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Lu pinta crianças chilenas: uma aproximação importante para conhecer o drama de cada um /DIVULGAÇÃO
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AMAZÔNIAS
PORTO VELHO, RO – Um livro-reportagem sobre a tragédia chilena durante e após o terremoto é o que promete a jornalista Lu Braga, de Porto Velho. Ao retornar de uma viagem de duas semanas àquele país, ela disse ter se comovido com a situação do povo chileno. Parte do Chile foi sacudida por um terremoto de 8,8 graus na Escala Richter.
Lu Braga, que foi assessora de comunicação do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, também fez trabalhos free-lance para publicações da África e da Europa. Além do livro-reportagem, ela promoverá na capital uma exposição fotográfica com cenas da sua viagem.
– O material contém imagens e entrevistas com autoridades locais e vítimas das catástrofes e voluntários do mundo inteiro que colaboram para reconstrução do país – ela disse.
O governo chileno declarou seis regiões como zonas de catástrofe: Valparaíso, Metropolitana, Libertador O’Higgins, Araucania, Biobío e Maule.
Cepal registra maiores carências
As 15 agências da ONU no Chile acertaram com o governo a coordenação da assistência requerida pelas autoridades após o terremoto que afetou dois milhões de pessoas e, até o derradeiro balanço, matou mais de 700.
Durante reunião na sede da Comissão Econômica América Latina e Caribe (Cepal) pela secretária-executiva do órgão, Alicia Bárcena, os diretores das agências conheceram as principais necessidades em relação à ajuda internacional, apresentadas pelo ministro chileno das Relações Exteriores, Gastón Sarmiento.
De acordo com documento, os líderes chilenos reafirmaram que a prioridade no momento é a construção de estruturas relacionadas aos setores de saúde e comunicações, como hospitais de campanha com capacidade cirúrgica, equipamentos para manutenção de medicamentos, sistema para transformar a água em potável e centros de diálises e vacinas, sobretudo contra hepatite A.
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No meios dos escombros – Além do livro-reportagem, ela promoverá uma exposição fotográfica de sua viagem /DIVULGAÇÃO |
Fase mais crítica
Os primeiros 45 telefones via satélite chegam ao país no final desta semana.
– Agora o país está na etapa mais crítica, que é a de salvar vidas. Chegará o momento de fazer uma avaliação socioeconômica do impacto do desastre para programas a restauração, onde também estamos dispostos a colaborar”, afirmou Alicia Bárcena.
Os representantes das agências da ONU informaram que estão mantendo contato com quase todos os seus 978 funcionários e consultores no país e que, por enquanto, não há confirmação de feridos ou mortos entre eles.
O grupo de órgãos das Nações Unidas prevê manter reuniões diárias de avaliações, sob coordenação da Cepal, com o apoio das seguintes agências: Acnur, FAO, Unaids, OMS/Opas, OIT, PNUD, PMA, OIM, Unesco, Unicef, Uncifem, UIT, Unhche e Unfpa.
Dois milhões de pessoas afetadas
De acordo com boletim da Agência para Coordenação de Assuntos Humanitários), os maiores aeroportos do Chile ainda operam com restrições devido ao terremoto que teve epicentro a 325 quilômetros da costa, e a 35 quilômetros de profundidade.
Juan Fernandez, uma ilha, foi afetada por ondas, que invadiram três quilômetros de seu território. Ao todo, avaliações apontam para dois milhões de pessoas afetadas no país.
Assim como o suprimento de água, a eletricidade vem sendo restabelecida aos poucos: as regiões de Valparaíso e Metropolitana já contam com 80% de sua capacidade, enquanto em Maule e Biobío 18 comunidades permanecem sem energia.
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)