


“É melhor prevenir do que remediar” – de Samuel Saraiva a Trump ao sugerir polígrafo como requisito para obtenção de toda classe de vistos e asilo nos EUA - Gente de Opinião

O uso obrigatório do polígrafo a todas as pessoas candidatas a vistos ou asilo nos Estados Unidos seria a segurança contra a infiltração de agentes estrangeiros. A sugestão foi feita esta semana pelo brasileiro com nacionalidade americana, Samuel Sales Saraiva. “Garantiria a lisura e evitaria a infiltração de agentes estrangeiros pela indução de juízes e oficiais de imigração a decisões errôneas baseadas em fraudes ou fundamentações frívolas”, disse ele numa carta enviada ao presidente reeleito Donald Trump.

De acordo com Saraiva, semelhante procedimento poderia estender-se às solicitações efetuadas por intermédio das embaixadas americanas, a fim de identificar propósitos escusos ou intenção de permanecer além do prazo concedido.

O funcionamento do polígrafo nesses casos seria custeado por taxas pagas interessados. Segundo Samuel, o projeto proporcionaria empregos, notadamente para jovens, “a custo zero para o poder público.

“Os candidatos bem-intencionados certamente compreenderão os procedimentos adicionais de segurança que adotamos, a exemplo da checagem mais minuciosa implementada nos portos de entrada após o ataque terrorista de 11 de setembro”, opinou Saraiva

Ele ainda observa que os testes com polígrafo “atenderam aos objetivos práticos e filosóficos de segurança e teriam fácil aplicação. Além de abrir mais oportunidade de empregos para profissionais da área de segurança, psicologia e técnicos de polígrafos, dificultando fraudes”, acrescentou.

“É melhor prevenir do que remediar” – de Samuel Saraiva a Trump ao sugerir polígrafo como requisito para obtenção de toda classe de vistos e asilo nos EUA - Gente de Opinião

Como o polígrafo detecta mentiras?

O polígrafo, popularmente conhecido como detector de mentiras, utiliza um sensor para medir reações (frequência cardíaca, respiração) a uma série de estímulos (perguntas) que permitem ao especialista deduzir se as respostas são falsas ou verdadeiras, monitorando a frequência respiratória, pressão arterial, suor e frequência cardíaca.

Preparação para o teste do polígrafo.

Esteja bem fisicamente, não se preocupe com nenhum detalhe, se estiver nervoso, com coisas pequenas, não se imagine pensando em outras coisas, não use truques físicos ou mentais para interferir no resultado, e finalmente, se tiver dúvidas, esclareça com a equipe que procederá o teste.

 

A carta, na íntegra (Versão traduzida)

 

Presidente Donald Trump


                                        Washington, DC. Area,  15 de janeiro de 2025

 

CC:

Secretário do Departamento de Homeland Security
Secretário do Departamento de Estado
Diretor da Agência Central de Inteligência - CIA

 

Subject: Sugere a expansão do uso do polígrafo, tornando-a obrigatória para todos os candidatos que requeiram vistos ou asilo, para garantir a lisura e evitar a infiltração de agentes estrangeiros pela indução de juízes e oficiais de imigração a decisões errôneas baseadas em fraudes ou fundamentações frívolas. O mesmo procedimento poderia estender-se às solicitações efetuadas por intermédio das nossas embaixadas, a fim de identificar propósitos escusos ou intenção de permanecer além do prazo concedido. A implementação desse procedimento seria custeada por taxas pagas pelos interessados, e proporcionaria novos empregos para centenas de jovens, a custo zero para o poder público. 

 

Exposição de motivos

A comunidade formada por agências de segurança, informação e inteligência, sabe da validade e da importância estratégica da aplicação dos testes de polígrafo, utilizado há décadas em diferentes situações. A nossa realidade é de insegurança, com a tendência crescente de estrangeiros convergirem para nossa nação com os mais diferentes propósitos — inclusive terroristas. Eles contam com a ajuda de profissionais do direito sem compromisso com a ética, a justiça e a proteção do país. Agindo como mercenários, contribuem negativamente para vulnerabilizar a segurança interna nacional, em troca de dinheiro ou por interesses pessoais nocivos à sociedade.

Essas ocorrências têm causado prejuízos consideráveis, pela concessão de vistos, residência e cidadania a inimigos da pátria, que não se identificam com os valores de nossa sociedade, ou possuem antecedentes criminais que escapam ao conhecimento das autoridades consulares. O teste com polígrafo poderia incluir perguntas objetivas sobre antecedentes criminais ou processos existentes na justiça do país de origem do candidato. O tempo para a realização do exame é relativamente pequeno, e seu retorno em termos de benefícios se concretiza em maior eficácia nas triagens para segurança de todos. Os candidatos bem-intencionados certamente compreenderão os procedimentos adicionais de segurança que adotamos, a exemplo da checagem mais minuciosa implementada nos portos de entrada após o ataque terrorista de 11 de setembro.

É possível antever entre desdobramentos positivos que poderiam decorrer da implementação do exame de polígrafo, para obtenção de qualquer tipo de visto, seja para turismo, trabalho, negócios, estudos, ou petições para asilo, maior segurança nas decisões dos agentes imigratórios consulares.

Sabemos que nada é estático, e a necessidade de aprimoramento do sistema burocrático para minimizar a imigração fraudulenta é permanente. O desafio é gigantesco para continuarmos existindo como nação. Novas medidas são impostas pela perigosa realidade, seja construir muros, eletrificá-los, até mesmo armar a população civil para ajudar as forças de segurança num processo de interação entre Estado e Sociedade, e ainda, assegurar que filhos de indocumentados recebam somente a nacionalidade de seus pais.

Os testes com polígrafo atenderam aos objetivos práticos e filosóficos de segurança, teriam fácil aplicação, e aprimorariam o sistema imigratório, além de abrir mais oportunidade de empregos para profissionais da área de segurança, psicologia e técnicos de polígrafos, dificultando fraudes ou “jeitinhos”.

Seria para mim uma honra poder contribuir em qualquer instância, nos limites da minha capacidade e conhecimento sobre o tema. Inspirado pelo dever imposto pelo exercício de cidadania, apresento-lhe os meus sinceros agradecimentos.

“É melhor prevenir do que remediar.”

Samuel Sales Saraiva



* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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