Quarta-feira, 15 de abril de 2009 - 16h51
Família de Wilson Pinheiro quer direito a indenização por "Amazônia em chamas"
MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia
RIO BRANCO, AC – Lembram-se do filme “Amazônia em chamas”, lançado em 1994, estrelado por Sônia Braga e pelo falecido Raul Júlia? No final da tarde desta terça-feira, familiares do líder sindicalista Wilson de Souza Pinheiro (Pinheiro fez parte de filme da Warner Bros. Até hoje família nada recebeu / BIBL.FLORESTA), assassinado em Brasiléia em junho de 1980, farão uma manifestação na Biblioteca da Floresta Marina Silva, em Rio Branco, para reivindicar direito de indenização à Warner Bros, dona do filme e uma das maiores produtoras de cinema do mundo. Baseado na história do líder seringueiro Chico Mendes, o filme rodado no México será exibido no auditório da biblioteca, com a presença de autoridades e dos parentes de Wilson Pinheiro.
Quase duas décadas depois da saga de Chico Mendes – morto em 1988 – correr o mundo, chega a vez da família do sindicalista Wilson Pinheiro lembrar à Warner Bros que ele também contribuiu para a obra. Por isso, a Biblioteca Marina Silva viverá um momento especial, lembra o seu coordenador do Departamento da Diversidade Socioambiental e do site da instituição, Carlos Edegard de Deus.
Carlos Edegard lembra que Ilzamar Mendes, viúva de Chico Mendes, e os filhos do líder sindical tiveram, recentemente, a liberação da indenização pelas imagens. Por sua vez, a família de Wilson Pinheiro até hoje nada recebeu.
O longa de 128 minutos dirigido por John Franckenheimer foi baseado em fatos reais e no livro "The Burning Season", de Andrew Revkin. Conta a história de Chico Mendes, mas não foi filmado em Xapuri, o que lhe permitiria ser ainda mais real. Mesmo assim, obteve várias premiações. Foi vencedor do Emmy de Melhor Diretor e Ator e também do Globo de Ouro de Melhor Ator e Filme de Televisão.
Foi o último trabalho de Raul Julia – no papel de Chico Mendes – e o produtor inglês David Puttnam levou anos realizar o sonho. “Amazônia em Chamas” deu a Sônia Braga – que interpretou uma fotógrafa ecologista – indicações de atriz coadjuvante para o Emmy e o Globo de Ouro.
Pinheiro foi morto em 21 de junho de 1980 com um tiro na nuca, pelas costas, a mando de latifundiários. Estava reunido numa sala, com outros dirigentes do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Brasiléia. Além de presidente do sindicato, também presidia a Comissão Municipal do PT.
Após a exibição de “Amazônia em Chamas”, o advogado Paulo Dinele fará uma palestra para o entendimento do caso. São esperadas as famílias dos dois líderes sindicais mortos e de convidados. A exibição e a palestra serão abertas ao público.
Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião e Opinião TV
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