Segunda-feira, 22 de setembro de 2008 - 14h17
Montezuma Cruz
Agênciaamazônia
BRASÍLIA – A taxa de fecundidade voltou a se reduzir no País. Comparada à situação nacional, a do Acre é diferente. Neste estado amazônico a nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o mais amplo levantamento sobre a realidade nacional, registra 3,10 nascimentos por mulher. Com 1,57, o Rio de Janeiro apresentou a menor taxa.
Pela primeira vez, essa taxa situou-se abaixo do nível de reposição: 1,95 filho por mulher, em média. Segundo análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a mudança confirma a tendência de envelhecimento da população: enquanto na Europa o fenômeno levou cem anos para completar, no Brasil ocorreu em apenas quatro décadas, iniciando no final dos anos 1960.
Daquela época até o início dos anos 1970, a mulher brasileira tinha seis filhos, em média. Logo, vê-se que a fecundidade reduziu-se de seis filhos para menos de dois. Em 1984 o Brasil tinha uma taxa de 3,5 nascimentos por mulher e chegou a dois em 2006.
Menos esgoto e um pouco mais de água
Os estados do Norte também tiveram menos obras de esgoto, em relação a outros estados: de 48,5% de registros de ligação em 2006, os lares amazônicos passaram a 51,3% em 2007. No entanto, a distribuição desse direito – chamado de benefício pelo governo – apresentou desigualdades. Apesar de tudo, o Pnad revela que a proporção de domicílios atendidos pela primeira vez passou da taxa de 50%.
Sob a liderança da Região Sudeste, que passou de 76,8% para 79,4% de ligações, o Norte Brasileiro é o último colocado, passando de 4,9% da área coberta para apenas 9,8%, enquanto a Região Nordeste teve um crescimento de 28% para 29,7%.
O Sul cresceu de 26,3% para 32,7% e o Centro-Oeste, de 33,9% para 34,8%. O Sudeste passou de 18,8 milhões para 19,9 milhões de domicílios ligados à rede, o que significa um crescimento de 1 milhão de domicílios. A rede de água nas regiões brasileiras não cresceu, patinou: de 83,3% em 2006 passou para 83,3% em 2007. O Norte saiu dos 56,1% para 55,9% de domicílios com água encanada.
Número de filhos por família diminui em todo o País, menos no Estado do Acre /M.CRUZ |
SAIBA MAIS
▪O presidente do IBGE, Eduardo Nunes, analisa a situação: "A combinação de envelhecimento acelerado e redução da fecundidade terá impacto na população, que no médio prazo deve parar de crescer e na previdência social".
▪ De 2006 para 2007 a população de 40 anos ou mais cresceu 4,2%. O grupo mais jovem, de zero a 14 anos teve redução de 0,7%.
▪ A Pnad informa que no ano passado o Brasil possuía 14,1 milhões de analfabetos, classificando-o em 15º lugar em proporção de alfabetizados na América Latina e no Caribe.
▪ No mesmo período, 4,8 milhões de crianças já estavam no mercado de trabalho. Eles representavam 10,8% das pessoas de 5 a 17 anos em 2007, pouco menos que os 11,5% do ano anterior.
▪ Em 2007, quase um terço (30,5%) das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos ocupados trabalhavam pelo menos 40 horas semanais, e uma em cada cinco delas (19,8%) morava em domicílios com rendimento per capita inferior a ¼ do salário mínimo.
▪ E o número de casas com energia elétrica registra um aumento de 91,96% para 94%.
Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião.
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