Quarta-feira, 15 de outubro de 2014 - 18h38
MONTEZUMA CRUZ
Amazônias
“Cadê o gaze, Zé Adelino? Mande comprar gaze com urgência!”. No dia da inauguração do Hospital de Base Ary Pinheiro, o ex-governador Jorge Teixeira de Oliveira estranhava a falta do produto e ordenava o suprimento de estoques ao então secretário estadual de saúde, médico José Adelino da Silva.
Ao iniciar suas atividades, o HB assemelhava-se a um “hospital de guerra”. Porto Velho recebia pacientes de todas as partes, e um pouco mais tarde, suas dependências se tornaram pequenas.
Atualmente, o HB está em fase de certificação como hospital escola. Nesse ritmo, o Governo destinou-lhe mais R$ 7,5 milhões para o funcionamento da assistência médica intensiva 24 horas.
Segundo o secretário estadual de saúde Williames Pimentel, o governador Confúcio Moura mandou reformar, ampliar, humanizar e estruturar o HB, ao custo de R$ 18 milhões. O número de leitos aumentou 33%, passando de 459 para 611.
Mais de três décadas depois, o futuro hospital-escola passa por transformações. Suas velhas lavanderias foram equipadas com máquinas modernas, cuja capacidade máxima agora alcança 7,5 mil quilos de roupas, lençóis e toalhas por mês. “Há mais de 20 anos não se investia no setor”, lembra Pimentel.
O que há de novo? – Central de Hemodiálise, com o funcionamento dos serviços de transplante renal; cinco novas salas cirúrgicas; cem novos leitos de enfermaria; dez novos leitos de UTI adulto; Ala de Psiquiatria; climatização das enfermarias; reforma e aquisição de novos equipamentos para a lavanderia do hospital, demandando investimentos de R$ 15 milhões.
Confúcio fez aquilo que a população aguardava desde os anos 1990. Em apenas três, fez o maior investimento na saúde na história recente de Rondônia, totalizando R$ 730 milhões. Estruturada, a rede hospitalar estadual oferece novos serviços à população.
Essa boa notícia na área de saúde soma-se a outra, ainda mais forte: a construção do novo Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (HEURO) – marco histórico para o Estado. Ele terá quatro andares e um heliporto, 268 leitos, 50 leitos de UTI, 10 leitos para hemodinâmica, seis salas cirúrgicas, 40 leitos home care (atendimento domiciliar) e mais de 20 especialidades.
Paralelamente ao início das obras, o governo estadual adquiriu equipamentos de diagnóstico de última geração: um tomógrafo, um aparelho de raio X digital, 13 kits de endoscopias digestiva e colonoscopia, dois videoduodenoscópios, uma ultrassonografia com dopller colorido e uma ambulância.
E aquela herança da Eletronorte, o Hospital João Paulo II, também se tornou pequeno para a cidade cuja população está na casa dos 480 mil habitantes. Pois esse mesmo João Paulo, tão sofrido e mal falado pela mídia local e nacional, passou por reforma avaliada em R$ 12 milhões, dinheiro que também permitiu a contratação de pessoal. Em 2013 nele foram feitas aproximadamente 12 mil cirurgias e mais de quatro mil internações.
No início da tarde de domingo, dia 12, por exemplo, ali descia na maca da ambulância de Monte Negro o jovem sitiante Rozinalvo Pereira da Silva, 37 anos, com suspeita de traumatismo craniano. O cavalo que anteriormente havia domado jogou-se por cima de seu corpo durante a lida com o gado no Sítio Planalto, nesse município a 250 quilômetros de Porto Velho.
O Pronto Socorro do João Paulo tem atualmente uma ambulância de suporte avançado; mais pessoas contratadas, mais equipamentos médicos hospitalares, mobiliário e capacitação de recursos humanos; serviço de apoio diagnóstico clínico; equipamentos médicos hospitalares e mobiliários. É por isso que vive lotado.
Confúcio fez mais: reformou e ampliou a Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho, investindo R$ 12 milhões e obtendo os seguintes resultados: 40 consultórios com capacidade para atender mil pacientes/dia. Em 2012, 110 médicos em 36 especialidades atenderam a 144.246 pessoas e fizeram 50.012 procedimentos.
Já a reforma doCentro de Medicina Tropical de Rondônia teve previsão inicial de R$ 8 milhões, e a Unidade do Hospital do Câncer de Barretos, Porto Velho, foi resultado de estímulo e ótimas parcerias feitas pelo Governo do Estado, que aplica R$ 21,6 milhões por ano para o atendimento de pacientes do estado e investimentos de R$ 4 milhões iniciais para o funcionamento do hospital. No total, mais de 1,8 mil atendimentos por mês e quatro mil usuários em atendimento.
E ainda há eleitores que repetem feito papagaio: “Confúcio virou as costas para Porto Velho”, essa capital amazônica ocidental cujos viadutos inacabados, asfaltamento e saneamento básico (obras municipais) já estão sendo assumidos pelo estado.
Ao contrário da insensatez dessa surrada falácia, o governador médico ousou e meteu o peito, por acreditar na humanização hospitalar, um sonho acalentado desde os tempos em que se pendurava frasco de soro em árvores, na velha Ariquemes dos anos 1970.
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