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Montezuma Cruz

ENFIM, RONDÔNIA RECONHECE A IMPORTÂNCIA DA FIOCRUZ


 
Unidade de Porto Velho (RO) ganha projeto de Oscar Niemeyer.


AGÊNCIA AMAZÔNIA (*)
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PORTO VELHO, RO – Rondônia construirá uma sede para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Desde 2003, por força de um termo de cooperação com o Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais (Ipepatro), a instituição já obteve essa garantia. Uma parceria com a Universidade Federal de Rondônia (Unir) vai possibilitar a capacitação dos professores na área da pesquisa cientifica acadêmica. A instalação da Fiocruz é fruto do pioneirismo e perseverança do pesquisador e doutor Luiz Hidelbrando Pereira da Silva, então presidente do Ipepatro, fundado em 1999. 

A nova sede regional da unidade ganhou projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, que deverá ser adequado pela equipe de engenharia da Fiocruz. A Unir será parceira no terreno. Restam ainda os investimentos para melhorar a estrutura física onde funciona integralmente a Fiocruz – por exemplo, a construção imediata de um prédio para comportar os laboratórios de pesquisa e a equipe administrativa. 

Esta semana, a deputada Marinha Raupp (PMDB) reuniu-se com o vice-presidente de desenvolvimento institucional e gestão do trabalho da Fiocruz, Rômulo Maciel Filho, com o procurador-chefe Antônio Mallet e a diretora administrativa Cristiane Sendim, para debater propostas sobre a nova sede, contratação de pessoal e aquisição de equipamentos para os laboratórios de pesquisa. 
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Rapidez 

A parlamentar defendeu a proposta de um pacto entre a Fiocruz, a Unir, governos federal, estadual e municipal e demais órgãos voltados à pesquisa, com o objetivo de garantir celeridade na construção do empreendimento. Segundo ela, a vinda da delegação a Rondônia foi considerada estratégica no processo de estabelecer parcerias e colocar em prática o projeto de construção da sede da instituição no estado. 

Segunda-feira foi um dia movimentado na instituição. Prestigiaram ainda a reunião o reitor da Unir, professor José Januário de Oliveira Amaral; o secretário municipal de saúde, Williames Pimentel; o cientista Luiz Hidelbrando Pereira; e o diretor executivo Rodrigo Guerino Stábeli. Na ocasião, a deputada Marinha Raupp destacou a importância da instalação da Fiocruz. “Ela contribuirá para a inovação científica da saúde no estado, com monitoramento eficaz de epidemias”. Exemplificou: “A construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira exige uma atenção especial nas áreas da saúde e meio ambiente”. 

Para o diretor executivo, da Fiocruz em Rondônia, doutor Rodrigo Guerino Stábeli, a consolidação da instituição em Rondônia é resultado do trabalho iniciado há mais de um ano, quando o pesquisador Luiz Hidelbrando procurou Marinha e o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) para apresentar a necessidade de estruturar o Ipepatro. “A sensibilidade da deputada Marinha e também do senador Raupp foram decisivos nos avanços que estamos alcançando e também nos projetos futuros”, ele disse. 

Instituto nasceu em 1908 

RIO DE JANEIRO – A história da Fundação Oswaldo Cruz começa em 25 de maio de 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal. Inaugurado com o objetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica, o Instituto tem como primeiro diretor geral o Barão de Pedro Afonso e como diretor técnico o jovem bacteriologista Oswaldo Cruz. O local escolhido para construção do prédio central, chamado futuramente de Pavilhão Mourisco, foi a região da antiga Fazenda de Manguinhos, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. 

Em 1902, Oswaldo Cruz assumiu a direção geral do Instituto, ampliando suas atividades, que passaram a incluir a pesquisa básica aplicada e a formação de recursos humanos, deixando de se restringir à fabricação de soro antipestoso. 

Em 1903, Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, deflagrou memoráveis campanhas de saneamento, especialmente na cidade do Rio de Janeiro, que na época foi assolada por surtos e epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola. Em poucos meses, com o extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença, a incidência de peste bubônica diminuiu. 

Assim, mesmo enfrentENFIM, RONDÔNIA RECONHECE A IMPORTÂNCIA DA FIOCRUZ  - Gente de Opiniãoando uma oposição cerrada, inclusive um levante popular – a Revolta da Vacina, em 1904 –, o sanitarista obteve sucesso, recebendo a medalha de ouro na Exposição de Berlim, anexa ao XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim, em setembro de 1907. 

Nasce o Instituto Oswaldo Cruz 

Em 1908, o Instituto Soroterápico Federal foi rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz. Nesse ano, as campanhas de saneamento capitaneadas pelo sanitarista passaram a atingir o interior do País, o que colaborou de forma decisiva para o desenvolvimento nacional. O levantamento pioneiro sobre as condições de vida das populações do interior, realizados pelos cientistas de Manguinhos, fundamentou debates acirrados e resultou na criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920. 

Após a Revolução de 30, o Instituto foi transferido para o recém-criado Ministério da Educação e Saúde Pública. Embora beneficiado com maior aporte de recursos federais, Manguinhos perdeu autonomia, parte de seu pessoal, e se tornou mais vulnerável às interferências políticas externas. 

Nas décadas de 1950 e 1960, o Instituto defendeu o movimento para a criação do Ministério da Ciência e a transferência do setor de pesquisa para o novo órgão. No entanto, o Ministério da Educação e Saúde Publica dava mais prioridade para a produção de vacinas. Esta polêmica culminou no Massacre de Manguinhos, em 1970, com a cassação dos direitos políticos e aposentadoria de dez renomados pesquisadores da instituição.
 
Em 1970, foi instituída a Fundação Oswaldo Cruz, congregando inicialmente o então Instituto Oswaldo Cruz, a Fundação de Recursos Humanos para a Saúde (posteriormente Escola Nacional de Saúde Publica) e o Instituto Fernandes Figueira. As demais unidades que hoje compõem a Fiocruz foram incorporadas ao longo dos anos. Em 1985, eles foram reintegrados. 

(*) Com informações da Agência Fiocruz e da Assessoria de Imprensa da deputada Marinha Raupp.

Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião e do Opinião TV.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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