Sábado, 3 de dezembro de 2011 - 07h21
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
A tiros de fuzil, o soldado Luís Holanda da Silva matou ontem de manhã o capitão Estevão dos Santos Carlos, o 2º tenente R2 Ricardo Cantão Marinho e o sargento Jairo de Canaã Cony, durante a formação da tropa no 6º Batalhão de Fronteira, em Guajará-Mirim, a 362 quilômetros de Porto Velho. O soldado morreu também baleado por um sentinela.
Assim abri a matéria publicada no Jornal do Brasil na edição de 4/12/1982, um sábado. Guajará-Mirim enlutava, enquanto o Comando Militar da Amazônia negava ocorrência de crime. Em nota oficial, classificava o ato do soldado um “acidente com arma de fogo.” E o comandante Clóvis Alvares Danesi não quis comentar o fato.
Por volta das 7h da manhã de sexta-feira, 3/12, oficiais e soldados iniciavam a rotina no quartel. Quando a tropa estava em formação o soldado Luís, munido de um FAL (fuzil automático leve), disparou contra o capitão Estevão, que se encontrava à frente de seus comandados. Ele tombou gravemente ferido, segundo contou um oficial do 6º BPM. Logo em seguida foram atingidos pelos disparos do soldado o tenente Ricardo e o sargento Jairo.
Percebendo o tiroteio, um sentinela cujo nome não foi revelado disparou contra o soldado Holanda. Gravemente feridos, este e o capitão Estevão foram conduzidos ao Hospital Regional, onde o segundo morreu ao dar entrada. O soldado morreu às 9h10, quando era submetido à operação.
Os corpos foram velados na Igreja de Nossa Senhora dos Seringueiros. Apenas o corpo do soldado foi sepultado em Guajará-Mirim; os outros corpos foram trasladados para suas cidades de origem.
NOTA
Havia chegado ao Edifício Rio Madeira, no centro de Porto Velho, onde o Jornal do Brasil alugava uma sala para o meu trabalho diário. Pouco depois chegou o colega Sidney Martins, de O Globo. Os jornais não poderiam esperar nossa viagem à fronteira que tanto poderia durar quatro ou cinco horas, ou não ser completada. Apuramos o fato por telefone.
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