Terça-feira, 10 de setembro de 2024 - 17h46
Amazônida por nascimento e cidadão americano residente em
Washington, DC, Samuel Sales Saraiva conclama congressistas brasileiros, “notadamente os da Amazônia”, para adoção de legislação realistas objetivando salvar o meio ambiente. Direto ao ponto:
“Terras onde ocorram queimadas intencionais com objetivo
comercial devem ser confiscadas e destinadas à reforma agrária.
Segundo
ele, a medida permitiria conter “a audácia burra e criminosa de oportunistas que por conveniência não adotam práticas corretas no manejo da terra.” Na verdade, ponderou, “se fazem necessárias políticas públicas inclusivas, não repressivas, voltadas para
educação, treinamento e linhas de crédito a madeireiros e garimpeiros, indistintamente, para
entenderem que existem formas racionais e lucrativas com atividades
agroflorestais, sem a necessidade de agredir o meio ambiente, comprometendo a
qualidade de vida de toda a população.
Conforme
Saraiva, “Não é queimando,
reprimindo ou multando que se resolverá o problema” – alertou.
“Os brasileiros precisam de políticas condizentes em vez de ações repressivas que
destroem seus escassos equipamentos e recursos, ampliando as dificuldades para
milhares de cidadãos honestos
relegados à própria sorte, que só existem na hora de votar e pagar impostos.
Saraiva
foi considerado o autor intelectual da portaria ministerial que criou o
programa “Amazônia + Sustentável” no atual governo Lula. A Portaria Ministerial –
575, de 5 de abril de 2023 incorporou cinco vertentes
constantes na proposta feita por ele ao Governo Lula quando de sua primeira
visita a Washington depois da posse, e amplamente divulgada.
“Eu lembrava a necessidade de o infrator ter que estudar a
legislação ambiental brasileira, com alerta a respeito das penalidades aplicáveis caso sejam violadas, e sugeri: 1 – Ampliação da
produção sustentável de alimentos; 2 – Ampliação
sustentável do
extrativismo; 3 – Revitalização
de seringais; 4 – Fomento
à piscicultura; 5 –
Recuperação de áreas degradadas e adoção de sistemas agroflorestais.
“Tudo apontado antes dessa crise climática terrivelmente devastadora para o Planeta”,
observou.
Recentemente,
em seu blog (www.samuelsaraiva.com), sites e redes sociais, Saraiva defendeu
medidas com as quais “seria possível conter a ganância e dissipar a ignorância predominante na atividade agrícola, por exemplo.”
Atualmente
inquieto diante do caos climático nacional, ele lamenta: “Quem imaginava que tudo
isso só acontecesse
na Amazônia,
antes um paraíso, hoje
percebe esse verdadeiro Armagedon de calor, seca, fogo e destruição implacável da fauna e da flora, desde o Oiapoque ao Chuí, atingindo países vizinhos”, desabafou.
Para
Saraiva, ex-suplente de deputado federal no Brasil, “o direito de propriedade
da terra não inclui o direito de destruir ou utilizá-la de forma criminosa. "Ela precisa ser tratada com
respeito e inteligência.
Em casos de reincidência,
terras incendiadas devem ser confiscadas, se comprovado que o crime foi
praticado intencionalmente com propósitos comerciais, e distribuída a quem tiver o propósito de
revitalizar e obter previamente um certificado de educação ambiental básica, que deve ser obrigatório”
– assinalou.
Aprender
na dor e de forma coercitiva, que doa também no
bolso
Isso
implicaria o conhecimento sobre legislação e penalidades, consequências do mal uso da terra e técnicas condizentes de
produção conforme a vocação econômica de cada bioma.
Em
contato com seus amigos do Acre, Pará e de Rondônia, e assistindo diariamente documentários climáticos em diferentes veículos
da mídia norte-americana, Saraiva
admite que as medidas drásticas de educação ambiental impositiva que defende para
quem maneja a terra poderiam surtir efeito imediato. Para
ele uma medida fácil que poderia ser apoiada pelo Ministério do Meio Ambiente
em parceria com o Ministério da Educação.
“Todo agricultor dono de propriedades que use o fogo deve
ter suas terras interditadas e apresentar um certificado de cem horas de
educação ambiental para a certificação necessária à suspensão da interdição; em caso comprovado de reincidência, a propriedade deverá ser imediatamente confiscada e destinada a programas de
reforma agrária” – frisou.
“Deixo aqui um apelo aos congressistas da Amazônia: que tenham discernimento e maturidade para
priorizarem os objetivos filosóficos nacionais de caráter permanente acima de sectarismos políticos ou ideológicos e busquem inserir uma legislação mais eficaz e
coercitiva, para mexer diretamente no bolso dos responsáveis por essa prática criminosa, com a qual eles buscam o lucro fácil sem se importarem com a destruição e o desequilíbrio ambiental causados, por simples desconhecimento da
dimensão dos prejuízos
que causam a Nação.” – apelou.
Saraiva
lembrou a situação do Rio Grande do Sul em consequência da derrubada da Mata Atlântica para o cultivo de grãos. “Foi uma conta pesada para
a população que não se beneficiou de forma alguma com o lucro bilionário de poucos donos dos grãos exportados.”
Razão e amor à terra
Consciência, razão,
sentido comum, amor à terra
e ao patrimônio
imenso que pertence também
às gerações vindouras. “Esse conceito é imprescindível a todos os que entendem que não
é justo ou
honesto deixar o caos semeado às futuras gerações.”
Saraiva
ressaltou que “em futuro não muito distante”, o agravo das dificuldades com as mudanças climáticas irá impor a todas as nações, sobretudo as que detém a hegemonia do
poder militar, a responsabilidade de preservar esse patrimônio
biológico vital para todos na Humanidade, e isso poderá
se tornar fator de vulnerabilidade a segurança nacional brasileira, tão fragilizada pela incapacidade
do Estado em investimento na área de defesa, que tem evidenciado nossa soberania como
mera abstração de direito, pela inferioridade bélica num confronto
com outras nações.”
A
respeito dos conceitos nacionalistas disseminados por políticos federais, estaduais e municipais, ele alertou: “O
patriotismo está no
zelo ao patrimônio
nacional, não no uso político ou ideológico de símbolos nacionais, ou discursos políticos frívolos e demagógicos.”
“Parlamentares precisam apresentar soluções razoáveis que atendam aos interesses nacionais sobrepostos à
atividade política tradicional, na qual interesses pessoais são
permanentemente privilegiados em detrimento dos interesses coletivos e demandas
legítimas de Estado e
Nação.” E ponderou – “O velho hábito de amarrarem projetos a verbas orçamentárias precisa acabar. Recursos públicos nas mãos
de políticos e
empreiteiros são sementes jogadas no solo fértil da corrupção.
Existem formas inteligentes e viáveis que demandam apenas bom senso e vontade política."
A respeito
dos conceitos nacionalistas disseminados por políticos federais, estaduais e municipais, ele alertou: “O
patriotismo está no
zelo ao patrimônio
nacional, não no uso político ou ideológico de símbolos nacionais, ou discursos frívolos e demagógicos.” Desabafou: “Parlamentares ganham muito bem para apresentar soluções razoáveis que atendam aos interesses nacionais sobrepostos à
atividade política tradicional, na qual interesses pessoais são
permanentemente privilegiados em detrimento dos interesses coletivos e demandas
legítimas de Estado e
Nação.
”A atuação obstinada de Samuel Saraiva, criticando e
apresentando soluções factíveis sob a égide da razão, mesmo geograficamente distante do Brasil há
mais de 30 anos, evidencia que o exercício da cidadania independe do revestimento de um mandato
eletivo. Saraiva aos longo dessas décadas, de forma gratuita, foi o autor intelectual de
dezenas de propostas sérias, de natureza social e ambiental, acolhidas por
parlamentares das duas casas do Congresso Nacional, entre os quais se destaca o
Senador Alvaro Dias, ícone da dignidade várias vezes escolhido o mais influente congressista por
sua produção legislativa, ex-governador do Paraná, líder do Podemos e candidato à presidência da República em 2018.
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