Sábado, 24 de maio de 2008 - 17h28
SANTA ISABEL DO PARÁ – O deputado federal Fernando Melo (PT-AC), que estuda a cadeia produtiva de mandioca, visitou neste sábado o município de Santa Isabel do Pará, a 38 quilômetros de Belém, entre a região metropolitana da capital do Pará e a microrregião Castanhal, cuja principal fonte de renda provém da agricultura e avicultura desenvolvidas por grandes e pequenos produtores rurais. Na sexta-feira, ele conversou com agricultores no Mercado do Ver-o-Peso, em Belém.
Esses produtores se especializaram na produção de farinha de mandioca e tapioca nas comunidades rurais de Areia Branca e Americano. O parlamentar acreano conheceu a experiência da Cooperativa Mista de Produtores da Vila Americano (Copfarta), que produz 1 milhão 200 mil litros de farinha de tapioca por semana, volume correspondente a quase cinco milhões de litros por mês. Essa atividade beneficia 300 famílias que moram na Vila Americano.
Variedades inexistentes
A casa da mandioca é no Acre. Foi lá que ela nasceu, há 12 mil anos, comprovados por testes de DNA com a planta-mãe. Fernando Melo prossegue no caminho de novas descobertas. "Sigo as revelações do professor e doutor Luiz Joaquim Castelo Branco, pesquisador da Embrapa em Brasília, um estudioso apaixonado pela cultura da mandioca".
Estimulado por uma hora de conversa com Castelo Branco, o deputado Fernando Melo se deslocou neste feriado ao Estado do Pará, em busca de variedades de mandioca inexistentes no Acre. Araxá e paxiubão são atualmente as que mais de destacam no Vale do Purus.
De volta
O Pará é o maior produtor de mandioca do País e detentor de variedades exóticas inexistentes no Acre. Melo é um mandioqueiro que estuda e incentiva a formação de uma cadeia produtiva mandioca na região do Vale do Purus com sede em Sena Madureira. Ele acredita que o desenvolvimento da região deve ser impulsionado com o funcionamento de uma agroindústria que utilize uma planta industrial versátil para a fabricação de vários subprodutos. "Não me canso de dizer que a mandioca é o nosso ouro branco", disse o deputado.
Melo ficou sabendo das diversas variedades existentes no Pará e assim se preparou para a viagem. "Se é verdade que a casa da mandioca é o Acre, vou levar de volta essas variedades cultivadas no Pará, para averiguar se em nosso estado elas apresentam uma produtividade maior do que aqui", disse o parlamentar.
Santa Isabel desenvolve mandioca no verde
SANTA ISABEL DO PARÁ – A alteração da cobertura vegetal, em imagens Landsat-TM, de 1986, era de 93,68%. Possui uma diversidade de solos: latossolo amarelo distrófico, concrecionários lateríticos indiscriminados distróficos e areias quartezosas. Santa Isabel se limita ao norte com os municípios de Santo Antônio do Tauá e Santa Bárbara do Pará; a leste com os municípios de Castanhal e Inhangapi; ao Sul com o município de Bujaru; e a Oeste com o município de Benevides.
A tipologia predominante é a Floresta Secundária, decorrente da recomposição natural da vegetação, quando a Floresta Primária foi removida pelo desmatamento. Os tratos de Floresta Primária remanescentes são do tipo Floresta Tropical Úmida ou Equatorial Latifoliada ou Floresta Pluvial ou ainda Pluvisilva (todos nomes dados a esta floresta heterogênea de grande porte das regiões quentes e úmidas). O subtipo original, obedecendo à correlação com o relevo, denomina-se Floresta Densa dos baixos platôs.
Quer dizer: os mandiocais do município estão sob sombra e água fresca. O clima é megatérmico úmido, com temperatura elevada. A média mensal fica em torno de 25º C. Os meses de outubro, novembro e dezembro são os mais quentes, com máximas entre 32ºC e 34ºC e mínima entre 20ºC e 22ºC. É, também, caracterizado por inverno quente, com precipitações em torno de 2.350 milímetros/ano, concentradas de janeiro a junho, com maior escassez em setembro. A umidade relativa do ar está em torno de 85%.
O acidente geográfico mais importante de Santa Isabel é o rio Caraparu, onde há dois balneários: um na vila de mesmo nome, e o outro, denominado de Porto de Minas. Devido à proximidade com a Região Metropolitana de Belém, sugere-se a preservação ambiental das bacias hidrográficas do município, prevendo um possível aumento na demanda de água potável por causa da futura expansão territorial da área metropolitana.
Fonte: Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião
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