Quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008 - 15h06
AGÊNCIA AMAZÔNIA
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O deputado Fernando Melo (PT-AC) pediu hoje no Plenário da Câmara a criação urgente de uma força-tarefa constituída por médicos sanitaristas, enfermeiros, militares do Exército, Marinha e Aeronáutica e universitários, para socorrer vítimas de malária no Vale do Juruá. O deputado recebeu apelo do presidente da Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul (a 678 quilômetros de Rio Branco), Omar de Almeida Farias, relatando que produtores rurais atacados mais de dez vezes pela doença estão completamente debilitados e sem condições de trabalho.
BRASÍLIA – "É raro encontrar uma pessoa naquela região que não tenha sido atacada pelo mosquito anofelino, transmissor dessa doença", disse. Minutos antes de falar, Fernando Melo ouviu do deputado José Genoíno (PT-SP) a solidariedade ao povo acreano, vítima da doença. Sensibilizado, Genoíno contou ao colega ter sofrido 20 malárias na sua juventude, na região do Araguaia. Para Melo, o momento vivido pela população do Vale do Juruá é delicado.
O deputado dirigiu-se ao ministro José Gomes Temporão, à direção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e ao presidente Lula, para pedir o apoio. Ele mencionou a necessidade de mobilizar a saúde e a previdência social para reivindicar a aposentadoria das pessoas que não conseguem mais trabalhar. "Como último recurso, eles bateram nas portas da Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul, na esperança de obter alguma forma de socorro", afirmou.
De acordo com Fernando Melo, a exemplo do combate ao desmatamento no Estado do Pará, o governo federal poderá autorizar uma operação especial para o Vale do Juruá. Lembrou que Cruzeiro do Sul exerce influência sobre parte do Sudoeste do Estado do Amazonas e constitui uma população superior a cem mil pessoas.
Homenagem a Carlos Chagas
O deputado fez uma homenagem póstuma ao médico-sanitarista brasileiro Carlos Chagas, cuja expedição à Amazônia completou 95 anos neste mês de fevereiro. "Lamentavelmente, a malária que Carlos Chagas constatou em 1913 no Alto Rio Negro vai continuar fazendo vítimas até 2010, conforme as previsões da própria Funasa", disse.
Melo enalteceu o esforço do Governo do Acre na busca de controlar a doença. No dia 18,a Secretaria Estadual de Saúde anunciou que o Setor de Endemias investiu no tratamento da doença em menos de 48 horas, e revelou ter adquirido equipamentos de laboratório. Contudo, alertou que a situação dos municípios de Vale do Juruá, principalmente Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, "reflete um problema secular". "Prova disso são as vítimas que sofreram de uma a dez vezes ou mais com a doença", justificou.
Para o parlamentar, a situação exige "mais que os sete mil mosquiteiros que vêm sendo distribuídos à população". "A própria secretaria afirma que o mosquiteiro diminui o ataque do mosquito, mas os seus técnicos ignoram se, de fato, ele contribuiu para a redução do número de casos", assinalou.
Melo lembrou ainda o documento elaborado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, com propostas para melhorar os serviços e as condições de saúde na Amazônia Legal. O Conselho reivindica ao ministério uma estratégia de correção do repasse do teto financeiro diante dos custos operacionais de controle da malária, dengue, esquistossomose e leishmaniose, levando-se em conta a situação endêmica de tais doenças, seus aspectos geográficos e socioeconômicos.
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Fonte: Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião
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