Quarta-feira, 30 de setembro de 2015 - 16h35
Entre o ginásio e o muro surgirá o salão de jogos. Ao lado, a pista de salto em atletismo. Com espaços já delimitados, a direção da Escola Estadual Governador Jesus Burlamarqui Hosannah projeta a construção de suas academias de dança, musculação e artes marciais até 2016.
Nessa escola, uma das três na capital, onde o tráfico de drogas não logrou êxito, de manhã e à tarde funciona o bem sucedido Programa Sou Mais que Vencedor, ancorado no âmbito do Programa Educacional de Resistência às Drogas [Proerd].
Uma equipe do 1º Batalhão Comunitário da Polícia Militar de Rondônia ensina judô, taekwondo e futsal para 240 alunos com idades entre 7 e 17 anos. As novas modalidades possibilitarão o aumento desse número para mais de 300, no ano que vem.
APOIO DO JUDICIÁRIO
Sonho que se sonha só / É só um sonho que se sonha só / Mas sonho que se sonha junto é realidade – diz a música do falecido cantor Raul Seixas. Ela inspira essa escola de 1.210 alunos, em 18 salas, no Bairro Areal da Floresta [Zona Sul de Porto Velho].
Porque o interesse em ter novas conquistas não se limita à direção. Sonhos que permitiram a projeção de obras da academia de musculação, pista de salto, academia de dança, salão de artes marciais, vestiários, quadras de tênis e vôlei de areia, salão de jogos, iluminação e reforma da quadra já estão nas planilhas da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas [Vepema].
É desse segmento do Poder Judiciário que sairão os investimentos nas obras, anuncia o vice-diretor, professor Sérgio Silva Santos.
É a realidade, que parece vir mais rápida do que se dependesse de outras fontes de recursos. “Todo o dinheiro necessário virá da Vepema, aonde temos na pessoa do juiz Sérgio William Domingues, mais que um entusiasta, um apaixonado pelo projeto de ampliação e funcionamento de outras modalidades esportivas”, ele assinala.
Desde o início do projeto, a Vepema fornece material de primeira linha aos alunos: quimonos, tênis, camisetas, bolas oficiais, luvas. Eles fazem refeições na própria escola.
O coordenador, sargento e educador físico Ivan Wilson Haroldney de Miranda, elogia a caminhada para a construção de ambientes novos e atraentes: “A escola visa um grande objetivo, que exige o zelo da comunidade para proporcionar o melhor aos seus filhos”.
Segundo o coordenador, só a combinação da luta anti-drogas e os esforços diários pelo bem-estar e formação moral de crianças e jovens poderão superar situações vividas anteriormente à chegada do programa.
Haroldney e a equipe formada pelos soldados Dourado e Reis, cabo Gilceney, e pelo professor de judô José Oliveira, receberam na quinta-feira (24) a visita do comandante geral da PM, coronel Nilton Gonçalves Kisner.
PM, ESCOLA E FAMÍLIA
“Já tivemos alunos que pediram socorro para sair de situações de droga aqui na zona sul”, conta o sargento Haroldney. Com a experiência de policial que há 30 anos deixou São Paulo para trabalhar em Porto Velho, onde nasceram seus dois filhos, ele constata e lamenta casos de desagregação familiar nessa parte da periferia de Porto Velho, decorrente do envolvimento direto dos pais com o tráfico ou pelo vacilo do filho.
“Não existe melhor caminho do que o fortalecimento do esporte na escola pública; ele é a ferramenta para diminuirmos problemas tão delicados de se resolver”, explica.
Para o sargento Haroldney, o momento atual em Porto Velho e nas circunvizinhanças de todas as escolas brasileiras pressupõe “empenho máximo” no controle de situações. “Em vez de cadeia, a prevenção bem feita evita superlotação de presídios com jovens que podem se desviar da sedução do tráfico, e sabemos que traficantes abraçam a todos com muita facilidade”, diz convicto.
O tripé cooperativo PM, Escola e Família encontrou amparo na Vepema. Assim, a Escola Jesus Burlamarqui participou pela primeira vez, este ano, dos Jogos Estudantis de Rondônia, e se inscreveu na Secretaria Municipal de Esportes para receber material de futsal.
Animados, a diretora Marilete Ramos e o vice Sérgio Santos veem os alunos do Mais que vencedor treinarem três vezes por semana, das 7h30 às 11h30, e das 13h30 às 17h30. Esse ritmo trouxe aos alunos consideráveis melhorias na auto-estima, conduta pessoal, assiduidade, notas, relacionamento com a família e menor índice de criminalidade.
Desde 2014, quando foi eleita para gestão democrática, a diretora Marilete iniciou, paralelamente ao Proerd, um levantamento que revelou alunos com hiperatividade. Eles são levados para consultas com médicos neurologistas em unidades de pronto atendimento de saúde. Assim, conforme ela percebe, os lados psicológico e afetivo aproveitam bem o ganho proporcionado pelo programa.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia
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