Um
dos maiores crimes administrativos cometidos por Fernando Collor de
Mello quando presidente desta república embananada foi extinguir a
Superintendência de Campanha de Saúde Pública (Sucam), logo no início do
seu governo, em 1990. Além de competência e sensibilidade operacional, a
Sucam produzia as melhores estatísticas demográficas da Amazônia. Seus
guardas obtinham os dados diretamente na fonte primária, o povo, que
buscavam nas mais longínquas paragens da região.
A Equatorial
Energia poderia dar sua contribuição a essa estatísticas realista
publicando (em papel ou digitalmente) a relação das comunidades às quais
estendeu suas linhas de distribuição de energia. A listagem teria
utilidade pública ainda maior se a menção a cada comunidade espalhada
pelo vasto território do Estado incluísse alguma informação adicional e
um mapa de localização. Ajudaria o Pará a ver melhor o Pará.
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E.T. Ao que comentei, no blog do jornalista Lúcio Flávio Pinto 
Verdade,
Lúcio. No caso de Rondônia, políticos, executivos e mesmo a justiça
sabiam onde localizar as pessoas. Nem o Incra tinha mais informações do
que o borrifador da Sucam, que em seu trabalho também sociológico,
anotava os endereços de todos nos fundões dos projetos do Incra e onde
mais fosse necessário. Aposentados
em sua maioria, e sem uma remuneração digna, que custeie os gastos com
médicos e remédios, ex-servidores da antiga Sucam, substituída pela
Fundação Nacional de Saúde (Funasa), ainda pelejam para conseguir o
direito de ter um plano de saúde. São centenas, notadamente nos estados
do Acre, Amazonas, Rondônia e Pará, prejudicados pelo DDT. Muitos
morreram em consequência desse veneno.
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Domingo, 23 de fevereiro de 2025 | Porto Velho (RO)